- Agora sim é uma boa noite. – Resmungou me soltando e virando-se,
caindo no sono novamente.
Passei a mão por meus cabelos e sai do quarto, entrando no meu. Tomei
um banho rápido e fui para minha cama.
Fiquei olhando para o teto, sem saber o que fazer com aquela situação,
mas sabendo que parar era a única coisa que eu não queria.
Capitulo
7
POV
Edward
Entrei na cozinha sorrindo, me sentindo mais leve.
- Bom dia. – Anunciei, vendo Isabel arregalar os olhos e puxar algo de
cima da mesa.
- Oi. – Sussurrou um tanto nervosa.
- Tudo bem? - Franzi a testa, me
aproximando. Ela assentiu varias vezes, o que apenas indiciava que ela
realmente estava nervosa com algo. – O que houve?
- Ér... – Desviou os olhos de mim, fitando a tigela de cereal a sua frente
– Nada.
- Ok. – Me sentei ao seu lado, alisando seu pescoço – Como dormiu?
Ela me deu um pequeno sorriso.
- Bem.
- Ótimo. – Me inclinei, beijando sua bochecha.
A menina suspirou baixinho, virando o rosto e deixando nossos lábios se
encontrarem. Foi um selinho rápido, mas delicioso. Logo, nos afastamos, afinal,
a qualquer instante Anthony podia romper pela cozinha.
- Temos que tomar cuidado. – A alertei, voltando em minha posição
ereta. Ela riu baixinho, arqueando as sobrancelhas. Pisquei em seguida,
fazendo-a sorrir com os olhos enquanto colocava uma colher com seriais na boca.
– Viu o jornal?
Ela arregalou os olhos, tossindo compulsivamente.
- Jornal? Que jornal?
- Isabella, o que eu leio todas as manhãs.
Ela olhou para baixo, franzindo a testa e em seguida negou com a
cabeça.
- Não vi.
- Tudo bem, compro um no caminho para a faculdade.
- Vai me levar? – Sorriu largamente.
- Se você se arrumar em... – Olhei para o relógio em meu pulso – No
máximo 15 minutos, sim, eu te levarei.
- Ok, já volto.
Observei ela sair da mesa e correr cozinha a fora.
Suspirei. Droga, o que eu tinha na cabeça? Ela ainda era uma menina...
E eu abusando disso tudo.
Com um suspiro voltei a tomar meu café.
- Bom dia pai. – Anthony adentrou na cozinha. – Onde está Isa?
- Foi se arrumar. Vou leva-la hoje.
- Ok, estou sendo colocado de escanteio.
Meu filho riu, piscando para mim. Senti minhas bochechas corarem e me
levantei rapidamente, evitando que ele percebesse.
Me sentei no sofá da sala, esperando por Isabel, que não demorou a
descer.
- Vamos? – Sorri.
- Sim.
Peguei meu blaizer e saímos de casa, descemos para o estacionamento entrando
no carro. No meio do caminho encostei o carro próximo a uma banca.
- O que foi? – Ela indagou, mordendo os lábios.
- Pode pegar um jornal para mim? – Retirei a carteira do bolso, pegando
uma nota e oferecendo a ela.
- Hm... – Olhou para o dinheiro e desviou os olhos – Tio Edward, não é
melhor fazer isso depois? Posso me atrasar.
- Mas é apenas 1 minuto Isabel.
- Sabe... – Pigarreou. – Não devia ler o jornal hoje. – Deu de ombros.
Cerrei os olhos para ela e abri a porta do carro, ouvindo seu gemido de
frustração.
- Edward!
- Eu já volto.
Dei a volta no carro, parando enfrente a banca e travando.
Mas... O que?!
Peguei o jornal que estampava na primeira pagina uma foto minha e de
Isabel, mas não era apenas no jornal, mas como também em várias revistas de
fofoca.
“Isabel
– sobrinha do poderoso empresário Edward C. – Está na cidade morando como tio
após a morte dos pais”
Travei o maxilar lendo a manchete que estava em letras garrafais na
revista de fofoca.
“Isabel
ou Isabella? Será que Edward Cullen conseguirá diferenciar uma coisa da outra?”
A foto da revista foi tirada ontem, quando saímos para comer fora.
- Moço, vai levar a revista ou o jornal? O senhor não pode ficar
folheando.
