Capitulo
13
Edward olhou no relógio que envolvia seu pulso, já se passava das
22hrs00. Sorriu, pensando que há essa hora Isabel devia estar babando. Ela
andava fazendo muito isso de uns dias pra cá. Ele havia ligado para ela,
avisando que seu voo atrasaria, que ao contrario do que prometera, só a veria
no dia seguinte já que chegaria tarde e não era para ela esperar por ele.
A porta do apartamento se abriu e um Edward exausto passou por ela,
fechando-a e trancando em seguida. Jogou as chaves sobre a mesinha que ficava
próxima a entrada e rumou em direção à cozinha enquanto desabotoava a camisa
branca que usava. Havia deixado o terno e sua maleta no carro.
Pegou uma garrafa de água na geladeira e deu meia volta, indo em
direção ao seu quarto, empurrou a porta vendo o abajur ligado, a cama arrumada
e nenhum sinal de Isabel.
Franziu a testa chutando os sapatos para dentro do quarto e seguindo
para o fim do corredor onde uma luz fraca saia pela fresta da porta do antigo
quarto em que Isabel costumava dormir. Suspirou vendo a menina largada na cama,
trajando uma camiseta preta grande com o símbolo da banda Red Hot Chilli
Papers, ele reconheceu aquela camisa, só não sabia como ela encontrara aquilo
no fundo do closet dele.
Aproximou-se da cama, rolando os olhos ao ver embalagem de bombons
sobre o criado mudo dela, sem duvida ela se aproveitou de sua ausência para
comer tudo o que ele a aconselhava não comer.
Sentou-se na beira da cama, tocando a coxa dela, sentindo-a gelada. A
loira resmungou baixinho, virando na cama e tirando uma das mãos que estava sob
o travesseiro, trazendo consigo um papel dobrado.
Curioso Edward inclinou-se, puxando o papel da mão dela enquanto
analisava o rosto de Isabel que ainda dormia.
A folha estava amassada, parecia ter sido aberta e dobrada diversas
vezes.
Correu os olhos pela pagina que havia sido escrita à mão.
Minha pequena,
Sei que se está lendo isso é porque papai e eu estamos quebrando a
promessa que fizemos a você, quando tinha apenas três aninhos, sei que não deve
se lembrar, mas prometemos nunca deixá-la, você nos fez jurar que nunca
morreríamos... E sinto por não conseguir honrar minhas palavras.
Querida, você foi sempre tão inteligente, linda, tem um futuro
brilhante pela frente, mas sei que isso não será o suficiente para lhe fazer
feliz, já que certo dia quando você veio nos contar que estava apaixonada, seu
pai e eu lhe repreendemos, até mesmo mudamos de cidade para ver se você
esqueceria essa ideia... Afinal, qual garota de 6 anos se apaixona? Eu sei que
todas, mas nenhuma delas escolhe seu padrinho para isso. Emm e eu pensamos que
o que você nutria por Edward era apenas uma paixão platônica, afinal, ele é
lindo e sempre está disposto a fazer tudo o que você quer.
Só que tínhamos medo... Medo de te perder, medo de você sofrer...
Por muito tempo você não olhou e nem falou conosco direito, mas
com o passar dos anos, as coisas foram voltando ao normal... Nós pensamos que
você havia esquecido Edward, já que estava se relacionando com outros garotos
da sua idade, mas no fundo, sempre desconfiei que você ainda nutria algo por
ele.
Sei que nesse instante você pode estar pensando que seu pai e eu
somos loucos, já que tentamos de todas as formas impedir que você levasse
aquele sentimento em diante, e agora, lhe entregamos justamente a ele, Edward.
Inúmeras noites seu pai e eu discutimos sobre isso... Sei que é
errado, mas ele é um homem bom, mudou muito e sei que é a pessoa certa para
cuidar de você, que te fará feliz.
Não tenha medo de expor seus sentimentos... Lute e seja feliz,
você sabe o que fazer para que isso aconteça.
Juro que tentei fazer de tudo para ser uma boa mãe, perdoe-me se
errei, se falhei, se fiz algo errado... Infelizmente não vou poder estar ai
para corrigir isso tudo, já que se você está lendo essa carta é porque seu pai e
eu já lhe deixamos... Combinamos que você só receberia essa carta quando já não
estivéssemos ai para cuidar de você, e bom, isso aconteceu.
Minha princesinha, nós te amamos muito...
Não reprima mais seus sentimentos, eles são puros e lindos.
