2º Fase - Capitulo 25 –
- Amor, lembra o que combinamos? – Toquei o ombro de Bella – Sobre ir devagar.
Ela se afastou de Anthony e se agarrou em mim.
- Porque você ta chorando tia? – O garoto olhou assustado para Bella, depois para mim – Aconteceu algo com a vovó? Ela está bem não é?
- Porque você não leva Bella lá para o quarto e fica com ela um pouco? Jajá estou indo.
- Pode deixar, vou cuidar dela.
Ele estendeu a mão para Bella e ela aceitou. Esperei os dois subirem as escadas para encarar Elizabeth.
- Será que você poderia ficar no hospital com Renée essa noite? Sei que amanhã é o casamento de Rosalie, mas Bella não está boa fisicamente, muito menos psicologicamente.
- Claro que não há problema algum querido, é minha irmã. Vou tomar um banho e irei para lá.
Assim que Elizabeth deixou a sala minha mãe me abraçou.
- Me desculpe querido... – Murmurou com a voz chorosa. – Eu... me perdoe.
- Não tenho o porquê te perdoar mãe. – Beijei a testa dela.
- Mas eu sempre soube de tudo, era meu dever ter te contado.
Afastei-me dela para olhá-la.
- Contar o que?
Minha mãe mordeu os lábios ligeiramente nervosa.
- Eu sabia do garoto, mas... – Ela se soltou de mim e se sentou no sofá, com as mãos no rosto – Eu não queria causar discórdia entre Bella e a mãe dela, por isso determinei um prazo para Renée contar a verdade, eu juro que ia contar tudo se ela não o fizesse.
- Tudo bem mãe. – Me sentei ao seu lado e a abracei – Você não tem culpa, mas por favor, não deixe Bella saber disso, ela ficaria magoada.
- Obrigada querido.
- Por nada mãe. – A abracei bem apertado e ri contra seu ombro – Eu sou pai.
- Sim, você é pai.
- Vou ver como Bella está.
- Ok querido.
Subi para o quarto de Bella encontrando-a deitada com Thony em sua cama.
- Shhh, vai acordar tia Bella... – Ele sussurrou acariciando o rosto dela – Ela tava chorando.
- Eu sei – Coloquei a mão no bolso meio sem jeito – Será que nós dois podemos conversar?
Ele beijou o rosto de Bella e desceu da cama. Esperei ele passar pela porta e a fechei. Coloquei minha mão em seu ombro e o guiei até o seu quarto, onde eu estava dormindo.
- Essa é uma conversa de homem pra homem?
- Exatamente. – Fechei a porta e o peguei no colo, levando-o a cama e o sentando na beira dela.
- Não me diga que é sobre sexo... Gravidez... Eu até penso nessas coisas, mas sei que sou pequeno demais ainda pra praticar e...
- Ei. – Eu o interrompi – é sobre um assunto mais serio que quero conversar contigo.
Ele franziu a testa.
- Sobre o porquê da tia Bella ter chorado?
- Sim. – Mordi os lábios sem saber por onde começar. Aquela conversa ia afetar tanto a minha vida quanto a dele, eu devia escolher bem as palavras, não podia simplesmente proferir que ele era meu filho. – Quero conversar com você sobre os seus pais...
Anthony desviou os olhos e brincou com os dedos da mão.
- Eu to bem, não vô precisar deles, tia Bella tem medo que eles me tirem dela, eu não quero ir pra longe dela... eu não quero mais meus pais.
Sentei-me ao seu lado.
- Eles não irão te tirar de Bella.
- Mas porque eles só me querem agora? Foi eles quem me abandonou.
A voz dele estava embarga. Acariciei os cabelos dele, fazendo-o me olhar.
- Você já pensou que eles podem ter sido tão vitimas quanto você? Que eles nunca desejariam ter te deixado?
- Não...
- Então não fale esse tipo de coisa Thony. Sua mãe sempre te quis, mas ela foi enganada. Todos esses anos ela achava que você está morto.
- Quem falou isso? Quem pode dizer que ela não está mentindo? Tia Bella disse que tem pessoas que mentem muito.