Peguei várias revistas diferente e o jornal, pagando e voltando para
meu carro. Já sentado, abri o jornal, que apenas relatava o fato de Isabel
estar morando comigo após a morte de Rosalie e Emmett, afinal, era um jornal de
grande credibilidade, não iria sair me difamando sem provas. Ao contrario das
malditas revistas de fofoca.
Em uma, havia uma montagem com uma foto antiga de Isabella, uma minha,
e outra de Isabel.
- Mas que... – Grunhi, começando a folhear a revista que estampou a
maldita foto. Estávamos entre as noticias da semana. – Porra!
“ ... – Pois é, parece que
finalmente o renomeado empresário Edward Cullen finalmente resolveu voltar a
viver, mas parece que muitas pessoas não iram aprovar seu relacionamento.
Isabel Swan (19) filha de Emmett Swan e Rosalie – que vieram falecer depois de
um horrível acidente de carro – está agora morando com o seu tio Edward e
fontes dizem que ontem quando saíram juntos não pareciam apenas “tio e
sobrinha”, com direito a toques carinhosos e tudo mais!
O mais incrível é que a bela jovem
é a cara da falecida esposa do Cullen, Isabella Marie Swan.
Será que esse affair realmente
está acontecendo? Ou será tudo fruto de nossa imaginação?
Edward Cullen estará confundindo
os sentimentos por conta da semelhança de sua sobrinha com sua falecida mulher?
Ou tudo o que nossa fonte relatou foi apenas carinho de tio para sobrinha?
“
Fechei a revista sem terminar de ler o restante da matéria. Peguei as
revistas, jogando-as no banco de trás. Liguei o carro e o coloquei em
movimento.
- Você pensou mesmo que eu não ia descobrir? – Indaguei a Isabel,
quando parei em um sinal.
- Me desculpe.
- Isabel a culpa não é sua.
Ela virou o rosto para a janela. Respirei fundo, tocando sua mão que
estava em sua coxa.
- Está preocupada com o que vão pensar de você? Eu tenho amigos Isabel,
eu posso fazer isso tudo se reverter e...
- Na verdade não. – Deu de ombros – Não me importo com o que os outros
pensam, mas parece que você sim. Eu não queria te colocar nessa situação, eu...
– Voltou a me olhar – Eu penso que se isso der certo entre nós um dia eles
ficaram sabendo de uma forma ou outra.
Não soube o que responder. Soltei a mão dela para passar a marcha e
voltei a segurar o volante com as duas mãos. De vez enquanto eu a olhava e
percebi que meu silencio a havia machucado.
O que eu iria dizer? Eu não podia afirmar que isso daria certo! Não
quando eu a olhava imaginando minha Bella ali. A quem eu queria enganar? Eu
estava me envolvendo com ela por sua coincidência com Isabella.
Parei meu carro enfrente a faculdade, o que fez algumas pessoas nos
olharem. Todos já deviam ter lido aquelas noticias.
- Acho melhor eu ir. – Tentou abrir a porta mas eu a impedi.
- Isabel, olha, me desculpa eu sou um idiota, mas desde o começo deixei
o jogo aberto a você. – Soltei meu sinto, inclinando-me para alisar sua
bochecha, estávamos seguros ali com o insulfilm do meu carro. – Ei, eu disse
que tentaria, mas se você acha que não vale a pena esperar ou tentar, está
livre para fazer o que quiser, ainda é jovem e qualquer homem poderia te dar
mais do que eu posso.
- Você não entende não é? – Tocou minha mão sobre a sua – É de você que
eu gosto...
- Não devia.
- Mas eu gosto e sei que também sente algo por mim e não é o sentimento
pela tia Isabella que fez você aceitar tudo isso.
- Eu não sei o que te falar, sempre fui tão horrível com palavras e
nunca me dei bem com meus sentimentos, nunca consegui decifra-los, a prova
disso é Bella, eu só descobri o que
sentia por ela quando a perdi. – Desci minha mão para a nuca dela, puxando
seu rosto para mais perto do meu,
encostando de leve nossos lábios. Ela se assustou, olhando para os lados - Ninguém esta vendo o que esta acontecendo
aqui. – Isabel assentiu, relaxando e voltando seu rosto para o meu.
Deixei minha língua correr por seu lábios inferior, adentrando em sua
boca em seguida. As pequenas mãos dela agarraram meus cabelos, prendendo-me
contra sua boca.
Nossas línguas se transavam enquanto nossos lábios deslizavam um contra
o outro. Quando o ar nos faltou me afastei dela, alisando seu rosto corado.