Um grande beijo e adeus,
De sua mamãe e papai.
Edward arregalou os olhos, Isabel havia comentado algo em relação a
seus pais serem a favor do relacionamento deles, mas não havia mencionado nem
mostrado aquela carta a ele.
Sentiu um grande peso sair de suas costas, não que fosse mudar suas
escolhas aos 45 do segundo tempo, mas saber que no fundo seu melhor amigo e sua
esposa confiava nele...
Sorriu, mordendo os lábios enquanto dobrava a carta e colocava debaixo
do travesseiro dela.
Cutucou de leve a garota, que resmungou e Abu os olhos, dando-lhe um
lindo sorriso.
- Edward! – Sorriu, espreguiçando-se. – Como foi lá?
- Poderia ter sido melhor, não consegui fechar negocio. – Suspirou,
dando de ombros – Mas não vamos falar de negócios agora. Como você está se
sentindo? Sentiu algo no decorrer do dia?
- Estou bem, durante o dia foi o de sempre, muito sono e fome.
Ele riu.
- Está dormindo desde que horas?
- Tirei apenas um cochilo, não consegui dormir direito por causa da
luz. – Apontou para o abajur.
- Porque não o desligou? – Edward indagou confuso.
Ela deu de ombros, desviando os olhos.
- Queria que você chegasse e viesse dormir comigo.
Ele sorriu, terminando de tirar a camisa que já estava desabotoada.
Levantou-se, inclinando-se e pegando-a no colo.
- Vamos para nosso quarto.
Isabel riu baixinho contra seu peito, aconchegando-se ali. Quando
entraram no quarto Edward manteve a porta aberta para que o cômodo fosse
iluminado rapidamente a colocou na cama e ligando abajur.
A loira se esparramou pela cama, soltando um gemido enquanto se enfiava
embaixo do edredom por conta do frio que fazia.
- Vou tomar um banho rápido e volto para dormirmos.
- Certo.
Isabel observou Edward retirar a cinta que prendia sua calça e deixar a
mesma cair em seus pés, dando uma boa visão a ela.
Suspirou, acompanhando o homem que usava apenas uma cueca, ir em
direção ao banheiro. Sorriu se esparramando na imensa cama. Tirou um rápido
cochilo e despertou quando Edward deitou na cama, abraçando ela.
- Durma pequena, amanhã acordamos cedo para ir ao médico. – Beijou os
lábios dela, acariciando a base de suas costas.
[...]
- Vou te pedir uns exames de praxe e recomendarei algumas vitaminas.
Edward resmungou agoniado.
- Tem certeza que Isabel não corre nenhum risco? A gravidez é mesmo
saudável? Essas vitaminas serão suficientes? Exame de praxe? Consegue detectar
algum risco neles?
A doutora o olhou sem entender, afinal, não sabia os medos que estavam
começando a nascer dentro de Edward. Ele olhou para Isabel que o encarava com
sobrancelha arqueada, com os lábios arreganhados em um sorriso.
- Sr. Cullen, riscos nunca podem ser descartados, mas sua mulher é
nova. – Sorriu para a garota, que corou com a colocação “sua mulher”, mordendo
os lábios - Tem tudo para ter uma gravidez saudável e tranquila, vamos cuidar
para que tudo dê certo.
Ele assentiu, soltando um suspiro e voltando a encarar Isabel.
E se a perdesse como aconteceu com Isabella?
Apertou os olhos com força e negou com a cabeça.
Não, dessa vez isso não aconteceria. Sua vida estava chegando ao ciclo
na qual havia acabado há 19 anos atrás. Havia mudado muito, merecia perdão,
merecia ser feliz, afinal, ele foi capaz de se redimir, de assumir seus erros.
Sairam do consultório direto para a farmácia onde Edward comprou tudo o
que a doutora receitou, em seguida foram para casa.
- Amanhã levo você ao laboratório pela manhã, depois te levo para a
faculdade.
- Hm... – A loira mordeu os lábios, colocando o cinto – Acho que me
esqueci de te contar – Resmungou baixinho, chamando atenção para si. – Eu meio
que tranquei meu curso ontem.
- Eu já tinha dito para fazer isso. – Ele manobrou, saindo do
estacionamento pousando sua mão sobre a barriga dela. – Logo sua barriga ficara em evidencia, não
que devemos dar satisfações a outras pessoas, mas tenho medo que te façam algo,
entende? Além do mais você vai completar 19 anos, tem muito tempo pela frente.
