Bem vindos ao Fanfics da Cah. Sou Camila Cocenza, futura garota de programa! E não, não é o que estão pensando, apenas pretendo cursar Engenharia da Computação. Para mais informações: cahcocenza@hotmail.com
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02/02/2012

Dont Forget For Me - Capitulo 10

N/A: Sem muito tempo para falar O: Tenho que definir o que é definir, em 2 paginas do word :( formato ABNT... Poxa, TICC de Analise e solução de problemas está me esgotando. Beijos ;* Capitulo foda.

Balancei a cabeça afastando aqueles pensamentos e me concentrei em meu filho.

Tudo aquilo devia ser coisa da minha cabeça, afinal, qualquer pessoa que perde outra, sempre inventa motivos para a traição ou tenta se enganar.

Eu teria que conviver com aquilo, Edward já não era e não seria mais meu.

POV Edward

Bufei, enquanto colocava meus sapatos.

- Edward, esta parecendo um garotinho. – Tânya rolou os olhos, enquanto colocava as mãos na cintura – Anda logo com isso, está a mais de 5 minutos amarrando os cadarços.

- Não gosto de ir naquele médico. – Suspirei, levantando-me – Minha cabeça dói mais do que de costume quando vou lá.

- Mas é preciso. É para seu bem meu amor.

Assenti. Ela estava certa.

- Vamos logo então.

[...]

Abri os olhos sentindo aquela dor desconfortável em minha cabeça.

- Edward, que susto nos deu. – Tânya alisou meus cabelos – Você desmaiou.

- Droga, minha cabeça está doendo!

Tentei me sentar, mas tudo girou ao meu redor. Voltei a me deitar, levando minhas mãos a minhas têmporas.

- Vou prescrever alguns remédios para você, essa dor vai passar. – O médico disse dando uma rápida olhada para Tânya. Eu assenti. – Bom, Tânya me disse que você fica se esforçando para lembrar das coisas, e novamente vou pedir para que não faça isso, deve ser por isso que esta sentindo essa dor.

- Mas eu estava bem até você me colocar naquela maquina! – Apontei para o equipamento em que me deitava e era levado para dentro dela, onde o doutor avaliava meu cérebro.

[N/A: Não lembro o nome do equipamento, desculpa gente]

Ele não respondeu, apenas caminhou até sua mesa e rabiscou alguns papeis.

Já um pouco melhor me levantei, ajeitando minha roupa. Esperei Tânya pegar a receita com o medico e praticamente sai puxando-a para fora do consultório.

- Edward, acho que não tenho dinheiro para comprar esse remédio. – Ela torceu os lábios – Se for caro, acho que terá que pedir ajuda ao seu pai.

- Não se preocupe, eu tenho um cartão. Isabella me deu.

Ela arqueou uma sobrancelha, mas nada disse. Entramos no carro e pousei minha cabeça no banco. Aquela dor insuportável ainda martelava minha cabeça.

POV Bella

- Tia Mandy estava louca de saudades! – Amanda apertou Anthony contra seu peito, fazendo-o rir.

- Parece que Thony também estava. – Toquei os cabelos do meu pequeno. – Obrigada por ter vindo cuidar de Bob.

- Oh que isso, o cachorro é um amor.

Sorri pegando Anthony novamente, que abria os bracinhos para mim.

- BOB. – Eu o chamei e não demorou para que o cachorro entrasse correndo, derrubando algumas coisas. – Desastrado como sempre.

Ele latiu, balançando os lábios.

- AU-AU!

Bob pulou, apoiando as enormes patas em meu quadril enquanto tentava lamber meu filho.

- Oh, que lindo, ele aprendeu a falar au-au.

- Sim, ontem. – Comentei empurrando Bob. – Bom, eu te chamei aqui para dizer que não irei te dispensar. Vou ficar em casa por um tempo, mas ainda sim precisarei de sua ajuda, além de que, esse dinheiro é importante para você pagar sua faculdade.

- Obrigada Bella.

Dei de ombros beijando meu garoto.

- Vai com a tia Mandy meu amor, mamãe precisa começar a fazer nosso papá enquanto Marie não volta.

Deixei os dois na sala e rumei para a cozinha. Havia sido estranho entrar em casa depois de quase um mês na casa de Esme. Cada cantinho dela me fazia lembrar Edward, mas isso não me chateava. De certa forma estava sendo bom saber que tivemos momentos felizes juntos, mesmo que tenha acabado.