- É melhor você ir.
Isabel apenas assentiu, me olhando um tanto desconcentrada.
Destravei a porta, deixando-a sair e fiquei ali até que ela entrasse na
faculdade. Em seguida coloquei meu carro para se mover, dirigindo rumo a
empresa, já no estacionamento do prédio peguei as revistas e comecei a ler uma
por uma. Algumas nem citavam o que poderia existir entre mim e Isabel, apenas
diziam da incrível semelhança de Isabella e ela, o quanto isso devia ser
difícil para mim e relatavam a morta de Emmett e Rose.
Mas como nada é perfeito, duas ou três revistas que viviam sendo
processadas por calunia e difamação apostavam que eu e Isabel estavam se
envolvendo e o pior de tudo é que eles estavam certos.
Sai do carro e peguei o elevador, escolhendo o ultimo andar, onde
ficava minha sala.
No decorrer do caminho houve algumas paradas e todos que entravam
evitavam me olhar. Tudo bem que sempre foi assim, mas agora, eu sabia que havia
algo mais.
Quando por fim alcancei meu andar, passei por alguns funcionários que
estavam em suas meses e entrei em minha sala, sendo seguido por minha
secretária.
- ... E uma reunião às 16:40.
Assenti, depois de ter ouvido-a detalhar todos os meus compromissos do
dia. Suzy mordeu os lábios e ajeitou os óculos no rosto.
- Tem mais alguma coisa que quer me falar?
A senhora assentiu, olhando para trás, voltando até a porta, fechando-a
e voltando até mim.
- Sr. Me desculpa, mas... Bom... Você leu o que as revistas e os sites
dizem?
- Sim. – Suspirei, torcendo os lábios.
- Estamos recebendo muitas ligações, pedindo entrevistas.
- Não aceite nenhuma delas, está bem? – Abri meu notebook, evitando
olha-la. – Não vou deixar com que entrem em minha vida.
- Tudo bem, eu entendo.
Sorri torto, vendo-a sorrir de
volta.
- Suzy, será que pode chamar Jason para mim? E traga os relatórios que
pedi ontem, já estão prontos?
- Sim senhor eu o chamarei e já trago os relatórios.
Assenti, vendo-a sair da minha sala. Suzy já estava ficando velha, mas
apesar disso tudo ainda era mais eficiente do que muitas secretárias que já
tive.
Não demorou muito para Jason, nosso analista de investimento, entrasse
em minha sala. E como eu já previa, depois do que saiu nas revistas, muito de
nossos investidores reduziram as aplicações e alguns até deixaram de investir,
mas nada que realmente afetasse a empresa.
- Recomendo que faça uma reunião com os maiores acionistas, desmentindo
essa noticia absurda.
Engoli em seco. Droga, até ele me julgaria quando soubesse.
- Verei o que vou fazer, mas por hora, obrigado. Qualquer alteração em
nossas ações me avise, está bem?
- Tudo bem.
Depois disso fui para duas reuniões e só quando era quase 13:00 que
consegui almoçar.
POV
Isabel
Suspirei, escondendo meu rosto mais uma vez atrás do livro de anatomia.
Algumas pessoas passavam pela biblioteca, me lançando olhares de reprovação e
até de malicia.
Droga, Edward havia dito que seria difícil, mas eu não pensei que seria
tanto.
O pior é que nem havia saído nada demais nas fotos, imagina se tivesse
mesmo sido comprovado nosso... rolo?!
Neguei com a cabeça, voltando minha atenção para o livro.
Eu havia almoçado em um pequeno restaurante enfrente a faculdade e como
Anthony tinha treino de futebol resolvi espera-lo por aqui, estudando.
Meu celular tocou sobre a mesa e algumas pessoas me olharam, corei,
pegando-o e abrindo a mensagem que havia recebido.
“Oi
Isabel, como está sendo seu dia?! Espero que não estejam te maltratando, sabe,
as pessoas podem ser muito más quando quer. Já almoçou? – Edward C.”
Um suspiro alto saiu de meus lábios.
Oh, ele estava mesmo me mandando
um sms?!
Isabel! Obvio que estava!
Movi meus dedos pela tecla, respondendo rapidamente.
“Oi
tio, o dia não está sendo tão difícil, mas algumas pessoas estão me olhando de
maneira diferente. Sim, já almocei, estou esperando Anthony sair do treino para
que possamos ir embora. Obrigada pela preocupação. Estou com saudades. Beijos,
Isa”
Depois disso não houve mais mensagens dele, o que me deixou um pouco
triste.