- Sim, mas eu... eu a conheço, e te digo, ela faria de tudo por você.
Anthony suspirou e jogou as pernas pra cima da cama, enquanto girava e deitava a cabeça em minhas pernas.
- E... meu pai?
- Seu pai nem se quer sabia que sua mãe havia engravidado... – Deslizei meu polegar por sua bochecha – A história dele com sua mãe foi muito turbulenta, sabe... a mãe dela nunca quis que eles ficassem juntos.
- Nossa que idiota... – Ele cutucou meu jeans.
- Sim. – Concordei.
- Você... – O garoto tirou a cabeça do meu colo e rolou para o lado, ficando de bruço na cama e mexendo o pé no ar. – Você viu eles?
- Sim.
Ele rolou novamente na cama, mas agora, parando de barriga para cima e fitando o teto.
- Meu pai e minha mãe são bonitões?
- Eu diria que são as pessoas mais linda do mundo.
- Será que tia Bella ficaria triste se eu fosse conhecer eles?
- Claro que não.
- Então você pode me levar até eles?
- Quando você quiser. – Sorri para ele, e fui correspondido.
- Pera ae que eu vou trocar de roupa e já volto. – Antes que eu respondesse algo ele pulou da cama e saiu do quarto. Eu o segui até o quarto de Bella – Fica ai, não quero que me veja pelado e sinta inveja.
Rolei os olhos e me encostei na parede, observando-o abrir e a porta e fecha-la. Não demorou muito para que ele voltasse vestido com a roupa que nós havíamos comprado no Shopping.
- Pronto?
- Sim.
Ele saiu andando em direção as escadas, mas eu coloquei minha mão em seu ombro, guiando-o de volta para dentro do quarto.
- Que foi? Esqueceu alguma coisa?
- Você disse que queria conhecer sua mãe, não foi isso? – Ele assentiu. Fechei a porta do quarto de Bella e o puxei até a beira da cama onde me agachei. – Ela é linda não é?
- Sim sim, muito linda, mas agora podemos ir?
- Onde?
Ele rolou os olhos e bateu o pé no chão bufando.
- Você disse que ia me levar para conhecer minha mãe! – Anthony sussurrou para não acordar Bella.
- Eu acabei de fazer isso... – Olhei para Bella.
- O que... – Ele parou de falar quando passou a compreender os fatos – Você está...
- Sabe, Renée nunca me quis com Bella. Ela achava que eu não daria futuro algum a filha, mas eu faria de tudo para dar o de melhor para essa mulher. Sabe porque Bella estava chorando?
- N-não.
- Pois é. – Me virei para ele e suspirei – Eu fui buscar nossos exames hoje, e acabei descobrindo que não sou compatível com você caso precise mesmo de um transplante de medula óssea, mas, bem, eu descobri que somos mais compatíveis do que devíamos ser.
Anthony continuou parado olhando para Bella com uma expressão indecifrável. Ele se aproximou da cama tocando o rosto dela, mas logo se afastou como se estivesse acabado de tomar um choque.
- Minha tia é... minha mãe? – Eu apenas assenti. Ele franziu a testa e voltou para perto de Bella, olhando-a com curiosidade, depois voltou a me encarar com empolgação – Será que se eu pular encima dela ela acorda?
- Provavelmente.
- Mas eu quero abraçá-la!
- Abrace-a.
- Mas não quero acorda-la! – Ele suspirou frustrado - Hmm... – Veio para mais perto de mim e tocou meu rosto – Então, você é mesmo meu pai?
- Provavelmente. – Brinquei, fazendo-o rir baixinho. – Eu ganho um abraço?
- Ah para...
- Qual é...
- Ok, mas não se acostuma. – Ele pegou um pouco de distancia e pulou em meu colo. Suas pernas abraçaram minha cintura e seus braços enlaçaram meu pescoço, o impacto foi tão forte que eu acabei caindo para trás.
- Serio, vou querer um desse todos os dias, a partir de hoje. – Ele riu baixinho contra meu ombro e continuou em meus braços. Acariciei seus cabelos e ouvi um soluço abafado vindo dele. Eu o afastei, encarando seus olhos marejados. Ele estava chorando.
