Bem vindos ao Fanfics da Cah. Sou Camila Cocenza, futura garota de programa! E não, não é o que estão pensando, apenas pretendo cursar Engenharia da Computação. Para mais informações: cahcocenza@hotmail.com
Google-Translate-ChineseGoogle-Translate-Portuguese to FrenchGoogle-Translate-Portuguese to GermanGoogle-Translate-Portuguese to ItalianGoogle-Translate-Portuguese to JapaneseGoogle-Translate-Portuguese to EnglishGoogle-Translate-Portuguese to RussianGoogle-Translate-Portuguese to Spanish

09/01/2011

I'll Be There For You - Capitulo 24


2º Fase – Capitulo 24 – Meu filho



- Bom dia tia...

Sorri abrindo meus olhos.

- Bom dia Thony. – Estávamos um de frente para o outro. Ele ergueu sua pequena mãozinha, tocando meu rosto. – Como está se sentindo?

- Forte como um pônei.

- O que? – Ri confusa.

- Sabe, eu ainda não sou grande para ser um cavalo, e eu vi no Animal Planet que os pôneis são pequenininhos.

- Sim, mas eles não crescem.

- Ok, não quero mais ser um pônei. – Resmungou sentando-se. Coçou os olhos e virou-se sorrindo para mim – Vamos levantar? To com fome.

- Sim, me dê um minuto. – Afastei o lençol e caminhei até o closet e me troquei lá dentro, quando sai Anthony não estava na cama, fui para o banheiro e o encontrei em cima de um pequeno banquinho de madeira, se olhando no espelho.

Fizemos nossa higiene matinal e saímos do quarto, como nos velhos tempos.

- Tia, anda mais rápido.

- Thony, você cresceu ok? É difícil carregar um garoto de cinco anos nas costas.

Ele gargalhou. Descemos as escadas e quando eu estava quase pisando no ultimo degrau me assustei com um Edward carrancudo.

- Bella! – Ele grunhiu levantando-se do sofá e vindo até nós.

- O que?

- Ta doida mulher?

- Hein?

Ele tirou Thony das minhas costas e o colocou no chão. Arregalei os olhos quando Edward me pegou no colo e começou a me carregar em direção ao sofá.

- Edward! Eu sei andar!

- Eu sei amor... – Ele sorriu me colocando no sofá. – Mas é bom você descansar, sabe como é, pode acontecer algo ao nosso bebê.

- Edward... – O agarrei pela gola da camiseta e aproximei meu rosto do dele – Não saia falando por ai coisas que você não sabe.

- Olhe para esse humor inconstante...

Dei o dedo do meio para ele. Levantei-me do sofá e caminhei pisando duro para a cozinha.

- Bom dia Bella.

Sentei-me a mesa junto com meu cunhado.

- Bom dia Esme, Renée, Emm.

- Onde está Edward?

- Eu aqui mãe... – Olhei para trás e o vi carregando Anthony nas costas. Ele colocou o garoto na cadeira ao meu lado e se sentou na outra, ao meu lado. – Está brava comigo?

- Não.

- Ok.

Ele se inclinou colando nossas bocas.

Era impossível ficar nervosa com ele.

- O que temos para o café? – Anthony quicou na cadeira.

- Panquecas! – Esme sorriu nos servindo.

Franzi o nariz.

- Mas que cheiro... Horrível!

- Bella, você sempre gostou das panquecas da minha mãe... – Edward riu – Eu até achava que você dormia lá em casa mais para poder acordar de manhã e comer panquecas.

- Eu sei, mas...


POV Edward


Observei Bella tapar a boca e se levantar da mesa correndo.

Levantei-me e fui atrás dela. Minha morena estava no banheiro do andar de baixo debruçada sobre o vaso sanitário.

Até vomitando ela era linda.

Ela se levantou vermelha.

Sorri vitorioso.

- Edward, não fale merda!

- Amor, eu nem falei nada.

- Mas ia falar. – Ela deu descarga. Mordi os lábios contendo um sorriso – E não sorria!