Me levantei, fechando o livro e devolvendo-o de volta a prateleira. Sai
da biblioteca, descendo as escadas e dando a volta na faculdade para encontrar
o time todo no gramado, treinando.
Anthony ria animado enquanto comemorava seu Touchdown! Sorri, me sentando
junto com Katy na arquibancada e observando meu primo.
- Oi. – Sorri para ela.
- Ei Isa, como está?
- Bem. E você?
- Ótima. – Ela deu uma rápida olhada para o gramado me fazendo rir.
Voltamos a observar o jogo.
- Hey Isabel! Katy.
Me virei, vendo o loiro que andava me cantando.
- Oi.
- Hey Joey, tudo bem? – Sorri, torcendo os lábios desfarçadamente ao
vê-lo sentar ao meu lado.
- Tudo sim, e você?
- Estou bem. – Garanti.
- Então, deixa eu perguntar, vai ter uma festa na minha casa amanhã,
está a fim de ir? Sabe, espairecer, as coisas devem estar difíceis pra você,
sabe, pelo que andam publicando.
- Na verdade nem me importo. – Dei de ombros sorrindo. – E sim, eu
aceito a sair contigo. – Me virei para Katy – Vamos Katy? Se importa Joey?!
- Claro que não.
- Certo, mas então vou também.
Sorri para Anthony, que piscou para mim e Katy, inclinando-se para
roubar um selinho dela. Sim, eles estavam juntos.
- Claro, claro Cullen.
Aquela seria uma boa oportunidade de tentar desfazer toda aquela
bagunça, se me vissem com ele, talvez, esquecessem a ideia de eu e Edward
termos algo.
Nos despedimos do loiro e Anthony me deixou em casa para levar Katy a
dela.
Deixei minhas coisas na sala e subi para trocar de roupa. Desci logo em
seguida, ligando meu notebook, abrindo minha playlist e começando a fazer um
trabalho que teria de entregar em dois dias.
POV
Edward
Fechei meu notebook e me levantei, pegando meu blazer e jogando sobre o
ombro.
A porta de meu escritório se abriu e arregalei os olhos ao ver mamãe e
Alice passarem pela porta.
- Edward! – Minha irmã ralhou.
- Filho o que você fez?
Gemi internamente, me jogando novamente na cadeira.
- Mãe, olha... Eu...
- Ela é sua sobrinha! – Esme andou de um lado para outro – Filha do seu
melhor amigo, sobrinha da sua mulher!
Abaixei os olhos, passando a mão por meus cabelos.
- Ela é só uma menina Edward.
- Eu não fiz nada! – Voltei a me levantar, passando por as duas. – E
mesmo que eu tenha feito, não devo satisfação da minha vida a vocês! Nunca me
importei com o que pensam sobre mim e não é hoje que isso vai mudar!
- Edward Cullen, volte já aqui... – As duas me seguiram até o elevador,
entrando comigo – Me diga que não houve nada entre vocês.
Eu não respondi, o que as fizeram tirar suas próximas conclusões.
- Eu disse, não disse. – Minha irmã travou o maxilar. – Seu
irresponsável! Ela é parecida com Bella, mas não é ela! Você está usando a
garota, mexendo com os sentimentos dela!
- Não se meta na minha vida Alice! Cuide das suas filhas e do seu
marido!
- Eu... – Minha mãe voltou a falar, negando com a cabeça enquanto me
olhava decepcionada, aquilo doeu, há anos não me olhava assim, para ser mais
exato, há quase 19 anos. – Não esperava por isso de você, não depois de tudo o
que fez.
- Mãe...
Antes que eu terminasse as portas se abriram e ela saiu, puxando Alice.
Soquei a parede de aço, sentindo minha mão doer. Sai do elevador,
entrando em meu carro e dirigindo para casa.
Assim que cheguei deixei o carro em minha vaga e subi de elevador para
a cobertura, chegando em meu apartamento. Isabel estava deitada no sofá, rindo
de algo na tevê.
Minha mãe tinha razão, mas como a garota mesmo havia dito, desde quando
eu me importava com o que as pessoas iam pensar?
Me aproximei, chamando a atenção dela.
- Oi. – Sentou-se, puxando sua camisola para esconder suas coxas. Sorri
com aquilo. Uma hora ela era tímida, outra hora estava se jogando encima de
mim.