Ok, sei que sou uma burra, estúpida e idiota – palavras do meu irmão – por ser tão tolerável a toda essa situação. Mas o que eu poderia fazer? Obrigar Edward a ficar comigo? Jamais.

Abri o armário e vi tudo muito bem organizado. Marie havia feito compra ontem, quando liguei para ela avisando que estaríamos de volta em casa. Ela apenas não poderia vir trabalhar hoje porque tinha compromisso.

- Mãe, to com fome... – Meg entrou na cozinha, resmungando. – O que vai fazer para comermos?

- Que tal uma macarronada? É rápido e delicioso.

- Ta.

- Me ajuda?

- Sim.

Pedi para que ela procurasse a panela enquanto eu separava os ingredientes. Quase 30 minutos depois nós quatro estávamos sentados a mesa comendo. Anthony comia normalmente, todo sujo de molho. Meg apenas remexia no prato, com a cabeça apoiada na mão.

- Disse que estava com fome querida, porque não está comendo?

Ela deu de ombros.

- É estranho comer sem o papai, ver o lugar dele vazio.

- Sim, eu sei minha linda. Mas precisa se alimentar. Seu pai não vai gostar de saber que não está comendo direito.

- Ta bom.

Amanda me olhou e eu dei um meio sorriso.

- Sabe, se Bella deixar, posso levar vocês para se divertir no parque.

- Ótima proposta. – Sorri. – Eu até que iria, mas tenho algumas coisas para arrumar.

- Legal. Posso ligar para Sue? Vai ser legal o Seth lá.

- Deixe que eu mesma faço isso. – Pisquei, alisando seus cabelos.

Logo voltei minha atenção para Anthony, que batia suas mãozinhas na mesa, gritando por mais.

Depois do almoço liguei para Sue, que concordou em levar Seth ao parque, logo em seguida levei meu filhote para seu quarto, onde lhe dei um banho e troquei sua roupa que já estavam começando a ficar pequenas, meu menino crescia cada dia mais. Desci para a sala, encontrando Meg e Amanda rindo.

- Pronto. – Sorri, colocando-o no carrinho onde Amanda o levaria. Beijei sua testa – Cuide das garotas, ok filho?

Ele riu começando a se entreter com um carrinho azul de brinquedo que Edward havia lhe dado de presente alguns meses atrás, antes de seu acidente.

- Tchau mãe.

- Tchau querida. – Abracei Meg. – Cuidado, obedeça a Amanda ok?

- Ta.

- Tem certeza que não quer vir Bella?

- Não estou muito bem hoje. – Torci os lábios dando de ombros. – Não deixe Anthony muito no sol, passei protetor, mas a pele dele é tão clarinha que não protege nada.

- Deixe comigo, vou cuidar deles.

Abri a porta da sala e fui até o portão com eles. Anthony fez menção de chorar quando Amanda começou a empurrar o carrinho para longe de mim. Acenei para meu pequeno, que meio desengonçado acenou de volta.

Voltei para dentro de casa e subi as escadas, parando na porta do meu quarto. Quando voltei da casa de Esme deixei todas nossas coisas no corredor, então eu ainda não tinha me submetido a isso ainda... Me submetido a entrar em nosso quarto.

Abri a porta devagar e não entrei, apenas fiquei olhando as coisas ali dentro. A cama estava bagunçada, como deixei naquela manhã...

Fechei meus olhos, sentindo-os arder. Não pude conter as lembranças, muito menos o choro.

FLASH BACK ON

- Princesa...

Senti minha coxa sendo acariciada, sorri, ainda de olhos fechados.

- Hmm?

- Abra os olhinhos...

Senti os lábios quentes de Edward colando em meu queixo. Me espreguicei toda, sentindo meu corpo protestar, por conta da noite intensa que tive.

- Que horas são?

- 8hs. – Sua mão alisou meus cabelos. – Que ninho.

- Desgraçado! – Abri os olhos, bufando. Edward riu, me abraçando e rolando pela cama, levando meu corpo junto com o seu.

- Não me bata amor. – Fez o bico que Anthony havia herdado dele. – Trouxe café na cama para você.

- Mesmo?

