Capitulo
15
- Ei, vai com calma.
Anthony abraçou Isabel contra ele, fazendo-a diminuir seus passos.
- Eu sei. – Ela riu, alisando a enorme barriga – Só estou faminta.
- Sim, mas está grande, então vamos com calma.
Chegaram à lanchonete que havia no hospital, encontraram uma mesa e
sentaram-se. Uma garçonete trouxe o menu e pediram rapidamente.
- Seu pai vai me perdoar por comermos sem ele? – Isabel resmungou
baixinho logo depois de pedir salada e grelhado.
- Creio que sim, ele ficaria chateado se chegasse aqui e você não
tivesse comido nada ainda.
- Tem razão. – A menina rolou os olhos, rindo.
Edward era um amor com sua preocupação, mas as vezes aquilo tudo a
enchia e ela o mandava a merda. Riu novamente, ela adorava manda-lo a merda.
Havia perguntado a sua médica na consulta há minutos atrás se ainda era normal
seus hormônios estarem assim.
- Como estão as coisas com Katy? – Indagou ao garoto que se ofereceu
para fazer companhia a ela, já que o pai tinha uma reunião importante, que
seria a chance de reerguer a empresa que vinha tirando o sono dele há semanas,
o que ele não falava, mas Isabel sabia.
- Estamos bem, sabe, nossa relação está amadurecendo aos poucos, mas é
algo que nunca tive antes, o que tenho com ela é especial.
- Sei como se sente. – Piscou, fazendo-o rir.
- E você e o papai?
Ela deu de ombros, sorrindo.
- Cada dia que passa eu o amo mais e mais. Seu pai é incrivel
Finalmente a mídia havia dado um sossego para os dois, haviam adiado as
férias que passariam em algum lugar longe dali por conta dos problemas da
empresa, mas Edward prometeu que seria a primeira coisa que fariam depois que a
bebê nascesse e tivesse alguns meses.
O celular de Isabel vibrou, ela sorriu lendo a mensagem de Edward que
avisa que acabou de chegar.
- Ele chegou. – Sorriu para Anthony. – Está estacionando.
Não demorou muito para que Edward entrasse na lanchonete, com a testa
franzida e o corpo rígido. Isabel sorriu para ele, mas seu sorriso logo
desapareceu ao ver Esme e Alice entrarem logo atrás. Suspirou, agora entendi o porquê
da careta no rosto de Edward.
- Oi. – Ele sorriu para o filho, tocando os cabelos dele e em seguida
sentando-se ao lado de Isabel, puxando-a pelo ombro para depositar um beijo em
seus lábios – Como estão minhas princesas?
- Ótimas. – A loira riu, tendo a mão pega na dele. – E famintas.
- Já pediram?
- Sim pai.
- Ótimo. – Fez sinal para que a garçonete se aproximasse e fez seu
pedido.
- Tem certeza que quer ficar aqui? – Isabel indagou, alisando a mão
dele – Podemos comer em outro lugar.
- Não a problema algum em comermos aqui. – Ele piscou, fazendo Anthony
e Isabel se entreolharem. – O que a doutora falou? Está tudo bem?
- Sim, elas estão ótimas pai. Minha irmã está grande e forte. – O
menino sorriu orgulhoso – Em menos de três semanas estará conosco.
- Eu devia ter cancelado a reunião e te acompanhado. – Edward alisou o
ombro dela, beijando sua bochecha em seguida. – Me desculpa?
- Não tem problema Edward. – A loira rolou os olhos – Você esteve
presente em todas as outras consultas, além do mais era uma reunião importante.
- Falando nisso, como foi lá?
Edward deu um meio sorriso.
- Apresentei nossas propostas, vamos ver se eles vão querer investir na
ideia da empresa. É um projeto grande, que tem chances de dar certo, só nos
resta esperar.
- O que vovó e Tia Alice fazem aqui? – Anthony resmungou ao ver as duas
encarar a mesa deles.
- Devem ter vindo almoçar com Carlisle – Edward deu de ombros – Não
vamos estragar nosso almoço. – Inclinou-se para cima dela, abaixando até sua
barriga para depositar um beijo no volume. – Bom saber que você está bem
pequenina.
Há algumas mesas de distancia Esme soltava um suspiro enquanto
observava a cena que Edward protagonizava.
- Será que não estamos sendo muito duras Ali? – Esme resmungou
baixinho, vendo um enorme sorriso rasgar os lábios de Edward.
- Esme! – Alice a repreendeu – Aquilo é repugnante! Ele é tio dela,
padrinho... e – A baixinha fez cara de nojo – Ele a engravidou! Sabemos muito
bem como isso vai acabar, Isabel vai sofrer mas vai aprender que homens como
Edward não prestam.