- Oi. – Tirei a franja de seus olhos – Anthony está em casa?
- Não, disse que voltaria mais
tarde e...
Não deixei ela terminar, cobrindo a boca dela com a minha. Isabel se
afastou surpresa.
- O que houve?
- Olha garota, vai ser difícil, muitas pessoas vão se afastar de nós,
mas não quero que isso termine. – Sorri para ela, dando de ombros – Eu só
preciso que me ajude para tudo dar certo, está bem?
Ela retribuiu o sorriso, assentindo.
Sua mão veio para minha nuca, puxando-me de volta para ela. Sorri
contra seus lábios, mordendo-os.
- Como aquelas matérias repercutiram na empresa? – Indagou ela, entre
os beijos que eu depositava em sua boca.
- Não muito bem, nossas ações caíram um pouco, mas nada realmente
preocupante. E na faculdade?
- Como eu disse na mensagem. – Deu de ombros – Ninguém me disse nada
diretamente, mas teve um burburinho, sabe? – Torceu os lábios e eu sorri,
lambendo-os, fazendo-a me olhar com cara de nojo e rir também. – Olha, não
quero que as coisas com a empresa se compliquem, então um cara da faculdade me
convidou para uma festa... – Ela parou de falar quando viu o sorriso dos meus
lábios desaparecer – Não é nada demais, Anthony e Katy também vão.
- Não é uma boa ideia. – Sai de cima dela, sentando-me e me livrando de
meu blazer. – Festas de faculdade sempre tem muita bebida e droga, e isso leva
os jovens a fazerem outras coisas.
- Edward, não é como se eu fosse me drogar ou ficar bêbada, não sou
disso. E Thony vai estar lá, por favor, nem vou ficar muito.
Olhei para ela, assentindo. Quem era eu para proibi-la de algo? Não
tínhamos um relacionamento convencional, então, tecnicamente ela poderia fazer
o que bem entendesse. Quem sabe assim ela não encontra um cara legal e percebe
que não sou o homem certo para ela?
- Certo. – Concordei, me levantando. – Vou tomar um banho, porque não
pede algo para comermos?
- Não. – Negou, franzindo a testa e torcendo os lábios – Vou preparar
algo para nós.
- Ok. – Sorri, me inclinando para beija-la.
Subi, tomei um banho rápido no meu quarto, coloquei uma calça de
moletom e camisa branca. Desci, não vendo-a na sala segui para a cozinha.
Isabel estava virando a panela com macarrão cozido dentro de um escorredor.
- Precisa de ajuda? – Ofereci.
- Mexe o molho para mim?
- Sim.
[...]
- Tome conta da sua prima, está bem? – Ordenei a Anthony, enquanto
colocava uma camisa e pegava minhas chaves. – Vou leva-la e só saiu de lá na
hora que você chegar com Katy.
- Tudo bem pai, mas Isa não é uma garotinha, ela é uma baita mulher e
tem que se relacionar sabe?
- Anthony, eu sou responsável por ela, se acontecer algo...
- Está bem, está bem, eu já entendi. – Sorriu torto – Vou ficar de olho
nela.
- Certo. – Passei os dedos por meu cabelo, enquanto esperava Isabel
descer. – E Katy?
- Está bem, obrigado.
Rolei os olhos.
- Você entendeu. Quando vai falar com Jacob?
Ele arregalou os olhos, me fazendo rir.
- Pensei que... que talvez me ajudasse com isso.
- Acha que eu quero estar presente quando Jacob descobrir? Nem morto. –
Brinquei, socando o ombro dele – Haja como homem e converse com ele, ok?
- Certo, deixe comigo. – Alisou
o braço que soquei. – Vou indo.
Ele saiu porta a fora e eu olhei para a escada, encontrando Isabel
parada no topo dela. Como me prometeu não estava usando nenhuma roupa
extravagante, mas aquele jeans colado em seu corpo...
- Então? – Indagou, aproximando-se.
- Está linda. – Suspirei involuntariamente – Vem, vou te levar.
Descemos para o estacionamento e entramos no meu carro. Rapidamente
chegamos ao bairro que ela havia me passado, não era muito longe de nosso prédio.
Deixei o carro parado na rua e subi os vidros.
- Vamos esperar Anthony, ele já deve estar chegando.
- Ta.
Puxei o freio de mão, ligando o som em seguida e tirando meu sinto.
Sorri para Isabel, que sorriu de volta, inclinando-se para me beijar.