- Aham. – Sua mão deslizou por minha nuca, puxando-me em direção aos seus lábios. Sua língua escorregou para dentro da boca, entrelaçando-se com a minha língua, beijando-me da forma deliciosa, como só ele me beijava Afastamo-nos. Ele se sentou deixando-me em seu colo, com minhas pernas ainda ao redor de sua cintura. – Não é um café muito romântico, tive pouco tempo para prepará-lo. – Puxou a bandeja.

- Você levou Meg?- Indaguei, olhando o que ele havia preparado;

- Sim. – Beijou meu ombro nu, logo depois pegou um morango e colocou em minha boca. – Anthony está dormindo, Amanda só vem depois do almoço para ficar com ele. Ah, minha mãe ligou.

- Há essa hora? – Riu, abraçando-o pelo pescoço.

-Até parece que você não conhece Dona Esme. – Ganhei um selinho – Ela pediu para você fazer companhia para ela no almoço.

- Ótimo, eu faço companhia para ela e ela para mim.

- Exatamente. – Suas mãos fortes seguraram meu quadril, apertando-me em seu colo de forma insinuante. – À noite você faz companhia para mim.

Torci os lábios, fingindo, claro.

- Amor, eu sou humana, preciso de um tempo para me recuperar. – Foi à vez dele de torcer os lábios. – Vamos tomar um banho?

- Desculpa princesa, mas já tomei o meu – Edward fez bico, mas sorriu – Se você me fizer suar terei que tomar outro.

Ri cobrindo sua boca com a minha. Edward se livrou da bandeja.

- Acho que posso fazer isso... – Forcei seu corpo, fazendo nossos corpos tombarem na cama, ficando sobre ele.

- Queria tanto ficar em casa hoje... – Alisou minha cintura. – Com você, Meg, Thony... E até mesmo com a nossa governanta insuportável.

Mordisquei seus lábios.

- Você foi convocado, precisa ir.

Edward deu de ombro. Segurei seu rosto, começando a distribuir beijos cálidos por sua bochecha, queixo...

- Te amo.

Afastei-me sorrindo. Ajoelhei-me sobre seu corpo e prendi meus cabelos. Sua mão deslizou por meu quadril nu, chegando a minha coxa desnuda, apertando-a, enquanto a outra, subia por minha barriga até alcançar meu seio direito.

Mordi os lábios, sentindo-o me acariciando.

- Edward...

- Princesa, é incrível como você fica molhada com apenas um toque... – Ele gemeu tocando-me intimamente. Movi meu quadril, roçando minha entrada encharcada nele.

- Isso tudo é por você amor...

- Eu sei coelhinha, eu sei.

Agora, suas duas mãos brincavam em meus seios, beliscando o biquinho e deixando-o mais durinho ainda.

- Isso é bom. – Sorri, gemendo..

- É sim amor, agora tire meu short, por favor...

Inclinei-me para frente beijando sua boca rapidamente, logo serpenteei por seu corpo até chegar a onde eu queria. Edward impeliu seu quadril, facilitando a retirada do seu short.

FLASH BACK OFF

Balancei a cabeça, sentando-me em minha cama e puxando uma camisa dele que estava ali. A levei ao meu rosto, sentindo seu cheiro delicioso.

Deixei meu corpo tombar para trás e abracei o travesseiro dele.

Fiquei ali por algum tempo, não sei ao certo, pode ter sido minutos, segundos... Horas. Com um longo suspiro me levantei, fui até o banheiro, lavei meu rosto e voltei para o quarto. Parei enfrente ao closet, o abri olhando todas as coisas que estavam ali dentro. Peguei uma caixa onde estavam guardados alguns documentos meus e de Edward. Colocando sobre a cama. Logo depois, passei a retirar as camisas dele que estavam penduradas perfeitamente nos cabides... Eu não queria nada dele ali, nada que me fizesse lembrar-se dele ou chorar por ele. Edward não voltaria, eu precisava tirá-lo da minha cabeça, já que de minha vida e do meu coração seria completamente impossível.

Antes que as crianças voltassem tudo já estava encaixotado, apenas deixei o notebook dele para fora, com medo de arranhar ou quebrar.

Troquei os lençóis de minha cama e as fronhas dos travesseiros, logo depois fui para meu banheiro tomar um banho longo e tranqüilo, onde infelizmente, continuei a ter lembranças de Edward... De todas as vezes que ali nos amamos, ou por não ter tempo por causa do hospital, ou porque nosso pequeno Anthony ressonava em nossa cama.