- Vou deixar para sorrir depois, quando eu pegar o exame. – A abracei por trás, enquanto ela lavava a boca. – Agora venha, vá deitar em seu quarto, eu levo algo para você comer.

Ela assentiu. Eu a acompanhei até a escada depois fui para a cozinha. Sorrindo.

- O que houve com Bella? – Emm indagou.

- Ela... – Apertei os lábios pensando na minha resposta. – Ela está um pouco fraca, não come direito desde que Anthony foi para o hospital... – Dei de ombros – Vou levar algo para ela comer no quarto.

- Deixe que eu preparo. – Minha mãe sorriu.

- Bom dia...

Virei-me para trás, sorrindo.

- Jasper! Cara, quanto tempo. – Me levantei e o abracei.

- Eu cheguei há alguns dias atrás, mas você e Bella quase não pararam em casa...

- Culpa daquele garoto ali. – Apontei para Anthony que sorriu.

Jazz franziu a testa e caminhou até o garoto, olhando-o.

- Seu filho? – Perguntou para mim.

Gargalhei.

- Não. – Neguei. – O corte de cabelo o deixa muito parecido comigo, mas ele não é nada meu.

- Ah sim, claro.

- Mas quando ele se casar com tia Bella, eu vou ir morar com eles. – Anthony pulou da cadeira. – Vou lá ver como ela ta.

Jasper e eu nos sentamos à mesa.

- Bella e você se casando? – Jazz riu – Mas acabaram de se conhecer e...

- Na verdade não. – Suspirei encarando-o – Lembra quando eu te contei que conheci e namorei uma garota em Forks?

- Sim, claro. Lembro-me muito bem de você dizendo que a vadia da mãe dela fez de tudo para separar vocês...

Olhei de relance para Renée que parecia ter fingido não escutar.

- Jasper! – Eu o soquei – Fale baixo seu idiota! Essa garota era Bella!

- Bella? Minha prima?

- Exatamente!

Ele olhou para Renée e se encolheu, sabendo que havia falado o que não devia.

- Será que ela ouviu?

- Reze para ela não te envenenar. – Sussurrei.

[...]

- Amor...  Por favor.


- Edward, ainda falta 1 hora!


- Mas...


- Edward!


Voltei a mexer meus próprios dedos enquanto olhava para o relógio e esperava dar a hora certa para que eu pudesse ir ao hospital pegar os exames. Olhei para Bella, ela estava sentada ao meu lado no sofá e olhava a TV. Soltei uma lufada de ar, igual quando eu era criança e queria irritar minha mãe. Batuquei os dedos no braço do sofá e voltei a bufar.


- Ok Edward, você ganhou, vá logo antes que eu tire seus cabelos em um puxão.


Ri. Ela era linda nervosa.


- Posso mesmo?


- Se perguntar de novo eu mando Emmett ir.


- Ok. - Me levantei pegando minha carteira e a chave do carro. Inclinei-me sobre Bella para sussurrar em seu ouvido - Eu posso abrir seu exame?


- Não! - Ela deu um sorriso maldoso.


- Mas Bells...


- Edward.


- Ok, ok, eu entendi.


Caminhei em direção a porta, mas antes olhei para dentro da cozinha e vi Renée. A velha estava sentada a mesa com a cabeça entre as mãos. Suspirei.

- Está... Tudo bem? - Indaguei.

Ela sobressaltou.

- Oh sim, obrigada... Eu apenas estava... Pensando.

- Ok. - Sorri - Vou ao hospital buscar os exames.

- Já? - Ela mordeu os lábios.

- Sim, sim, estou ansioso para descobrir se minhas suspeitas são verdade.

Ela arregalou os olhos.

- Que... Que suspeita?

- Segredo, por enquanto. Quando eu voltar todos ficarão sabendo, agora preciso ir.

- Ok.

Eu a observei voltar à posição como a encontrei.

Dei de ombros e sai dali.

Dirigi para o hospital e fiquei lá, mofando.                   