Antes que eu conseguisse formular uma pergunta houve leve batidas na porta e em seguida ela foi aberta.
- Estou atrapalhando algo? – Minha mãe indagou em um sussurro.
- Não mãe. – Sorri para ela.
- Certo. – Ela mordeu os lábios – Vim avisar que a janta está pronta.
- Obrigada, já estamos indo. – Pisquei para ela. Minha mãe saiu e fechou a porta. Voltei minha atenção para Anthony que havia voltado a me abraçar. – Vamos descer?
- Não...
- Mas você precisa comer. – Me levantei do chão, com ele ainda agarrado em meu tórax.
- Não podemos deixar ela aqui sozinha... – Ele apontou para Bella – Vai que ela some.
- E deixar nós dois para trás? – Rolei os olhos – Ela não seria capaz de viver sem mim, ela me ama.
Ele rolou os olhos.
- Ela já me amava mais, agora me ama muito, muito mais.
- Não vou querer disputar o amor dela com você. – Sai do quarto e fechei a porta. Passei meus braços ao redor da pequena cintura de Anthony, assegurando que ele estaria seguro caso seus braços ou perna se soltassem de mim – Eu sei que ela ama mais você, afinal, você saiu de dentro dela.
- Mas ela também te ama. – Ele sorriu mexendo nos meus cabelos – Só que mais menos.
- Você quis dizer “um pouco menos”.
- Isso ai.
Desci as escadas e entramos rindo na cozinha.
- Podem me contar a piada? – Minha mãe pediu, sorrindo.
- Sabe quando eu pedi pra você ser minha vovó? – Anthony perguntou, Esme assentiu – Pois é, pode esquecer, porque você é minha avó de verdade!!!
- Omg!
- Éu sei, você deve estar feliz em ter um garoto lindo como neto... – Ele se gabou mexendo-se em meu colo para descer no chão.
- Oh meu lindinho, vem me dar um abraço. – Minha mãe abriu o braço enquanto se abaixava. Anthony correu até ela jogando-se em seus braços – Eu disse que um dia você ia conhecer seus pais.
- Sim... – Ele beijou a bochecha dela – Vovó.
[...]
POV Bella
Acordei com uma tremenda dor de cabeça. Olhei pela janela e vi a escuridão, o relógio no criado mudo marcava 01h00min da madrugada. A única coisa que eu me lembrava era de ter vindo com Anthony para o quarto e apagado.
Sentei-me na cama esfregando meus olhos. Eu ainda estava com a mesma roupa que havia ido ao hospital.
Sai do quarto e desci para a sala. A TV estava ligada, no sofá Edward dormia com Anthony em seu peito. Um sorriso escapou de meus lábios. Meu filho e o homem da minha vida. As duas pessoas que eu mais amava.
Desliguei a televisão, caminhei até eles e me sentei na beira do sofá. Colei meus lábios na testa de Anthony e beijei Edward.
- Amor... – Eu o chamei.
- Hmm... – Edward resmungou.
Ri baixinho e mordi a bochecha dele.
- Amor...
Edward abriu os olhos e piscou algumas vezes, depois sorriu.
- Oi... acho que pegamos no sono aqui no sofá. – Ele se remexeu sob Anthony.
- Percebi, vamos para o quarto?
- Ok.
Edward se sentou, ajeitando Anthony em seu colo e ficou em pé sorrindo.
A porta da sala se abriu, e por ela passou Carlisle, Emmett, John, Jasper, Rosalie e Tânya.
- Eu to tãoooooo feeeeeeliiiiiz! – Emmett murmurou com a voz arrastada, enlaçando o pescoço de Tio John e Carlisle – Vou me casar... com... a melhor... muiê do mundo. – Ele jogou os braços para o ar e deu uma giradinha, fazendo os outros rir.
- Vocês fizeram uma despedida de solteiro junto com as meninas? – Edward indagou rindo.
- Não filho, Rosalie passou o numero do celular de Emmett para o dono da boate, ela foi assaltada na saída. – Carlisle, o mais sóbrio, riu – Fomos buscá-las.