Eu estava me sentindo um adolescente, sempre dando amasso com sua
namoradinha dentro do carro. Ri com o pensamento, fazendo-a se afastar.
- O que? – Indagou.
Dei de ombros.
- Não é nada. É melhor a gente esperar fora do carro, não quero que
comecemos algo aqui dentro.
Ela assentiu, corando.
Desliguei o som e sai do carro, dando a volta e abrindo a porta para
ela. Nós dois ficamos encostados na lataria do meu carro, em silencio,
observando a agitação dentro da casa. Torci os lábios.
- Você está linda. – Sussurrei, vendo-a corar. – Não deixe os meninos
folgarem em você – Virei o rosto. – Tente não ficar sozinha com alguém, se for
fazer algo... – Engoli em seco – Tenha juízo.
- Edward! – Ralhou, se desencostando do carro e ficando em minha
frente. – Não diga bobagens! – Rolou os olhos – Não vou ficar com outra pessoa,
entende? Estamos tendo... algo. Não sou assim.
- Me desculpe, eu só...
Parei de falar quando vi um cara se aproximar. Cerrei os olhos tentando
ver seu rosto. Quando o reconheci, travei meu maxilar, passando o braço ao
redor da cintura de Isabel e a puxando contra meu peito.
- O que...
- Ora, ora, se não é meu velho amigo, Edward Cullen.
Fechei minha mão em punho.
- Isabel, entra no carro. – Ordenei, mas a menina se desvencilhou de
mim,virando-se para encarar James.
Droga.
- Olha, é mesmo verdade o que andam dizendo... – Sorriu maliciosamente –
Sabe, sobre sua semelhança com nossa Isabella, não é Edward.
- Cala a boca! – Vociferei.
- Quem é você? – Isabel perguntou, confusa.
- O dona da casa. – James apontou para a festa – Pai de Joey – Sorriu sacana,
maneando a cabeça, olhando Isabel de cima abaixo – Agora entendo porque meu
filho ficou tão interessado em você querida. Edward... – Voltou a me olhar –
Que tal relembrar os velhos tempos?
Dei um passo a frente, me colocando na frente de Isabel.
- Se afaste James!
- Ora Edward, você não se
importou em dividir Isabella, porque não me deixa divertir um pouco com essa
bonequinha?
- Do que ele... ele está falando Tio?
- Isabel, eu mandei você entrar no carro!
- Não! Do que ele está falando? O que... O que você fez com... com
minha tia?
- Edward, não cotou a ela? – Riu – Querida, seu tio não é o cara
bonzinho que aparenta. – Lambeu os lábios, arqueando as sobrancelhas. – Ed, foi
muito excitante os gritos de Isabella pedindo para mim parar e os gritos dela
te pedindo socorro então? E você apenas observando eu fode-la contra a vontade
dela... Pena que ela morreu... Um desperdício não ter mais aquela boceta
apertadinha para fuder.
Não consegui me controlar. Levei meu punho para trás, jogando-o em
seguida contra o rosto de James, que caiu no chão.
- DESGRAÇADO! – O chutei, abaixando-me e o puxando pela gola da camisa,
voltando a soca-lo. Apenas voltei a mim quando ouvi o choro alto de Isabel.
Soltei James e fui até ela.
- NÃO! – Ergueu a mão, entrando no carro em seguida. Voltei a olhar
para James que se contorcia no chão. Dei a volta, entrando no carro.
- Isabel... – Toquei sua perna.
- Não me toca... não me toca.
- Não faça assim...
- Me leva embora, agora!
Continuei a olha-la por mais alguns segundos. Liguei meu carro, pondo-o
em movimento.
O que ela estava pensando?
Merda, sua expressão de nojo era perceptível.
É obvio que ela havia entendido o que havia acontecido com Bella...
Maldito James, maldito momento em que eu permiti que ele fizesse aquilo com
Bells.
Isabel e eu mal havíamos começado, e tudo indicava que já estava
terminando.
4 comentários:
Cap tenso hein??
como sempre vc gosta de matar suas Leitoras do coração! kkkkkk
agora to doida pra saber como vai se desenrolar...
kkk
aproposito.. FELIZ ANO NOVO!! TUDO DE BOM!!!
OMGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGG , jasmes vc nao morreu ainda ??? como assim produção ????? PQP meu deus amei jesus
finalmente continuação desta fic k tanto amo, parabéns caah, ficou excelente, a história está cada vez melhor. :D
bjs Cris
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