Bella tinha razão, eu não devia ter vindo tão cedo...


POV Bella


- Você... Você já fez algo para confirmar isso? – Minha prima indagou. Eu havia acabado de contar minha suspeita de suposta gravidez, ou melhor, a suspeita de Edward.

- Bom, não, como fizemos exame de sangue, achei melhor esperar. Edward veio ontem com essa conversa e depois disso tudo...  Ficou diferente, eu vomitei essa manhã.

- OMG! Nem acredito que vou ser tia, bom, tecnicamente sou prima-tia, já que meu futuro marido vai ser tio desse bebê. Oh... Bella podemos ir ao shopping comprar algo para esse meninão.

- Rose! – Me levantei da cama, andando de um lado para o outro – Você também não! Já me basta o Edward que ficou meio paranóico com isso.

- Ele gostou da idéia?

Suspirei e voltei a me sentar ao lado dela.

- Ele... Ele adorou.

- Então porque todo esse estresse? Você tem é que sorrir, afinal, é o fruto do seu amor por Edward.

- Eu sei, mas... Mas tenho medo. Medo de acontecer tudo de novo, de ter que passar por tudo aquilo novamente... Eu não sei se agüentaria.

- Isa... – Rose me puxou para um abraço – Dessa vez Edward vai estar ao seu lado, já está sendo diferente e você ficar assim não ajuda em nada.

Sorri em seu ombro.              

- Você tem razão.


POV Edward


- Certo, aqui estão todos os exames. – O Dr. Marlon me passou os envelopes.

Girei o de Bella em meus dedos... Depois que eu abrisse ela não poderia fazer nada.

Mas eu realmente não queria que ela brigasse comigo. Procurei o meu exame e o abri.

- Hmm... Que... Maneiro. - Murmurei olhando para o papel. Ele estava todo coloridinho e havia duas tabelas com quadradinhos, alguns estavam pretos e alguns brancos. Em cima de cada uma estava o meu nome e o de Anthony. - Será que o senhor poderia traduzir isso tudo para mim?

- Claro Sr.Cullen.

Eu entreguei o papel a ele.
                                                                                                     
- Bom, como eu disse naquele dia, é difícil o pai ser compatível. Apenas 0,02% dos pais conseguem tal proesa e você faz parte dos 99,98% que não é compatível com o filho.

- Espera, mas eu não sou o pai do garoto. – Ri – Anthony foi adotado por minha sogra.

O médico franziu a testa.

- Desculpa, mas é impossível esse exame estar errado, aqui diz que você e o garoto possuem 14 alelos iguais, isso é 99,99% de chances de ser seu filho, pela lei, você é o pai dele.

Arregalei meus olhos.

- Você... Você tem certeza? Isso... Isso não é possível. Deve ter algo de errado... Eu não... Ele...

- Você não sabia?

- Eu... Bella... Deus!

Levei minha mão à cabeça. Anthony... Meu filho?

Apertei meus olhos com força sentindo a raiva me consumir. Aquilo só podia ser coisa de uma pessoa: Renée.

- O senhor pode se sentar ali, vou buscar um copo de água para você e...

- Não! Eu não quero água. – Passei a mão pelos cabelos. – Eu preciso ir embora.

- Eu não o aconselho dirigir nesse estado.

- Eu preciso ir, obrigada doutor.

Dali eu fui para o estacionamento, entrei no carro e voltei a fechar os olhos. Eu não conseguia pensar direito, meus pensamentos estavam sendo cobertos pela raiva, pelo ódio e frustração. Como alguém podia ser tão frio a ponto de tomar atitudes como essa? Soquei o volante tentando extravasar a raiva que parecia crescer mais dentro de mim.

5 Anos...

Não conseguia acreditar que aquela vadia havia privado a mim e a Bella de conviver com nosso garoto...

Girei a chave e respirei fundo, buscando a calma. Eu não podia voltar para casa, não agora. Dirigi por algum tempo, mas logo encostei o carro e deixei as lágrimas escorregarem por meu rosto. O pequeno garoto que dizia querer ser como eu era meu filho, meu de verdade. Meu e de Bella.