Emmett parou de agarrar Rosalie e veio em nossa direção, olhando para Anthony nos braços de Edward.
- Vocês mataram ele? – Perguntou, cutucando meu garoto – Droga... – Emm soluçou – Eu estava começando a gostar dele... Posso ajudar a se livrar do corpo?
- Seu idiota! – Empurrei meu cunhado – Não diga bobeiras e fale baixo, vai acordá-lo.
- Uff... Pensei que vocês tinham matado ele. – Emmett suspirou aliviado. Incrivelmente, ele parecia estar sendo sincero – Sabe, deve ser horrível um empata foda, eu também o mataria.
Rolei os olhos e comecei a puxar Edward.
- Boa noite gente.
- Boa noite.
Abri a porta do quarto para que Edward entrasse e deitasse Anthony em minha cama. Deitei-me na cama abraçando o pequeno garoto contra meu peito.
- Posso ficar aqui essa noite? – Edward indagou.
- Você deve ficar essa noite aqui. – Sussurrei. Ele sorriu deitando-se atrás de mim e me abraçou, beijando meu ombro. Fechei os olhos suspirando.
- Algum problema?
- Não exatamente, só estou tentando imaginar qual vai ser a reação dele quando contarmos que ele é nosso filho.
Edward pigarreou, virei-me para olhá-lo.
- Bom... eu não ia conseguir andar pela casa, esbarrar nele e nem poder dizer “Cuidado por onde anda filho”. – Ele mordeu os lábios – Espero que você não fique brava nem chateada comigo, mas eu e ele conversamos depois que você dormiu e eu contei tudo para ele.
Abri a boca surpresa, mas depois ri.
- Qual foi à reação dele? Ele gostou?
- Bom, ele agiu normalmente, como se a ficha não tivesse caído, mas depois da janta ele começou a correr pela casa gritando e rindo não sei como você não acordou. – Rimos juntos. Eu me apertei nos braços de Edward feliz, meu maior medo era a rejeição de Anthony. - Serio, ele parece mais filho de Emmett do que meu será qu...
Eu o soquei.
- Idiota, não termine de falar o que ia falar.
- Ai amor, isso dói.
- Mas é para doer mesmo. – Ralhei. Ele resmungou baixinho enquanto roçava o nariz pelo meu pescoço, me deixando desconcentrada. – Você não vai conseguir me destrair...
- Não? – Ele moveu as duas sobrancelhas, me desafiando.
- Talvez se a gente for para seu quarto... – Deslizei meu dedo pelo peito dele. – Você consiga.
Ele riu.
- Convite tentador, mas você está cansada, nem jantou, pode tratar de dormir e amanhã temos que acordar cedo, ou se esqueceu que será a madrinha de Rosalie?
Torci os lábios chateada, mas como sempre, ele tinha razão.
- Tudo bem.
Edward sorriu e tirou a camiseta. Virei-me de costas para ele, abracei Anthony e logo fui abraçada.
- Durma querida... – Ele sussurrou em meu ouvido – Amanhã quando acordamos será tudo novo, uma nova vida, uma nova família... um novo começo para nós três.
Fechei os olhos assentindo. Apertei meus braços ao redor de Anthony e beijei sua testa.
- Eu te amo... meu filho.
[...]
POV Edward
Acordei incomodado com uma respiração muito perto do meu rosto. Abri os olhos e não pude evitar um sorriso.
- Oi.
- Bom dia Anthony. – Olhei para o relógio e mordi os lábios, era 07h45min – Hm, acordou cedo hoje...
- Estou ansioso e, droga, ela não acorda.
Sentei-me na cama esfregando meus olhos. Bella estava encolhida na cama, dormindo.
- Ela dormiu tarde. – Me levantei e o puxei pelas pernas, jogando-o para cima do meu ombro – Vamos preparar um café da manhã para ela?
- Sim, sim, sim, pelos dias das mãe que eu não preparei.
- Garanto que ela vai ficar super feliz.
- Tomara.