– Piscou, fazendo-a rir – Prometo que trabalharei o suficiente para não faltar
nada a vocês dois.
- Sei disso. – Isabel retribuiu a piscadela. – Podemos passar no
shopping? Minhas calças estão começando a ficar apertadas.
- Como desejar madame.
A loira inclinou-se, ligando o som do carro baixinho, enquanto
conversava com Edward. Não demorou muito para que chegassem ao shopping, Edward
saiu e abriu a porta para ela, ajudando-a, fechando o carro em seguida. Enlaçou
a cintura de sua menina e a conduziu pelo estacionamento, não deixando que seu sorriso diminuísse por conta
dos olhares que era dirigido aos dois.
Entraram em varias lojas, ele ajudou Isabel quando ela perguntava sua
opinião. Duas horas depois ele carregava algumas bolsas com vestidos e
lingeries. Compraram dois sorvetes e se sentaram em um banco. Edward deixou as
sacolas ao seu lado e abraçou o ombro de Isabel, puxando-a contra seu peito e
beijando o topo de sua cabeça.
- Me desculpa pela cena no consultório. – Suspirou, enquanto olhava
atentamente o sorvete em sua mão – Eu só me preocupei, sabe, Isabella...
- Eu sei. – A menina o interrompeu – Mas você ouviu a doutora, não tem
motivos para se preocupar.
- Sim, mas precaução nunca são demais. – Engoliu em seco – Também era
para Isabella ter uma gravidez tranquila.
Isabel tocou o rosto dele.
- Tudo bem, farei o que for possível para que nada aconteça com nosso
bebê, vai dar tudo certo. Daqui alguns meses teremos um ser pequeno correndo
pela casa.
Edward riu, da empolgação dela.
- Bom, vai demorar mais do que uns meses para o bebê começar a correr
pela casa.
Isabel torceu os lábios, mas riu com ele.
- Vai para a empresa? – Ela indagou.
- Sim princesa, infelizmente. Vou te deixar em casa e ir para lá. Marie
te fará companhia, volto para almoçar com vocês.
- Tudo bem. – A menina se aconchegou nos braços dele, enquanto tomavam
sorvetes. – Tem noticias de Esme e Alice?
Ele negou com a cabeça.
- Realmente, pouco estou me importando com elas. – Deu de ombros,
beijando os lábios gelados de Isabel. – Claro que eu queria que meus parentes
partilhassem da minha alegria comigo, como Jake, Nessie e Marie, mas se eles
não querem, o que posso fazer? Ficar sem minha sobrinha gostosa é que não vou.
- Edward! – Ela resmungou, olhando para os lados, envergonhada.
Felizmente ninguém havia ouvido. – Eu não sou safada.
- Ah sim pequena, você é uma safadinha. – Contornou a bochecha dela com
a ponta do nariz – Mas eu adoro isso em você, então não se envergonhe em me
deixar feliz e saciado.
Terminaram o sorvete e foram para o estacionamento, já no carro Edward
resolveu dar uma parada na casa que havia comprado, em breve estariam se
mudando, teriam mais privacidade ali em uma propriedade dele, onde paparazzi
não os atormentariam.
- Está ficando tudo tão lindo. – Isabel suspirou, enquanto caminhava
pelo caminho de pedras que cortava o jardim e ia até a entrada da enorme casa
branca. Edward concordou, abraçando-a por trás e empurrando a porta.
A casa era enorme por dentro, o cheiro de tinta era notável, no entanto
a sala já estava decorada e pronta. Isabel deu alguns passos e rapidamente
entrou na cozinha, que ainda faltava colocar pisos.
Edward havia comprado a casa, mas decidira fazer algumas mudanças
deixando-a mais moderna e segura, afinal, em breve teriam uma criança curiosa
rondando por ali, sabia como crianças eram, Anthony por diversas vezes se
machucou.
- Que tal dar uma olhada no nosso quarto? – Depositou um beijo na nuca
dela. – Ele já esta todo mobiliado. Podemos ver se a cama é boa...
Isabel riu.
- Edward, você tem que ir trabalhar.
- Eu sempre tenho um tempo para minha família. Vem.
Subiram as escadas que davam no segundo andar, o corredor ainda estava
em reforma, A loira sorriu, vendo a porta do quarto que seria de sua filha, que
ela e Edward haviam arrumado pessoalmente. Um pouco mais para frente estava o
quarto que os dois dividiriam.