Flash’s dos nossos momentos juntos começaram a passar pela minha cabeça como um filme.

Quando eu o conheci no restaurante...

Quando passei a manhã no apartamento de Bella, com ele, assistindo Barney.

Nós dois no estádio assistindo jogo de Baseball.

As piadas bobas dele..

Sua gargalhada

Era desesperador saber que passei todo esse tempo tão perto do meu filho, mas ao mesmo tempo tão longe.

Como Bella reagiria? Como o garoto reagiria?

Enxuguei as lágrimas com a manga de minha camisa e olhei ao redor. Eu estava enfrente ao Shopping onde Anthony e eu viemos, lembro-me que compramos roupa, cortamos o cabelo dele e até conseguimos um identidade falsa.

Sai do carro.

Com as mãos no bolso eu ainda andava pelo Shopping. Já fazia quase 1 hora desde que sai do hospital e andava sem rumo por ali.

Parei enfrente a uma loja de brinquedos infantis, olhei na vitrine e vi o carro de controle remoto que Anthony tanto falava que queria.

Entrei na loja.

- Em que posso ajudar? – Um atendente sorriu.

- Bom, eu quero levar aquele carro que está na vitrine.

- Qual cor?

- Verde. – Sorri para ele. E as seguintes palavras saíram facilmente da minha boca – Meu filho gosta de verde.

- Só um minuto que vou buscar.

- Sem problemas.

Não demorou muito para que o rapaz voltasse. Paguei pelo brinquedo e sai da loja, dando de cara com uma loja de roupas de bebê.

Tudo bem que Bella pode não estar grávida, mas eu não podia perder a chance de comprar algo para meu outro bebê. Era justo não era? Anthony estava ganhando, então porque o bebê não?

Eu não queria ser um pai que da presente a um e não da para o outro.

Oh Deus! Eu ia ser pai, ou melhor, eu já era pai e seria pai de novo...


POV Renée


- Edward está demorando tanto... – Bella voltou a mexer no celular – E não está atendendo o celular, será que aconteceu algo?

- Fique tranqüila querida, logo Edward estará de volta.

Sai da sala rumo à cozinha. Não gastava de ver Bella perto de Esme, sabendo que minha filha gostava mais dela do que de mim.

Suspirei apoiando a mão na mesa.

Se ela pelo menos me deixasse explicar, se ela pudesse entender que tudo o que fiz para ela foi para seu próprio bem, mesmo que tenha sido errado.

Qual futuro ela teria se eu não tivesse escondido a verdade dela?

Bella cresceu achando que eu não a amava, mas pelo contrario, a amava e muito. Só era difícil para eu expressar aquele sentimento.

Minha vida parecia desmoronar aos poucos. Apertei meus olhos com força sentindo minha cabeça voltar a doer. O circulo havia se fechado, não havia mais como esconder tudo, o rapaz já deve saber toda a verdade nesse momento.

Bella nunca me perdoaria. Nunca me perdoaria por ter escondido tudo dela. Nunca me perdoaria pela morte de Charlie. Ela sabia que ele havia morrido de tristeza, mas não sabia que isso só aconteceu depois que ele descobriu a verdade sobre Anthony.


POV Edward


Respirei fundo antes de rodar a maçaneta e abrir a porta.

Bella estava sentada no sofá ao lado de Rosalie e Emmett, no outro sofá estavam meus pais.

- Quero não, posso não, minha mulher, que eu ainda não tenho, não deixa não... – Um sorriso escapou dos meus lábios quando eu vi meu garoto cantando enquanto descia as escadas, pulando com os pés juntos cada degrau. Ele parou, ergueu a cabeça e olhou para a sacola a minha mão – Foi fazer compras florzinha?

Ri, chamando a atenção dos outros para mim. Mal sabia ele que agora eu poderia colocá-lo de castigo.