Sai do quarto com ele em meu ombro, rindo. Na cozinha encontramos minha mãe, Rosalie e Tânya. As duas louras estavam com os cabelos bagunçados e uma puta cara de ressaca.
- Eita, foram brincar num tornado e nem me esperaram? – O garoto não perdeu tempo.
- Estou com muita dor de cabeça para responder pra você pirralho. – Tânya resmungou levando as mãos aos cabelos. – Ai que dor...
- E você hein... – Mesmo de ponta cabeça Anthony se inclinou para beijar a bochecha de Rosalie – Até descabelada tu fica linda, Tio Emmett tem muita sorte...
- Anthony comporte-se. – Bati na bunda dele, fazendo-o rir.
- Edward, desça-o daí, o garoto está vermelho! – Minha mãe ralhou. Rolhei os olhos e sentei o garoto na cadeira. – Bom dia meu anjo, como dormiu?
- Ótimo vovó. – Ela deu um largo sorriso com as ultima palavra de Thony. – Viemos arrumar café para minha... minha...
- Viemos preparar o café da manhã para nossa Bella. – Eu o ajudei. Ele sorriu para mim.
Não podíamos pressioná-lo, ele estava sendo tão incrível com tudo aquilo que estava acontecendo. Sua doença, a descoberta que Bella e eu somos seus pais... Poucas crianças teriam psicológico para isso, mas Anthony era incrivelmente maduro para sua idade.
As coisas demorariam um pouco para se ajeitar devidamente, mas isso, agora, era o de menos.
- Bom dia pessoas… - Emmett entrou na cozinha se despreguiçando.
- Bom dia.
Meu irmão se sentou entre Rosalie e Anthony, cerrando os olhos para o garoto.
- Não estava dando encima da minha mulher de novo, estava?
- Claro que não. – O garoto riu.
- Estou começando a gostar de você.
Os dois sorriram cúmplices e fizeram um toquinho com a mão. Rolei os olhos e comecei a colocar algumas frutas em uma bandeja. Thony pulou da cadeira e encheu um copo de suco.
- Aqui... – Ele colocou na bandeja.
Depois de arrumarmos tudo, e antes de sair da cozinha, me virei para os outros.
- Depois preciso conversar com vocês.
- Então é bom andar logo, daqui a pouco estamos indo para o SPA.
- Ok.
Anthony e eu subimos para o quarto. Bella continuava na cama, mas agora seu corpo não estava mais coberto pelo lençol. Deixei a bandeja sobre o criado mudo e me sentei na beira da cama, Anthony já estava ajoelhado ao lado dela distribuindo beijos por seu rosto.
POV Bella
Beijos estavam sendo distribuídos por todo meu rosto. Abri meus olhos e pisquei algumas vezes até eles se acostumarem com a claridade que entrava no quarto. Sorri.
- Bom dia mãe.
- Oh Thony... – Eu o puxei contra meu peito, sem conter as lágrimas de felicidade.
[...]
- Você... – Emmett pressionou os lábios – Isso o que você falou é verdade?
- Sim Emm. – Sorri.
- Uau!
- Eu... – Carlisle se levantou sorrindo – Eu não sei o que dizer.
- Diga que está feliz amor. – Esme o abraçou – Afinal, é nosso neto.
- Viu ursão, você estava com ciúmes do seu sobrinho. – Rosalie riu.
- Agora eu sei de quem ele puxou toda aquela... aquela esperteza. – Emmett abriu um sorrisão – Puxou o titio.
- Só espero que quando ele cresça, não siga os passos do tio... – Edward resmungo ao meu lado.
Rimos.
- Bom, está na hora, vamos?
Edward torceu os lábios e me abraçou pela cintura.
- Te vejo mais tarde... – Colei minha boca na dele. – Cuide do nosso garoto.
- Tudo bem.
- Edward, querido, espere um minuto – Esme se levantou do sofá e saiu da sala, voltando logo em seguida com uma sacola branca na mão – Ontem, depois que você entregou o presente de Anthony esqueceu isso na mesa de centro.