POV Edward

Ela acabara de comer e relaxou em meus braços. Pousei minha mão sobre sua barriga, sentindo um leve cutucão.

- Isso não te incomoda? – Acariciei toda a extensão de sua barriga.

- No começo era estranho. – Ela virou o rosto para me olhar sorrindo e pousou sua mão sobre a minha – Mas logo me acostumei, sabe, é bom saber que ele está aqui.

- Ele faz questão de te lembrar disso. – Comentei ao sentir outro chute.

- Ele quer nossa atenção, não é bebê? – Isabella conversou com sua barriga. – Você sabe que a mamãe te ama muito.

Inclinei-me para frente e aproximei meu rosto de sua barriga, pronto para levar um papo serio com meu garoto.

- Garoto, você nem saiu e já está roubando o amor e toda atenção da sua mãe só para você, depois que sair daí teremos que conversar sobre isso!

- Edward... – Bella riu puxando-me pelo queixo. – Deixe de ser bobo, eu também te amo, mas é impossível dizer quem amo mais. Sei que Anthony nunca vai me deixar, não vai me trair, nem me trocar por outra, mas você eu já não sei, pode ser que um dia você se canse de mim e eu tenha que aprender a viver sem você, o que seria muito difícil e doloroso.

- Eu nunca vou te deixar... – Colei meus lábios nos seus – Jamais seria capaz de deixar você e nossos filhos.

Seus olhos ganharam um brilho, por conta das lágrimas que ali se acumulavam.

- O meu maior medo é te perder, mas eu não vou te deixar escapar tão fácil assim... – Seus lábios correram por meu rosto, chegando ao lóbulo de minha orelha e sugando-o.

- Parece que temos o mesmo medo. – Murmurei um tanto perturbado por conta de sua boca que ainda me mordiscava.

- Aham...

- Bella, não faça assim amor...

- Certo. – Ela riu contra meu pescoço e se afastou.

Me acordei sentindo mal, sem saber se aquilo havia sido um sonho ou uma lembrança, mas de qualquer forma, a hipótese de ser lembrança me deixou totalmente constrangido, por ter prometido algo a Isabella que eu não estava cumprindo.

Levantei-me da cama e Tânya não estava. Há dias havia voltado a trabalhar como secretaria em um escritório.

Suspirei passando a mão por meus cabelos, sentindo saudades das minhas crianças. Isabella havia saído da casa dos meus pais, Meg havia voltado a escola e quase não tínhamos mais tempo de nos encontrar, já que eu estava fazendo um curso para voltar a exercer minha profissão.

Fui para o banheiro, onde fiz minha higiene matinal. Franzi a testa, com aquela sensação de que estava me esquecendo de algo.

Tomei meu café da manhã tranquilamente e fui mexer em algumas caixas que meu pai havia me trazido ontem. Isabella havia mandado elas, mas eu não tive tempo de desfazê-las. Dentro de uma delas havia camisas de marca, assim como calças, bermudas, cuecas e meias. Em outra estava alguns pares de tênis, e na menor só havia um pen drive, alguns documentos e meu notebook.

Peguei o aparelho, procurando o cabo e ligando-o na tomada. Sentei-me na cama curioso. Talvez ali tivesse informações, fotos e vídeos que me ajudassem a me lembrar de algo. Esperei o software se iniciar, mas torci os lábios quando percebi que tinha senha.

- Porra... – Sussurrei baixinho. – Já sei.

Digitei “Anthony”, “Meg”, “Thony”, “Tania”, “Margareth”, “mãe”, “Esme”, “Edward” e até mesmo “Isabella” e “Bella”, mas nenhum dos nomes deu certo. Procurei minha certidão de nascimento no meio dos documento, achei uma copia da de Anthony e de Meg ali também. Digitei nossas datas de aniversário e também não deu certo.

Frustrado, desliguei o computador, jogando-o sobre o sofá. Peguei o celular que havia comprado e disquei o numero de minha mãe. Eu estava com saudades de Meg e Anthony.

- Alô?

- Mãe. – Sorri, deitando-me em minha cama. – Como à senhora está?

- Edward! Ótima meu lindo, e você?

- Estou bem também. – Mordi os lábios, suspirando – Poderia fazer um favor para mim?