Edward empurrou a porta, puxando-a consigo e a levando-a para a enorme
cama branca.
- Você realmente quer fazer isso aqui?
Isabel riu, enlaçando o pescoço dele.
- Eu realmente quero fazer isso aqui.
[...]
- Bom dia.
Edward tirou os olhos do jornal e o dobrou rapidamente, erguendo a
cabeça para olhar uma Isabel descabelada que entrava na cozinha.
- Bom dia dorminhoca. – Abriu os braços, chamando-a para seu colo.
A loira sentou-se, beijando os lábios dele.
- Porque levantou e não me chamou? – Resmungou, fazendo-o rir.
- Você estava tão linda dormindo. – Edward deu de ombros – Dormir faz
bem a você a nosso bebê.
- Eu sei, mas é ruim quando você não está lá.
Ela fez um lindo bico. Edward alisou as coxas dela amostra.
- Marie está dormindo, por isso eu mesmo fiz o café da manhã, não está
tão bom quanto o dela, mas da para o gasto.
A menina riu, saindo do colo dele e começando a se mover pela cozinha.
Edward apoiou o cotovelo na mesa, pousando o rosto nas mãos. Ela trajava um
shortinho bem curto, mas a camisa do Red Hot Chilli pepers dele cobria-o quase
todo e em seus pés meias que iam até seu joelho. Olhou para a barriga dela, que
parecia ter crescido de um dia para o outro.
Isabel voltou para a mesa, sentando-se ao lado dele com um copo e
servindo-se de suco.
- Então, planos para hoje? – Ela indagou, pegando uma torrada.
- Não estou muito a fim de sair. – Deu de ombros – Estou esgotado por
conta da empresa, mas se você quiser fazer algo, posso pensar a respeito.
A loira rolou os olhos.
- Prefiro ficar em casa. – Ela confessou também, tocando a barriga –
Estamos com frio e preguiça. Além do mais, estou me sentindo pesada, isso
cansa. – Deu de ombros.
- Ótimo, nos embolaremos em nossa cama e assistiremos algum filme na
TV.
- Podemos comer pipoca também? – Ela gemeu – Eu quero comer pipoca.
- Tudo o que você quiser. Agora termine seu café e...
Antes que ele terminasse ouviram risos baixinhos.
Edward arqueou a sobrancelha levantando-se, Isabel o imitou. Na porta
da cozinha viram uma Katy descabelada, empurrando Anthony que tentava beija-la.
- Thony, pare, eu tenho que ir antes que meus pais acordem. – Resmungou
baixinho, apoiando a mão no peito desnudo dele.
- Não vai não amor, fica mais um pouco, vamos tomar um café, eu te levo
depois.
- Está louco? Meu pai te mata.
Os dois riram. Edward pigarreou, fazendo os dois se virarem para ele.
Katy arregalou os olhos surpresa, já Anthony apenas sorriu sem graça, coçando a
nuca enquanto abraçava a menina.
- Bom dia. – Edward cumprimentou os dois em um tom sério, mas soltando
um riso logo em seguida. Isabel o acompanhou.
- Bom dia pai. – Anthony abriu um enorme sorriso, Katy o cotovelou.
- Eu disse que tinha ouvido alguém. – Ela grunhiu, virando-se para
Edward em seguida – Bom dia Isa, bom dia Tio Edward.
- Venham, o café está na mesa.
Anthony piscou para o pai, forçando a menina a andar. Na cozinha,
sentaram-se a mesa e se serviram.
- Tio Jake sabe que dormiu aqui? – Isabel sussurrou, recebendo um aceno
negativo da menina – Ele vai matar vocês!
- Por favor, não conte! – Katy implorou. – Saimos ontem, acabou ficando
muito tarde e eu aceitei o convite de Thony – A morena corou, fazendo Isabel
rir baixinho – Por favor.
- Eu não vi nada. – Isabel ergueu a mão para o alto, piscando cúmplice.
- Você é a maior madrasta do mundo. – Anthony deu um abraço esmagador
na prima, beijando sua cabeça e em seguida abaixando para depositar um beijo na
barriga dela. Ele havia costumado a fazer isso, Isa e Edward achavam fofo.
- Mas o que fizeram não foi certo. – Edward rebateu – Não quero
problemas com Jacob, ele é meu melhor amigo, espero que na próxima ele tenha
noção.
- Tudo bem pai, eu mesmo pedirei a ele na próxima vez. – Anthony
abraçou Katy, estalando um beijo em sua bochecha.