- Nossa... – Ele franziu a testa e pegou a sacola de Esme – Isso me fez lembrar que... – Ele me olhou sorrindo – Você ainda não abriu o seu exame não é? – Neguei com a cabeça, fazendo-o rolar os olhos.
- Com toda aquela confusão, eu acabei me esquecendo... Foi muita coisa para um dia só.
- Do que estão falando?
- Bella pode estar grávida.
- Eita. – Emmett riu – Vocês não perderam tempo hein, quiseram recuperar o tempo perdido...
- Emmett cale a boca. – Edward riu – Vou pegar nossos exames.
- Não liguem, ele está meio paranóico com isso. – Murmurei para meus sogros.
Carlisle e Esme riram, assim como os outros.
Edward voltou com os exames nas mãos, distribuindo para seus donos. Girei o papel na minha mão.
- Vamos Bells, abra.
- Edward... você sabe que eu posso não estar grávida certo? Não quero que fique chateado caso isso ocorra e...
- Abra logo mulher – Emmett me interrompeu – Se você não estiver grávida, tenho certeza que não faltara oportunidades.
Abri o envelope e tirei meu exame de la, estranhamente, minhas mãos tremiam.
- Go, Bellinha, quero saber se vou titio denovo. – Emmett murmurou enquanto abriu o seu exame e o lia – Hm... interresante. Tem certeza que isso é um exame? Parece mais um gabarito daqueles que a gente preenche nas provas...
- Me da isso aqui. – Carlisle puxou a folha da mão do filho e passou começou a ler. - Hm...
- Estou grávido?
- Emmett!
Ele riu abraçando-me pelo pescoço e aproveitando para pegar o exame da minha mão.
- Cullen, devolva isso agora ou...
- Ou? – Ele arqueou as sobrancelhas rindo – Vai fazer o que... – Meu olhou de cima a baixo – Baixinha.
- Eu... eu... – Mordi os lábios – Vou mandar Edward te bater.
- Ta. Sei...
Aproveitei o descuido dele e puxei o papel de sua mão.
POV Edward
Bella olhou o exame e o dobrou, colocando-o no decote.
- Então? – Perguntei curioso.
- Então o que? – Ela se fez de boba.
- Qual é o resultado? Você está mesmo grávida?
- Ah... isso... Bem, você vai ficar na curiosidade, estamos atrasada para o SPA.
- Bella...
- Qual é Edward, algumas horas a mais ou a menos não fará diferença para você.
Esfreguei meu rosto impaciente. Ela não podia estar falando serio.
- Bella traduza para mim... – Rosalie se aproximou com seu exame.
- Você não é compatível com Anthony.
- Nem eu... – Minha mãe torceu os lábios.
- Eu... – Bella mordeu os lábios – Eu fiquei tão extasiada com a noticia de Anthony que acabei me esquecendo disso.
- Fique tranqüila Bella. – Meu pai riu – Vocês não são compatíveis, mas Emmett é.
Olhei para meu irmão que se afastava, dando passos para trás.
- Eu?
- Sim amor, você!
- Droga! Eu odeio agulhas!
[...]
[N/A: Me desculpem, mas eu realmente não consegui escrever o casamento de Emmett e Rosalie]
- Coloque-o aqui amor... – Bella retirou o lençol da cama para que eu colocasse Anthony.
O garoto havia dormido dentro do carro, assim que saímos da festa. Os outros haviam ficado lá, Bella e eu decidimos vir na frente.
- Ele está mesmo cansado.
- São os remédios amor. – Bella me explicou – Os remédios que ele está tomando tem esse efeito mesmo.
- Isso quer dizer que ele vai varar a noite? – Arqueei as sobrancelhas.
- Sim.
- Ótimo.
Pareceu que Bella não entendeu minhas intenções, ou fingiu não entender. Ela foi até a mala de Anthony para pegar o pijama dele, depois se sentou na cama e começou a tirar o blazer e a camisa do garoto, que por sinal, era idêntico ao meu. Resolvi ajudá-la, retirando os sapatos dele.
Com Thony devidamente trocado e coberto puxei Bella da cama, apertando-a contra meu corpo.
- Você está cansada... – Rocei meus lábios em seu pescoço – Que tal um banho?