- Claro bebê.

Ri, sentando-me novamente.

- Estou morrendo de saudades das crianças. Poderia pedir para Isabella levá-los ai hoje?

- Ela não está aparecendo muito aqui querido. – Esme murmurou, e logo soltou uma lufada de ar, como se reprovasse a atitude de Isabella – Tenho uma idéia melhor. Eu ligo para ela avisando que irei buscar Anthony, passo ai para te pegar. Que tal?

- Ótima idéia. – Sorri. – Vou me trocar.

- Quando estiver chegando ai te ligo.

- Beijos mãe.

- Amo você filho.

Tomei um banho rápido, troquei de roupa e dei uma rápida ajeitada na casa. Era horrível ficar sem ter o que fazer “vivendo as custas” de Tânya.

Logo meu celular voltou a tocar. Era minha mãe. Peguei o elevador e a encontrei no estacionamento. Seguimos para a casa de Isabella, mas que também era minha.

- Como estão as coisas? – Esme me perguntou, sem tirar os olhos da rua.

- Ótimas. – Dei de ombros. – Porque a pergunta?

- Não se lembrou de mais nada?

- Algumas coisinhas... – Dei de ombros – Esses dias atrás tive um flash de mim caindo da bicicleta, acho que era a primeira vez que andei, vi meu pai e você correndo desesperados até mim, mas fica muito difícil saber se é um sonho ou lembrança.

- Isso ai é uma lembrança. – Ela riu – Você tinha quase 5 anos, falamos que ainda era muito pequeno para tirar as rodinhas, mas você nem quis nos ouvir. Lembrou-se de mais alguma coisa? De mim? De sua irmã?

- Não. – Torci os lábios – É sempre assim depois que volto do médico. Minha cabeça ainda dói desde a ultima consulta, que foi há uma semana atrás. – Dei de ombros, vendo-a franzir a testa.

- Nem de Tânya se lembra?

- Não. Tive algumas lembranças/sonhos de Isabella, quando ainda estava grávida.

Esme sorriu, virando-se rapidamente para me olhar.

- Foi uma época boa. Você vivia preocupado com ela, o que ela iria comer, o quanto ela devia dormir, nunca a deixava carregar peso. E tudo pirou quando os meses finais se aproximaram e Thony podia nascer a qualquer momento. Você desmaiou nesse dia. – Ela riu, e eu a acompanhei – Foi uma boa época.

- Imagino que sim.

- Isabella e você eram só sorrisos, diferente de hoje, que ela mal sai de casa.

Não respondi, me sentindo mal por ouvir aquilo dela, apesar de ser verdade. Minha mãe deve ter sacado que eu não havia gostado de tocar naquele assunto  e se calou.

O carro luxuoso de minha mãe parou enfrente ao portão da grande casa. Isabella já estava no portão, sorrindo enquanto Anthony ria em seu colo. Ao seu lado estava uma morena, que fazia caretas para meu filho.

- Bella! – Saltamos do carro e minha mãe foi logo abraçá-la. – Que saudades querida, anda tão escondida.

- Preciso de um tempinho. – Deu de ombros, retribuindo ao abraço – Edward.

- Isabella.

Ela resmungou, esfregando o rosto.

- Você sabe que eu odeio que me chamem assim, por favor, me chame apenas de Bella.

- Me desculpe. – Sorri, e ela suspirou – É que eu não me lembro o que você odeia.

- Ok, tudo bem.

- Oi. – A garota ao lado de Isabella se pendurou em meu pescoço.

- Hm, quem é você? – A afastei, assustado.

- Sou Amanda, não se lembra? Nos pegávamos na lavanderia enquanto Bella estava trabalhando.

Abri a boca surpreso, mas Isabella bateu na garota, rindo.

- Mandy!

- Tudo bem, é mentirinha, tirando a parte que me chamo Amanda.

Soltei o ar que havia prendido sem perceber.

Rolei os olhos, bufando.

- Garota não brinque com essas coisas.

- Qual é, vai que cola... – Ela resmungou, entrando para dentro da casa.

- Me desculpe. – Isabella corou – Amanda é louca.

- Percebi. Ela mora ai?

- Não, é a babá de Anthony. – Só então dirigi minha atenção ao meu filho, que resmungava, trajando uma bermuda jeans, camiseta azul pólo e uma sandália. – Oi filho. – Isabella o passou para mim. Beijei a bochecha dele, apertando-o contra meu peito. – Papai sentiu saudades de você.