Esme abaixou os olhos.
- Ele parece mudado. Eu me considero mãe dele, sinto tanta falta... –
Choramingou – Sei que tudo o que os dois estão fazendo é errado, mas olhe como
estão felizes. – Apontou com o queixo em direção a mesa deles – Além disso,
Anthony não aparece em casa há meses.
- Thony sempre tomou as dores do pai. Você pode mudar sua opinião, mas
eu não aprovo, portanto não tenho que conviver com os dois.
- Carlisle me disse que é uma menina... – Esme suspirou – Eu só desejo
que a criança nasça bem e que Edward realmente arque com as consequências e
assuma seus atos.
Elas ergueram os olhos quando a cadeira foi puxada e Carlisle se sentou
com elas. Ele rapidamente olhou para o filho, o neto e a menina que considerava
sua neta, já que cresceu em sua casa com Anthony quando eram menores. Não
aprovava, nem desaprovava a relação dos dois, mas não queria estar por dentro
de mais um erro de Edward, ele já havia passado muito a mão na cabeça dele até
a morte de Isabella.
- Vovó não para de olhar – Thony comentou – Estou começando a me
incomodar.
- Não dê atenção. – Edward deu de ombros. – Olhe, nosso prato chegou.
- Ótimo, estamos faminta.
[...]
- Ela realmente está ansiosa para vir ficar conosco. – Edward alisou a
barriga de Isabel, que estava deitada na cama usando uma camisa sua que estava
levantada, deixando amostra todo o volume – Olha só como ela se mexe. – Riu
deliciado com a situação. – Sophie, se acalme garota.
- Você é quem a provoca. – Isabel lamuriou – Ela estava quietinha. Foi
só você começar a conversar com ela.
Isabel travou o maxilar quando sentiu sua pequena contorcer-se toda
dentro de si, passando alguma parte de seu corpinho sob sua costela, fazendo-a
gemer baixinho.
- Me desculpe, sei que é desconfortável, mas gosto de falar com ela. –
Ele fez um bico lindo, beijando mais uma vez a barriga de Isabel, sentindo
Sophie se mexer contra os lábios dele, em seguida, ergueu os olhos encarando a
loira, sem descolar os lábios dela, subiu beijos para cima, empurrando o tecido
da blusa até encontrar os seios redondos e fartos. Isabel havia engordado um
pouco devido a gravidez, mas continuava linda e sexy.
- Não é legal me deixar excitada enquanto nossa filha se mexe. – Isabel
ralhou, fechando os olhos e deixando seu corpo se entorpecer pelo prazer de ter
os lábios de Edward em sua pele. E ele sabia muito bem o que fazer.
- Jaja ela volta a dormir. – Piscou ele, sustentando seu corpo sobre o
dela, no entanto a barriga da loira quase alcançava o estomago dele, mesmo
Edward estando de quatro sobre ela. – Sophie é uma menina linda e sabe que
papai e mamãe precisam dar carinho um ao outro – Ergueu as sobrancelhas,
insinuante, enquanto abaixava e colava os lábios nos dela, aproveitando para encaixar-se
entre as coxas brancas e estimula-la sob o pano de sua calcinha.
- A mamãe ama os carinhos do papai. – Isabel confessou, rindo enquanto
o abraçava pelo pescoço – Mas cada dia que passa fica mais difícil – Torceu os
lábios contra o dele, mordendo-o em seguida – Sabe do que eu mais sinto falta?
– Indagou sedutora, sentindo Edward esfregar-se contra ela enquanto gemia e
negava com a cabeça – De poder ficar por cima.
- Isabel. – Ele rolou para o lado, com a mão entre as pernas – Assim
você me quebra – Ralhou, sentindo sua ereção aumentar, a menina riu, colocando
a mão sobre a dele, fazendo-o gemer novamente.
- O que? Você sempre diz para mim te falar o que estou sentindo ou
pensando.
- Sim, mas em relação a as outras coisas que estão acontecendo em nossa
vida.
A menina riu, se livrando a blusa que cobria o corpo branquinho que
tanto fascinava Edward
- Certo, mas enquanto Sophie não nasce, posso me contentar em ficar de
ladinho. – A garota tocou o peito dele, virando o rosto para piscar e morder os
lábios. Edward rapidamente se livrou da bermuda que usava, sabia que parecia um
adolescente, mas era assim que se sentia quando estava com Isabel, ela o fazia
se sentir jovem.