- Anthony! – Bella o repreendeu – Amor, você demorou tanto! – Ela fez menção de se levantar, mas eu fiz um sinal para que ela permanecesse lá – O que? Porque seus olhos estão vermelhos?

- Não é nada, por enquanto. – Voltei minha atenção ao garoto – O florzinha aqui não vai te dar o que ele tem aqui.

- Eu disse florzinha? Quis dizer... Quis dizer... É... Tio bonitão!

Ele era tão... Tão Emmett.

- Certo, vem cá. – Anthony veio correndo até mim. Eu me abaixei na sua altura e lhe passei a sacola. – Espero que goste.

- Isso é o que eu estou pensando? – A boca dele se abriu em um “O”.

- Abra.

O garoto tirou a caixa de dentro da sacola e comeu a pular no mesmo lugar.

- YAY! – Comemorou correndo até Bella e erguendo a caixa – Viu o que o meu tio preferido me deu? Ele não é pão duro como você.

Tio...

Ao meu ouvido, aquilo não parecia certo.

- Edward, não acredito que fez isso. – Minha futura mulher rolou os olhos – Ele está se tornando muito mimado.

- Não o suficiente. – Dei de ombros – Ele merece mais.

- É, eu mereço, viu tia? – Ele deixou a caixa no chão e veio até mim de novo – Obrigado.

- Certo, vem cá, me de um abraço.

Ele franziu a testa e deu um passo para trás.

- Isso é gay.

Eu o puxei para meus braços ignorando seus protestos. Não demorou muito para Anthony resmungasse algo baixinho e correspondesse ao abraço.

Toquei os cabelos do garoto, meu filho e de Bella. Suspirei tentando conter meu choro. Esse tempo todo ela pensando que nosso filho havia morrido, e ele sempre esteve ao seu lado. 

Levantei-me.

- Onde está Renée?

- O que quer com ela? – Bella franziu a testa confusa.

- Depois converso com você, agora preciso falar com ela, não da para esperar.

- Estou aqui. – Olhei para trás e a vi próxima a porta do escritório.

- Será que podemos conversar? Agora.

Ela assentiu.

- Eu já volto.

Levantei-me e a segui até o escritório, entrei, fechei a porta e passei a chave.

- Antes que você comece eu preciso explicar que...

- Não! – Rosnei entre dentes – Você não tem nada para dizer, você não vai abrir a boca. Sou eu quem vai falar aqui. – Avancei em sua direção, ela recuou alguns passos e caiu sentada em uma poltrona. – Qual o seu problema? Você só pode ser louca!

- Eu...

- EU DISSE PARA VOCÊ CALAR A BOCA! – Gritei, mas respirei fundo e diminui o tom da minha voz – Não vou gritar, Bella pode escutar, e ela não vai descobrir isso por mim é você quem vai contar. – A raiva que havia se apagado agora reacendia em mim – E o que você quer explicar? Não há explicações para o que você fez! Você... Você disse para sua própria filha que o filho dela havia morrido. Como você consegue dormir sabendo que ela está no quarto ao lado chorando pela morte do nosso filho. – Passei a mão pelos meus cabelos – EU ESPERAVA TUDO DE VOCÊ, MENOS ISSO!

- Edward, o que está acontecendo... – Bella indagou do outro lado da porta e tentou abrir – Edward! Abra essa porta.

Não conseguia pensar direito. Não sabia se ia até a porta e abria, ou se continuava encarando Renée.

- Eu fiz tudo o que fiz para o bem dela.

Andei até ela e aproximei meu rosto do dela.

- Eu tenho nojo de você... – Sussurrei – Você acha mesmo que tudo o que fez foi para o bem dela? Já pensou em Anthony? O garoto cresceu achando que os pais não o queria.

Afastei-me e me sentei no sofá colocando minha cabeça entre minhas mãos. Não consegui segurar as lágrimas.

Bella ainda batia na porta, mas eu não estava me importando.

Ergui a cabeça para olhá-la.

- EDWARD!

Ela estava... Chorando?