- Eu vou adorar. – Ela me beijou e foi em direção ao seu banheiro, mas eu a alcancei – Acho que não fui muito claro... – A puxei até sua mala – Pegue sua roupa. Você vai sim tomar banho, mas vai tomar banho lá no outro quarto.
- Ahhh... – Ela pareceu entender – Sim senhor.
- Vou na frente. – Pisquei para ela.
- Ok amor.
Fui para o meu quarto e comecei a me despir. Tirei o blazer, minha camisa, minha calça, meus sapatos , minha boxer e entrei no banheiro.
Liguei o chuveiro no morno de entrei embaixo da água, deixando todo meu corpo relaxar. Não demorou muito para que a porta do boxe fosse aberta e Bella entrasse debaixo do chuveiro comigo.
- O casamento do seu irmão foi lindo... – Ela sussurrou me abraçando pela cintura.
- O nosso vai ser mais lindo ainda – Mordi a bochecha dela, fazendo-a rir. Me afastei tocando seu rosto – Você viu que sua mãe queria falar contigo?
- Amor, não quero conversar sobre isso, não agora.
Bella deitou a cabeça em meu peito.
Renée havia recebido alta e pode comparecer ao casamento da sobrinha, Elizabeth havia levado ela e iria trazê-la. A festa toda ela buscava oportunidades para falar com Bella, o que de fato não conseguiu.
- Amor, você precisa parar de fugir desse assunto. – Escorreguei meus dedos por suas costas – Amanhã voltamos para LA e se você não lembra, ela mora contigo.
- Shhh... – Bella negou com a cabeça enquanto erguia a cabeça, ficava na ponta dos pés e colava nossas bocas. Enlacei sua cintura e há ergui um pouco.
Minha língua buscava a dela com desejo, seus dedos estavam embolados em meu cabelo.
Girei nossos corpos, prensando-a contra a parede.
- Deus... – Desgrudei nossas bocas buscando ar. – Há quanto tempo eu não faço amor com você?
- Dois dias.
- Tanto tempo assim? – Gemi frustrado. Ela riu enquanto descia os lábios por meu peito. Bella nos fez girar de novo, me empurrando contra a parede. Fechei os olhos quando notei o que ela ia fazer. Encostei minha cabeça na parede e fechei os olhos, apreciando seus lábios quentes deslizando por minha barriga. Ela se ajoelhou na minha frente e eu a agarrei pelos cabelos arfando, afinal, fazia tempo que eu não ganhava um oral.
Bella segurou meu membro em suas mãos e o acariciou com o polegar.
- Amor... – Mordi os lábios. Abri os olhos encarando-a. Ela sorriu para mim e passou a ponta da língua por minha cabeça, sem deixar de me olhar. Eu estava tão louco que a guiei pelos cabelos até que meu pau estivesse em sua boca, não inteiro, eu era muito grande. Sim, eu sou foda. – Isso amor...
Ela começou a mover sua boca por toda minha extensão – que não era pouca -, sua mão acariciava minhas bolas. Aquela mulher sabia como me tirar do serio. Sua boca estava tão quente e úmida. Uma sensação deliciosa me fez estremecer.
- Mas já? – Ela se afastou antes que eu gozasse.
- Bella, porra, isso não se faz!
- Eu digo o mesmo, isso não se faz! – Ela se levantou e voltou a me beijar – Isso só se faz dentro de mim ok?
- Como você quiser.
A peguei no colo, desliguei o chuveiro e sai do banheiro com ela me beijando. Deitei Bella na cama, sem me importar com nossos corpos molhados, alias aquilo tornava as coisas mais deliciosas. Deslizei minha boca para seu pescoço e continuei descendo, parando em seus seios para desfrutar daquelas coisinhas durinhas e gostosinhas.
- Edward... – Bella gemeu arranhando minhas costas.
Rodeei minha língua em seu mamilo sugando-o em seguida. Quando ela estava começando a gostar eu desci para sua barriga e derrapei minha língua de seu umbigo até sua virilha, fazendo-a arfar. Suas pernas automaticamente se abriram e eu me deitei ali, de frente para minha belezura.