- Sabe que me enlouquece. – Lambeu o ombro dela, trilhando beijos pelo
pescoço macio até alcançar sua boca, grunhiu sentindo o gosto delicioso dela. –
Eu gosto muito de você – Confessou, a menina o olhou surpresa – Sei que pareço
ser meio insensível, mas mesmo que eu não queira confessar, você tinha razão,
conversar com uma psicóloga vem me ajudando bastante e em breve estarei
completo e direi tudo o que tenho de dizer a você, coisas que ainda não
consigo.
Os olhos dela se iluminaram. Sabia que Edward gostava dela, mas às
vezes se sentia insegura, como se de uma hora para outra ele fosse surtar e a
expulsar de sua vida.
- Eu disse que vou esperar. – Deu de ombros, alisando o rosto dele – Eu
amo você...
- Obrigado por isso. – A estreitou em seus braços – Agora, que tal
curtirmos um pouquinho... – A virou, deixando-a de costas para ele enquanto
distribuía beijos por suas costas – Ouvi algo sobre você ficar de ladinho.
A loira jogou a cabeça para trás, rindo alto.
- O que tem em mente titio?
Ele gemeu baixinho, era pervertido, mas adorava quando ela o provocava
daquela maneira. Colou seu corpo ao dela, virando-a na cama e deixando-a de
costas para ele.
Os dias voaram, e cada dia que passava Edward se preocupava mais, pois
logo filha estaria ali, mas como seria dessa vez?
Isabel mordia os lábios enquanto olhava para a tela de seu notebook, na
verdade estava mais interessada na conversa que Edward tinha com um dos
funcionários da área de finanças da empresa, que relatava a ele que a empresa
estava indo de mal a pior.
Eles conversavam baixinho, mas Isabel podia ouvir cada palavra.
Soltou um suspiro e alisou a lateral do corpo, onde sentiu um chute. Há
alguns dias Edward a obrigava ir com ele para a empresa já que ela havia
passado mal em casa sem que Anthony ou Edward estivessem lá.
Entendia que ele só estava preocupado com o que ocorrera e leva-la com
ele para a empresa era a melhor opção que tinham, mas era entediante, até
ajudava ele com o que conseguia, mas não entendia muito e não estava em
condições de se mover já que a qualquer momento Sophie poderia nascer.
Sentiu um arrepio nas costas. Queria sua filha consigo, mas só de
pensar na hora do parto...
Balançou a cabeça. Era necessário, portanto, teria que passar por isso.
- Obrigado Jared, na hora que sair peça para que a secretaria marque
uma reunião com os representantes de cada setor, precisamos de ideias, um
brainstorming vai nos ajudar.
- Sim. Com licença Sr. Cullen. – O homem acenou com a cabeça para
Edward e em seguida para Isabel, saindo da sala.
Edward se levantou, indo até o sofá onde a loira estava sentada, aconchegando-se
ao lado dela.
- Dores? – Indagou beijando sua bochecha. A menina assentiu, respirando
fundo – Notei por suas caretas.
- É só um desconforto, quando for uma contração eu saberei.
- Certo, preciso revisar alguns arquivos, pode me chamar se sentir
qualquer coisa, desde fome a dor, ok?
- Certo.
Edward inclinou-se, beijando a boca dela.
- Deixe comigo. – Piscou.
Ele se levantou sorrindo e voltou para a mesa, voltando a trabalhar. A
loira sorriu, ele estava se empenhando muito naquele projeto que ele tinha
certeza que daria certo.
Isabel torceu os lábios, sentindo novamente um chute abaixo de sua
costela e uma queimação que descia por sua espinha.
- Isabel?
Ela não o ouviu chamar, apenas levou a mão a base da barriga soltando
um gemido alto, rapidamente Edward estava ajoelhado ao lado dela, com as duas
mãos em sua barriga.
- Edward... – A loira resmungou, abrindo as pernas, notando um liquido
escorrendo em suas pernas. – Eu acho que chegou a hora.
[...]
- Vai ficar tudo bem.
Edward tirou a testa da parede ao ouvir a voz do seu pai, virou-se.
Carlisle viu o medo no rosto do filho, havia visto-o daquela maneira apenas 2
vezes durante toda sua vida, quando era pequeno e fora abusado e quando
Isabella morreu. Rapidamente o puxou para seus braços.
Um gemido sofrido saiu de Edward, que enterrou o rosto no ombro do pai,
abraçando-o com força.
- Estou com medo. – Sussurrou – O maior medo que já senti em toda minha
vida.