Arrependimento?

Não...

Uma mulher como ela, que fez tudo o que fez, não sente arrependimentos, já que não tem sentimentos...

- Me perdoe...

- Não... Não... Não... – Puxei meus próprios cabelos.

-... Eu só queria q-que minha filha tivesse um futuro...

- EDWARD, EU MANDEI ABRIR ESSA PORTA...

- NÃO! – Gritei de novo me levantando – Você vai contar para Bella, agora.

Caminhei até a porta e girei a chave abrindo-a. Todos estavam ali. Bella apoiou as mãos em meu peito e me empurrou.

- Seu idiota, o que estava fazendo?

Não respondi. Enlacei a cintura dela e a arrastei até o meio do escritório, enfrente a poltrona onde Renée estava.

- Conte para ela Renée... Conte para ela sobre o nosso filho.

- Edward você está me machucando.

Até então, eu não havia percebido que apertava a cintura de Bella.

- Ei mano, se acalme. – Emmett me puxou pelo braço, mas eu me desvencilhei.

- Me acalmar? Como vou me acalmar com as coisas que essa louca faz! – Avancei em direção a Renée.

Bella colocou seu corpo na frente e voltou a me empurrar.

- Edward, o que pensa que está fazendo?

- Bella, eu...

- Qual é o seu problema? – Ela jogou as mãos para o auto – Como você pode chamar Renée de louca? O que está havendo com você?! Ela não tem fez nada!

- Amor...

Voltei a olhar na direção onde Renée estava. Era deplorável o estado dela.

- Me... Ajudem...

Era só o que faltava.

Renée colocou a mão sobre o peito enquanto caia da poltrona.

- MÃE!

[...]

Eu estava sentado em uma das cadeiras que havia ali no corredor do hospital. Meus olhos estavam fixos em Bella, que conversava com o médico.

Mas eu tinha certeza que aquilo era mais uma das farsas de Renée.

Passei a mão pelo meu cabelo, nervoso. O caminho todo até o hospital Bella não havia falado comigo, aquilo não era justo.

Bella terminou de conversar com o doutor e voltou para se sentar, a cinco cadeiras depois de mim. Permaneci no meu lugar e ela no dela, não demorou muito para que o médico que estava atendendo Renée voltasse a aparecer.

- Sua mãe já acordou e pediu para te chamar. – Ele sorriu.

- Qual é o numero do quarto?

- 28.

- Obrigada. – Ela agradeceu se levantando, fiz o mesmo. – Você não vai entrar lá Edward.

- Mas Bella, eu...

- É sua culpa ela estar aqui.

- Desculpa interromper, mas sua mãe pediu para vocês dois entrarem.

Ela suspirou contrariada.

Assim que o médico se afastou eu me aproximei dela e enlacei sua cintura.

- Não é justo você ficar brava comigo, juro que não tive a intenção, eu jamais faria algo a ela de propósito, eu só... Eu...

- Você?

Mordi os lábios.

- Eu apenas perdi o controle. – Fechei os olhos beijando sua testa – Se você soubesse...

- Edward você está me deixando confusa! – Ela se afastou. - Quais foram seus motivos para gritar com Renée? Nosso termino há mais de 5 anos atrás? Isso já é passado, eu estou aqui, você está aqui, nada mais precisa ser dito.

- Vem... – Segurei sua mão e comecei a guiá-la. – Você vai saber o porquê.

Mais ninguém havia vindo para o hospital. Minha mãe e Elizabeth haviam ficado para cuidar de Thony. Emmett resolveu sair para comemorar seu penúltimo dia como solteiro, junto com Jasper, meu pai e John. Rosalie e Tânya fizeram o mesmo.

Depois de percorrer alguns corredores do hospital procurando pelo quarto de Renée, achamos. Antes de entrar abracei Bella e colei meus lábios nos dela.

- Eu te amo princesa, quero que mantenha a calma ok?

- Calma porq-

- Bella, apenas prometa.