Quando terminaram, Anthony foi levar Katy para casa, Edward e Isabel
subiram para o quarto e voltaram a dormir mais um pouco, quando acordaram era
quase o horário do almoço e Marie já havia feito tudo. Almoçaram e foram
assistir um filme que Isabel escolheu, era um romance e no fim Edward olhava
desesperado para a menina que soluçava de tanto chorar, riu, sabendo que aquilo
tudo era os hormônios da gravidez. Quando ela voltou do banheiro após ter
lavado o rosto e soado o nariz, atacou Edward, seduzindo-o.
- Eu adoro você grávida. – Ele afirmou, alisando as costas nua dela.
- Eu percebi. – Riu, erguendo o rosto para olha-lo. Ela estava linda
com os cabelos loiros desaninhados, mas seus olhos brilhavam e aquilo fez o
coração dele encher de alegria. – Edward, posso te perguntar algo?
- Claro. – Assentiu.
Isabel mordeu os lábios, olhando-o nos olhos.
- O que existe entre nós dois, você acha que, pra você, é algo que você
quer para o resto de sua vida.
Ele franziu a testa com sua pergunta. Onde ela queria chegar? Admirou
os olhos castanhos que o encaravam em expectativa e respondeu a mais pura
verdade.
- Eu não sei ao certo quais palavras usar para expressar o que existe
entre nós, é algo confuso para mim, mas que eu não quero abrir mão, o que me
faz ter certeza que é algo que eu realmente quero para o resto da minha vida. –
Empurrou o cabelo dela para trás – Você me faz tão feliz quando sorri, quando
faz aqueles seus biquinhos pidões, quando me beija ou até quando bufa e bate os
pés igual uma menina mimada. – Deu de ombros desviando os olhos, envergonhado
por estar se abrindo com ela. – Você me trás paz, me faz sentir diferente
entende? E não sei se você sabe, mas eu sei diferenciar sua semelhança com
Isabella, no começo pensei que seria errado tudo isso pois eu poderia estar te
enganando e me enganando, mas eu sei que eu realmente gosto de estar com a
Isabel. – Por fim voltou a olhar para ela, que o encarava com um olhar
significativo. – Mas porque a pergunta?
- Eu sei que eu te amo, e pensei que... – Ela parou, voltou a morder os
lábios e desenhar algo imaginário no peito dele – Eu sempre sonhei com um
relacionamento com você, eu amo estar com você, só que eu sempre quis... Eu
sempre sonhei em me casar.
Ele arregalou os olhos.
- Está me pedindo em casamento?
Ela bufou, rolando para o lado.
- Edward.
- Ok, me desculpe – Ele riu, inclinando-se para cima dela e soltando um
suspiro – Não sei se isso é certo, você é tão jovem... – Alisou de leve a
barriga dela – E se no futuro interessar-se por outro homem? Quiser se casar
com ele? – Negou de leve com a cabeça o que acabou de sair de sua boca. Como
seria se ela encontrasse outro e o deixasse? Ela simplesmente tiraria tudo o
que ele estava ganhando desde que Isabel surgiu novamente em sua vida. – Além
do mais, que padre abençoaria nosso casamento sabendo que você é minha
sobrinha?
Isabel desviou os olhos do rosto dele, brincando com os próprios dedos.
- Eu nunca vou me interessar por outro homem. – Corou, voltando a
olha-lo. Podemos ir para Las Vegas, ou fazer uma pequena cerimônia como aquelas
de filmes, no quintal de casa, com um juiz de paz.
Ele alisou o rosto dela.
- Vamos conversar sobre isso depois, pode ser? – Beijou o rosto dela,
vendo-a resmungar baixinho – Ei, não estou falando não, só vamos com calma, já
temos um ao outro, vamos esperar as coisas se ajustarem, sua gravidez passar, a
poeira abaixar, se tem tanta certeza que quer ficar comigo, temos um bom tempo
pela frente ainda.
- Ok. – A loira sorriu para ele. – Agora que tal fazer um brigadeiro
bem gostoso para mim e para sua menininha aqui – Tocou na barriga, lembrando
que ele havia dito que seria uma menina.
- Eu acho que um brigadeiro meu seria bom, mas eu sei de alguém que faz
um delicioso. – Saiu da cama, pegando a garota no colo – Vamos tomar um banho,
depois iremos atormentar Marie para fazer brigadeiro para minhas princesas.
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