Hoje será o dia
Que eles vão jogar tudo de volta em você
Por enquanto você já deveria, de algum modo,
Ter percebido o que deve fazer
Não acredito que ninguém
Sinta o mesmo que eu sinto por você agora
Que eles vão jogar tudo de volta em você
Por enquanto você já deveria, de algum modo,
Ter percebido o que deve fazer
Não acredito que ninguém
Sinta o mesmo que eu sinto por você agora
Carlisle o confortou, alisando suas costas.
- Vai dar tudo certo meu filho. – Afastou-se, segurando-o pelo ombro,
Edward permanecia com os olhos para baixo – Ei, olhe para mim.
Os olhos vermelhos de Edward levantaram, fitando o loiro a sua frente.
- Eu não vou suportar perdê-la.
- Edward, Isabel não corre nenhum risco.
- Bella também não corria.
- O que aconteceu com Isabella foi uma fatalidade
Edward levou a mão aos cabelos
Andam dizendo por aí
Que o fogo no seu coração apagou
Tenho certeza que você já ouviu tudo isso antes
Mas você nunca teve dúvida
Não acredito que ninguém
Sinta o mesmo que eu sinto por você agora
Que o fogo no seu coração apagou
Tenho certeza que você já ouviu tudo isso antes
Mas você nunca teve dúvida
Não acredito que ninguém
Sinta o mesmo que eu sinto por você agora
- E se acontecer uma fatalidade com Isabel? – Deixou as lágrimas caírem
por seu rosto – Ela estava com dor pai. Eu gosto dela, muito, de uma maneira
que nunca me permiti gostar de ninguém, nem de Bells.
Carlisle apenas assentiu, dando mais um tapinha no ombro dele. Acabou
soltando um riso, que fez Edward olha-lo travando o maxilar.
- Não se zangue. – O loiro sorriu – É só incrível ver você assim, todo
apaixonado.
Edward rolou os olhos, enxugando os olhos.
- Isabel é especial para mim, mudou minha vida, trouxe alegria e luz a
ela, está me dando uma filha. Eu não sei se isso é paixão, mas posso afirmar
que estou amando-a.
E todas as estradas que temos que percorrer
são tortuosas
E todas as luzes que nos levam até lá nos cegam
Existem muitas coisas que eu gostaria de te dizer
Mas eu não sei como
E todas as luzes que nos levam até lá nos cegam
Existem muitas coisas que eu gostaria de te dizer
Mas eu não sei como
O médico assentiu, sorrindo.
- Edward Cullen? – Os dois viraram a cabeça para uma enfermeira. – Eu
preciso que o senhor me acompanhe, precisamos te arrumar.
- Certo, certo. – Passou a mão suada pelo nervosismo em sua perna,
olhando para o pai – Depois nos vemos?
- Claro meu filho, agora vá ver sua garota.
Edward seguiu a enfermeira e entrou em uma sala as mãos e vestindo um
avental e toca. Pelo vidro que o separava de Isabel, viu a menina sorrindo
enquanto conversava com sua obstetra.
Porque talvez
Você vai ser aquela que me salva
E no final de tudo
Você é minha protetora
Você vai ser aquela que me salva
E no final de tudo
Você é minha protetora
Ele fechou os olhos, tentando se acalmar, em seguida entrou na sala de
parto, recebendo um grande sorriso da loira.
- Pensei que você não viria. – Ela confessou, mordendo os lábios, sabia
do medo dele e do trauma.
- É claro que eu ia vir. – Se aproximou dela, beijando sua testa –
Quero estar contigo quando nossa filha nascer.
- Porra... – Isabel chiou sentindo mais uma contração, rindo em
seguida. – Ela está louca para vir.
Hoje seria o dia
Mas eles nunca vão jogar aquilo de volta em você
Por enquanto você já deveria, de algum modo,
Ter percebido o que você não deve fazer
Não acredito que ninguém
Sinta o mesmo que eu sinto por você agora
Mas eles nunca vão jogar aquilo de volta em você
Por enquanto você já deveria, de algum modo,
Ter percebido o que você não deve fazer
Não acredito que ninguém
Sinta o mesmo que eu sinto por você agora
- Está rindo enquanto sente dor? – Ele indagou indignado.
- Oh, você quer que eu chore? – A menina rolou os olhos – Relaxa
Edward, logo nossa menina estará aqui. – Piscou.
Ele assentiu, sabia que daquela vez tudo seria diferente, o clima na
sala estava diferente, ele e Isabel estavam prontos para aquele momento.
Nada, nada impediria a felicidade deles naquele momento.
Eu disse talvez
Você vai ser aquela que me salva
Você vai ser aquela que me salva
Você vai ser aquela que me salva
Você vai ser aquela que me salva
Você vai ser aquela que me salva
Você vai ser aquela que me salva