Eu não queria que ela se sentisse culpada caso surtasse e Renée passasse mais mal ainda.

- Ok. – Ela rolou os olhos – Eu prometo.

Abri a porta e dei espaço para que ela passasse, depois fechei a porta.


POV Renée


- Sua filha está na sala de espera, posso chamá-la?

- Sim. Há um rapaz com ela? – Indaguei, ele assentiu – Mande-o entrar também, por favor.

- Tudo bem.

Fechei meus olhos respirando com dificuldade. Em poucos minutos Bella e Edward entrariam aqui e eu diria tudo, enfim, depois de tantos anos me martirizando pelo que fiz eu poderia dormir tranqüila, sem aquele peso na consciência.

Quando o dia começava acabar eu me sentia agoniada, sabia que a noite estava aproximando e que sonharia novamente, como sempre. Era o mesmo sonho, na verdade não era um sonho, mas sim uma lembrança.


Flash Back ON


- O parto de sua filha vai ter que ser adiantado, não podemos arriscar, ela perdeu muito sangue, é melhor retirarmos a criança agora... Precisamos da sua permissão.

Apertei minhas mãos. Minha filha estava correndo risco de vida.

Aquelas palavras fizeram meu coração se apertar.

Eu nunca fui a melhor mãe do mundo. Minha mãe nunca fui à melhor mãe do mundo, talvez eu tenha me espelhado nela para criar Bella. Não que eu não a amasse, eu a amava sim, muito, mas era difícil demonstrar afeto físico.

- Façam o melhor para minha filha.

- Você vai acompanhar o parto?

- Eu posso?

- Sim, se quiser registrar você também pode. Vocês devem estar ansiosos por esse momento. – Ele sorriu – Afinal, é uma criança nascendo.

- Sim.

[...]

Enquanto os médicos faziam o parto de Bella eu discutia comigo mesma, mentalmente. Fechei os olhos, minha decisão já estava tomada. Era o melhor para Bella.

Meu coração disparou quando ouvi o choro da criança.

Abri meus olhos fitando o garoto, meu neto.

Meus pensamentos se dissiparam. O garoto continuava chorando, e isso me fez lembrar do parto de Bella, ela também berrava quando veio ao mundo.

Eu não podia fazer aquilo... Eu teria que tomar outra decisão, mas essa decisão manteria meu neto próximo á nós, mesmo que Bella não soubesse que ele era seu filho.

Era isso.

Flash Back OFF


Abri meus olhos quando ouvi a porta sendo aberta, interrompendo minhas lembranças.

Bella e Edward entraram no quarto. Ele me lançou um olhar frio, já minha filha parecia estar preocupada.

Era bom saber que ela ainda se importava comigo.

Mesmo eu não merecendo.

- Como está se sentindo?

- Bella... – Suspirei – Não te chamei aqui para conversarmos sobre minha saúde... – Pigarreei, minha voz estava fraca e rouca.

- O que quer dizer com isso?

Fechei os olhos e falei.

- Preciso te contar algo... Sobre o seu filho.


POV Edward



Bella estremeceu.

Segurei sua mão, entrelaçando nossos dedos.

- Não quero tocar nesse assunto... – Ela sussurrou – Essa não é a hora, nem o momento.

- Querida... Eu... Eu tentei te contar aquele dia no quarto, mas você não me deixou falar. – Renée murmurou – Eu quero que você me escute.

- Mas...

- Amor, apenas escute. – Ela mordeu os lábios e assentiu. Fiz sinal para que Renée continuasse. – Conte o resto.

- Sim. – Ela passou as mãos tremulas pelo rosto – Eu sei que você vai me odiar mais do que já odeia, mas... Entenda o meu lado, eu só fiz tudo pensando em você, no seu futuro e...

Eu perdi a paciência, soltei minha mão de Bella e soquei a parede.