- Bella, eu busco Margareth na escola. – Minha mãe avisou, pegando uma pequena bolsa que Isabella lhe passou.

- Tudo bem, está tudo ai.

- Certo. – Voltou a abraçar a morena. – Não quer mesmo ficar um pouquinho lá em casa hoje? Seu irmão iria adorar...

- Prefiro ficar em casa mesmo, obrigada Esme.

- Ok querida, mas as portas de minha casa sempre estarão abertas para você, é só ir quando quiser.

- Obrigada.

- Tchau Is... Bella. – Sorri, rodando em meu calcanhar e voltando até o carro, colocando meu pequeno menino no banco de trás, na cadeirinha. – Vamos passar a tarde toda juntos, papai, Meg e você. Vai ser legal.

Ele olhou pela janela, fazendo um lindo bico para Isabella, que acenava para ele.

- Comporte-se, pequeno. – Ela colocou a cabeça pela janela, beijando a testa dele – Mamãe vai sentir saudades, amo você.

Minha mãe se despediu de Isabella e logo estávamos em sua casa.

- Bella não veio? – Meu pai indagou, assim que me sentei ao seu lado, com Anthony no meu colo.

- Não amor. – Minha mãe o abraçou por trás, suspirando. – Estou preocupada.

- Eu também querida, ainda mais hoje... Sempre passamos esse dia juntos.

Franzi a testa confuso.

- “Dia”? – Indaguei confuso. – Que dia?

- Hoje é o aniversário de Isabella e Emmett. – Carlisle responde. – Desde que ela tem 14 anos comemorávamos juntos, exceto por quando ela foi fazer faculdade fora, no Canadá.

Aniversário de Isabella...

- Droga, eu tinha certeza que estava me esquecendo de algo, mas não sabia o que era. – Cocei minha cabeça – Deve ser isso. O pior é que não comprei nada para ela...

- Não se preocupe querido, Bella não gosta muito de presentes.

*Ouçam a música, vai dar um “tcham!”*


POV Bella

- Ele está mais lindo ainda. – Contei a Marie, que havia acabado de chegar. – Droga, eu o queria aqui hoje...

- Porque não vai para a casa da Sra. Cullen? – Indagou, parando de picar alguns legumes. – Você pode realizar esse desejo.

- Não é nesse sentido que estou falando. – Puxei uma cadeira, sentando-me. – Eu o queria aqui, como meu marido, para comemorarmos essa data como comemoramos ano passado, mas dessa vez teria Anthony... Ia ser tão especial. Meu primeiro aniversário com minha família completa.

- Não vai adiantar de nada você passar sua vida assim, resmungando e reclamando. Se o ama, porque não luta por ele?

- Porque ele não me ama?! – Foi uma resposta irônica.

- Faça-o te amar de novo.

Neguei com a cabeça, lembrando-me do motivo pelo qual ele me deixou.

- Ela é linda. – Engoli em seco – Loira, escultural... – Fechei os olhos – As típicas mulheres com quem Edward se envolvia quando não estávamos juntos.

- Isso é tudo muito estranho. Vocês sempre estavam por ai, se agarrando, se beijando, cheios de safadeza. E de uma hora para outra uma louca aparece dizendo ser amante dele... Eu não acreditaria, afinal, ele não perdeu a memória?

- Eu já pensei nisso. – Confessei, servindo-me de um copo de suco – Mas é paranóia, estamos tentando achar coisas onde não existem. É isso o que fazemos quando somos fracos e perdemos. – Dei de ombros – Devem existir outros motivos para ele ter chegado a esse ponto. – Mordi meus lábios, fechando os olhos – Não devo ter sido uma boa mulher, devo ter errado em algo, talvez na cama eu já não fosse mais aquilo que ele queria.

Marie negou com a cabeça, reprovando o que falei, mas nada disse. O interfone tocou. Me levantei e fui atendê-lo.

- Sim? – Indaguei.

- Sra. Isabella Cullen?

- Eu mesma. Em que posso ajudar?

- Estou com uma encomenda para a senhora.

- Só um minuto.

Sai pelas portas do fundo e dei a volta na casa, indo até o portão. Um rapaz estava parado lá, com uma caixa.

- Eu não encomendei nada. – Avisei, já abrindo o portão.

- Oh não, já estava encomendado há um tempo.

- Hm.

- Assine aqui, por favor.

Arqueei uma sobrancelha ao notar o símbolo da Tiffany no canto do papel, assinei e peguei a caixa, agradecendo e entrando novamente em casa.

Sentei-me no sofá, abrindo a casa e perdendo o ar. Ali dentro estava um lindo colar azul. Peguei um pequeno envelope vermelho e tirei de lá um cartão, onde me desejava um feliz aniversário. Meus olhos se encheram de lágrimas quando reconheci a caligrafia.

Coelhinha,

Caso esteja lendo esse cartão, infelizmente me esqueci de seu aniversário. Por favor, não brigue comigo nem me bata quando chegar em casa. Você sabe como nosso dia-a-dia é corrido, me perdoe, mesmo. Eu comprei esse presente hoje, aproveitando que vim aqui a essa droga de assembléia que nem chegou a acontecer, apenas me fez perder a maravilhosa manhã que passaria com você e nossas crianças.. Te amo muito, não fique irritada. Quando eu chegar em casa, irei te recompensar, da maneira que mais gostamos. Em nossa cama. Unidos. Eu te chamando de coelhinha safada. Você rindo. Puxando meu cabelo. Dizendo que me ama...

Já deu para perceber que nossa noite de hoje vai ser boa, não é?

Te amo mais do que tudo acredite em mim,
Do seu lindo e perfeito marido, Edward.


Soltei a caixa e o bilhete no chão, enquanto me levantei correndo em direção ao banheiro mais próximo, onde coloquei para fora todo meu café da manhã.

Eu não sabia se vomitava ou chorava.

- Bella, algum prob... – Amanda apareceu na porta. – Oh, a senhora está passando mal?

- Foi só um enjôo. – Dei descarga e me debrucei sobre a pia, lavando minha boca e meu rosto.

- Me desculpe, mas você já diz isso há quatro dias. – Ela torceu os lábios – Não é melhor ir ao médico?

- Não, eu estou bem, é apenas um mal estar mesmo. Pode pegar um copo com água para mim?

- Sim.

Escovei os dentes e sai do banheiro, voltando para a sala. Abaixei-me pegando meu colar e o bilhete. O li mais uma vez, o que apenas fez com que eu chorasse mais ainda. Subi para meu quarto, me jogando na cama.

O que ele queria? Porque mentiu para mim? Porque me usou? Iludiu-me, dizendo palavras bonitas e promessas, que na verdade, não eram reais.

Apesar de tudo, meu coração ainda teimava a acreditar nas palavras gravadas naquele cartão.

Eu estava tão confusa...

- DESGRAÇADO! – Soquei a cama, soluçando – Por quê? ...

Eu era fraca demais. Estava deixando o homem que eu amava ir, abrindo mão de tudo o que vivemos, do meu amor por ele...

“Não vai adiantar de nada você passar sua vida assim, resmungando e reclamando. Se o ama, porque não luta por ele?”

Era inútil lutar por ele, eu sabia, mas aquela idéia me parecia tão convidativa... Eu precisava tentar, para mais tarde não me arrepender de não ter feito tudo possível para manter meu marido ao meu lado e ao lado de meus filhos.

Levantei-me e parei enfrente ao espelho. Eu estava um trapo, meus cabelos estavam o fim, meu rosto ressecado e meus olhos com olheiras. Ok, eu nunca conseguiria conquistá-lo assim.

Limpei minhas lágrimas, abri meu closet e peguei um dos meus vestidos bonitos, logo em seguida liguei para um antigo salão de beleza, onde estava acostumada a freqüentar.

Eu ficaria linda, mudaria radicalmente, e isso seria apenas o começo para trazer meu marido de volta.

Fiquei desde as 10h10min até as 13h00minmin no salão, quando sai liguei para Esme, dizendo que havia mudado de planos. Ela ficou muito contente e disse que iria avisar Emmett que eu estava indo para lá. Passaríamos à tarde em família.

Olhei meu reflexo no vidro de meu carro e sorri. Ok, eu realmente estava linda.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Oi caah amei esse capitulo.tô torcendo pela bella.fiquei mto feliz por vc voltar a postar esse fic q é o melhor q já lí.continui postando por favor eu tô viciada bjssss sua fã

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