Coloquei meus dedos nos lábios de Bella, brincando com eles como se estivesse fazendo “bilu-bilu-teteia”. Ela remexeu um pouco os quadris tentando, sem sucesso, que eu a penetrasse.
- Ela está molhadinha amor. – Contei para minha morena gostosa.
- Edward, anda logo!
- Se você pudesse ver a visão que eu estou tendo, também ficaria encantada. Fica quietinha e me deixa prova um pouquinho disso aqui... – Segurei suas coxas e passei minha língua por sua fenda quente e pulsante. Com uma de minhas mãos abri os lábios dela e suguei sua intimidade.
Bella gemeu mais alto ainda e pressionou minha cabeça contra sua entrada.
Deixei a ponta da minha língua penetrá-la enquanto massageava seu clitóris. Tudo naquela mulher me agradava; Seu cheiro, seu gosto, o calor do corpo, o modo como ela gemia meu nome...
- Mor, por favor! – Como se não ouvisse a suplica dela continuei a estocar minha língua nela e chupá-la. Quando suas pernas estremeceram, eu me afastei. – Desgraçado!
Rindo, me ajoelhei e puxei seu corpo para mais perto de mim, fazendo-a enlaçar minha cintura com as pernas. Me inclinei para o lado e abri a gaveta do criado-mudo. Bella puxou meu braço.
- O que está fazendo?
- Pegando camisinha amor.
- Tem como ficar grávida já estando grávida?
Pasmo, eu me sentei em minhas próprias pernas.
- Está falando verdade?
- Porque eu brincaria com isso? – Ela riu voltando a enlaçar minha cintura e me puxando para cima dela de novo. – Pensei que ficaria feliz com a noticia...
- E eu estou feliz. – Balancei a cabeça, ainda incrédulo – Só estou... em êxtase.
- Hm... vem aqui, me faz ficar em êxtase também. – Meu corpo voltou a ficar em chamas. Inclinei-me buscando seus lábios enquanto me encaixava nela e deixava meu membro invadir sua entrada quente e molhada. – Oh Deus...
- Eu te amo... – Sussurrei antes que começássemos a fazer amor – Você me faz o mais feliz do mundo.
- Eu também te amo. – Ela mordeu os lábios. Suas bochechas estavam levemente avermelhadas, deixando-a mais tentadora. Bella remexeu os quadris impaciente – Continua...
Comecei a mover meus quadris de encontro aos dela, fazendo-a grunhir baixinho e apertar minha bunda. Seus olhos estavam fixos nos meus. Sentei-me na cama, trazendo seu corpo junto.
- Bella... – Gemi quando ela começou a erguer os quadris e abaixar.
Apertei sua cintura e comecei a ajudá-la nos movimentos.
Suas unhas arranhavam meus ombros na medida em que suas investidas se tornavam mais rápidas e forte. Quando Bella começou a gemer alto demais puxei ela pela nuca e colei nossas bocas, deixando apenas gemidos abafados ecoarem pelo quarto.
Voltei a deita-la na cama. Estoquei mais rápido e fundo nela, seus olhos reviraram.
- Amor, vem...
- Eu... vou... ah...
Alcançamos junto nosso orgasmo. Cai sobre ela abraçando-a. Permaneci ali, deitado, parado, com minha cabeça em seu peito, sentindo sua respiração ofegante em minha cabeça, suas mãos alisando minhas costas e seu coração disparado.
Sorri beijando sua pele suada.
Impossível não sorrir. Ontem eu havia ganhado um filho e hoje estava ganhando mais um. Eu tenho a mulher mais linda, minha opinião, do mundo e em breve estarei casado com ela.
Eu não precisava de mais nada, a não ser momentos como esse, talvez mais selvagens, ou carinhosos.
- Amor? – Bella me chamou.
Ergui a cabeça para olhá-la.
- Que?
- Tem fôlego para mais?
- Opa, eu sempre tenho fôlego.
Embolamos-nos mais uma vez na cama, nos beijando.
Ok, eu era o cara mais sortudo do mundo.
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