- Eu já disse para você não vir com essa desculpa que foi para o bem de Bella... – Puxei meus próprios cabelos – Você mentiu para sua própria filha, você tirou o nosso filho de nós! Você mentiu que ele havia morrido! Você a fez criar Anthony como um sobrinho, mas NÃO, ele NÃO é sobrinho dela, ele é algo maior do que isso! Ele é aquele por qual ela chora todas as noites... Ele é... – Olhei para Bella, me aproximei e segurei seu rosto – Ele é o nosso filho.

Bella abriu os lábios para falar algo, mas nada proferiu. Seus olhos se arregalavam na medida em que ela ia juntando os fatos com o que eu havia acabado de contar. Ela fechou os olhos, balançou a cabeça algumas vezes e avançou sobre a cama, segurando a mão de Renée.

- Por favor... Me diz que isso não é verdade.

- Eu... – Renée desviou os olhos – Me perdoe.

Aquelas palavras foram suficientes para que Bella entendesse.

Minha namorada se afastou de sua mãe como se tivesse tomado um choque.

Eu não sabia qual seria sua reação, então a puxei pelo braço, apertando-a contra meu peito. Bella não pestanejou, muito menos tentou escapar de mim.

Ela apenas deitou a cabeça em meu peito e enlaçou minha cintura.

- Me tira daqui... – Pediu, enquanto um soluço escapava dos seus lábios – Eu não quero mais ficar aqui... Eu não posso. Me leve embora.


POV Bella


Eu não conseguia pensar direito, quando menos notei Edward já estava abrindo a porta do carro para eu entrar.

Tirei minhas sandálias e puxei minhas pernas para cima do banco, apertando-as contra meu peito.

Eu simplesmente não conseguia descrever o que se estava passando em minha cabeça... Em meu coração.

Era um misto de dor, decepção, mas ao mesmo tempo alegria. Sim, alegria. Meu filho não havia morrido, ele... Ele sempre esteve ao meu lado.
                                                      
Edward sentou-se no banco do motorista. Eu deitei minha cabeça em seu ombro enquanto seus braços me enlaçavam.

- Shhh amor... Eu estou aqui. Vai dar tudo certo.

- Me leva para casa. – Pedi, limpando minhas lágrimas – Eu preciso ver Anthony.

[...]

- Bella, vá com calma, Anthony pode se assustar, precisamos conversar com ele, mas com calma.

- Amor... – Eu voltei a abraçá-lo sorrindo entre as lágrimas – Nosso filho...

- Vem.

Ele abriu a porta e me guiou para dentro.

- Ok, agora fica paradinha ai... – Meu coração disparou ao ouvir a voz de Thony e minhas pernas travaram. – Continue com os olhos fechados, não se esquece de também deixar a boca, a rodinha pode estar suja. Compreende lo que digo?

- Si querido. – Esme respondeu.

- Dónde aprendiste español? – Era a voz de Tia Elizabeth.

- Tia Bella me ensinou algumas coisas. Ela é muito esperta e linda.

Edward sorriu entrelaçando nossos dedos e me puxando.

Não pude deixar de ri quando tive uma melhor visão da sala. Esme e Elizabeth estavam deitadas no chão, enquanto Anthony arrumava uma pequena rampa.

- Está quase tudo pronto. – Ele pulou no mesmo lugar enquanto pegava o controle remoto – Vocês estão cientes que essa experiência pode não dar certo. Agora se lembrem, se vocês se machucarem NÃO. FUI. EU.

- Ok.

Ele deu um sorriso torto... Igual a Edward. Agora sim, com a mente liberta da dor eu pude notar a semelhança entre os dois.

Ele ergueu a cabeça, e quando me viu arregalou os olhos, chutou a pequena rampa e escondeu o controle atrás das costas.

- Tia, me ajude, olhe, eu estou falando para elas não deitarem no chão, mas eu juro que não tenho nada haver com isso.

Caminhei até ele e me agachei em sua frente. Anthony sorriu para mim.

Sorri novamente enquanto a ficha caia. Meu filho estava ali.

Eu não disse nada, apenas o puxei para meus braços. O lugar de onde ele nunca devia ter saído, o lugar de onde ele não sairia mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário