Voltei para o quarto, deitando-me ao lado de Edward.
Sorri mais uma vez, vendo que agora tudo estava voltando ao normal.
Anthony não sofreria, Meg não sofreria, e se eles estirem bem, eu também estarei.
Capitulo 16
POV Edward
Despertei devagar, rolando pela cama, em busca do corpo quente que me aqueceu a noite toda, mas a sentindo vazia. Abri os olhos lentamente, me acostumando com a luz do sol que entrava no quarto. Sentei-me passando a mão pelos olhos e cabelos.
No mesmo instante a porta se abriu e Isabella passou por ela trajando o mesmo hobby de seda que usava na madrugada quando cheguei ali.
- Bom dia. – Sorriu, prendendo os longos cabelos, vindo se sentar ao meu lado.
- Bom dia. – Bocejei, esticando meu corpo.
- Dormiu bem? – Trouxe sua mão a minha nuca, acariciando meus cabelos.
- Sim. – Retribui seu sorriso, inclinando-me e beijando sua bochecha. – Meg e Thony acordaram?
- Não. – Negou, aproximando-se mais de mim, para colar sua boca na minha em um selinho demorado – Hoje é sábado, eles foram dormir tarde ontem depois de muita bagunça. – Riu baixinho, voltando a grudar nossos lábios – Deixo eles dormirem até um pouco mais tarde nos finais de semana, mas daqui a pouco nosso menino acorda para mamar.
- Hm. – Ronronei, suspirando com o carinho que ela fazia em meu braço, fazendo meus pelos se arrepiarem.
Enlacei sua cintura, puxando-a para cima de mim enquanto me deitava na cama. Bella me beijou de verdade dessa vez, deixando sua língua se encontrar com a minha em uma caricia lenta e deliciosa.
- Adoro quando acorda assim. – Sussurrou – Amoroso.
- Desculpe, mas não me lembro se eu acordava assim. – Ri e ela também.
Girei deixando-a sob meu corpo. Ergui uma de suas coxas, colocando-a em minha cintura.
- Para o cara que corava ontem, você está assanhadinho hoje Sr. Cullen.
- Eu quero tentar de novo. – Afirmei, erguendo sua camisola – Prometo que dessa vez vou te dar prazer.
Bella franziu a testa e ia falar algo, mas a beijei, calando-a. Logo fui empurrado por ela.
- Não vamos fazer amor. – Afirmou, me fazendo se afastar.
- O quê? Porque?
Ela se sentou, ajeitando o Hobby e a camisola que eu havia levantado.
- Não quero que faça isso, está bem? Não assim, como se me fazer chegar ao orgasmo fosse mais uma obrigação do que vontade própria.
- Tudo bem, vou ao banheiro.
Levantei-me da cama antes que ela dissesse algo e entrei no banheiro. Lavei meu rosto na pia e em seguida escovei os dentes com a escova que usei anteriormente.
Droga, como pude ser tão idiota! É claro que ela não queria repetir o desastre da noite passada... Droga, mil vezes droga!
- Edward, vou terminar nosso café.
- Ok.
Fiquei mais um tempo ali, me olhando no espelho.
Sai do banheiro e não a encontrei no quarto, assim que coloquei o pé no corredor ouvi o balbuciar baixinho de Anthony. Entrei em seu quarto, vendo-o com quase todo o corpo pendurado na grade do berço.
- Anthony! – O repreendi. Meu garoto se assustou, o que o fez escorregar, cair sentado novamente dentro do berço e abrir o berreiro. – Ei... – O peguei, colocando-o contra meu peito e alisando seus cabelos – Me desculpa, papai não quis te assustar, shhh... – Aos poucos ele se acalmou, já que logo estava rindo baixinho enquanto passava as mãozinhas na minha barba mal feita. – Você não tem idade para ficar se pendurando por ai, entendeu? Se papai não estivesse chegado Thony poderia ter feito dodói. – Ele franziu a testa, fazendo cara de dor e deixando a boquinha em formato de “o”. – Não me olhe assim, da vontade de chorar.
Ele voltou a rir, batendo a palma da mão no meu rosto. Ele apontou para dentro do berço em direção a um carrinho prata, soltando um gritinho.
- Deixa de ser chorão. – Resmunguei, pegando o carrinho e dando para ele.
- Bibi!
- Oh, aprendeu outra palavra. – Murmurei surpreso, vendo-o sorrir e balançar o carrinho.
Saimos de seu quarto e no corredor fui atropelado.
- Ai. – Margareth se afastou, coçando os olhos. Quando notou que era eu, travou o pequeno maxilar, levantou o queixo, passando por mim e esbarrando seu ombro nas minhas pernas – Presta tenção.
- Ei mocinha.
Ela continuou andando em direção as escadas, usando pantufas rosa e um pijama baby-doll rosa de uma princesa. Anthony soltou uma gargalhada baixinho, e seguidos Meg. Ela chegou primeiro na cozinha, quando entrei a vi parada, batendo um dos pés no chão com as mãos na cintura. Bella a olhava com uma sobrancelha arqueada e com uma expressão engraçada.
- Está muito novinha para ter TPM mocinha. – A morena mordeu os lábios, prendendo o riso. – Sente-se e tome seu café da manhã.
- É sério mãe, o que o esquecidão faz aqui?
- Esquecidão? – Torci os lábios. Dessa até Anthony riu, apesar não entender. – Está se referindo a mim?
A pequena me ignorou completamente, como se eu não estivesse falando com ela.
- Hein mãe?
Isabella me olhou divertida, apagou o fogo e foi até Meg, pegando-a pela mão e sentando-a em uma cadeira, ajoelhando na frente da pequena em seguida.
- Bom, lembra quando eu prometi que traria seu pai de volta para nós?
Sentei-me na cadeira, atento ao que elas conversavam enquanto Anthony posicionava o carrinho sobre a mesa e o arrastava, tentando fazer o som pela boca, mas mais babava do que imitava o ronco de um carro.
- Lembro. – Margareth me olhou com os olhos cerrados.
- Então, não consegui cumprir, mas... – Bella mordeu os lábios, virando-se para meu olhar e sorriu. – Seu pai dormiu aqui, lembra do que te falei? Que nos não iríamos mais poder ficar juntos porque ele havia se apaixonado por outra mulher? – Meg assentiu balançou a cabeça e fungando. – Pois é, Edward descobriu que isso não é verdade.
- Não? – Os olhos da garota se arregalaram.
- Não meu amor, ele nem conhece Tânya, por isso voltou para nós.
- Hmmm...
- Só vai dizer “Hmmm?”
- Não quero falar com ele ainda. – Deu de ombros, abaixando a cabeça. – Ele só veio pra ca porque descobriu isso, se não tivesse descobrido taria lá com a loira burra ainda, ele só veio porque... Não sei, mas se gostasse da gente teria vindo antes.
Isabella ficou quieta, apenas olhando para Margareth que desviou seu olhar do meu, abraçando-a.
- Você tem razão. – A voz tremula de Bella me assustou. Não, elas não podiam pensar daquela maneira! – Mas amamos ele, não é?
- Aham.
- Então devemos lutar por ele, fazer ele voltar a ser nosso.
- Mas e se ele for embora de novo?
Margareth enterrou o rosto no pescoço de Bella.
- Bom, ai não poderemos fazer nada, mas pelo menos não vamos nos martirizar depois, pensando em como poderia ter sido diferente se tivéssemos tentado.
- O que é martirizar? – A pequena indagou chorosa.
- É se arrepender querida.
- Ta bom. – Margareth pulou da cadeira, vindo até mim e me abraçando. – Se você for embora com outra moça, dessa vez não vou cuspir só no copo dela, vou cuspir no seu também.
Franzi a testa confuso, mas retribui ao abraço.
- Ei, não vou fazer isso está bem? Sei que é estranho e sim, eu poderia ter voltado para cá, mas me deixei levar facilmente pela conversa de Tânya, confiei nela... Eu me sinto tão confuso. Não me lembro de nada. Voltei para cá porque já errei uma vez, e sei que as únicas pessoas em que devo confiar é em você, na sua mãe e nos meus pais.
Passei Anthony para uma perna e a puxei para meu colo, abraçando-a.
- Ta bom. – Enxugou as lágrimas. – Amo você.
- Eu também pequena.
[...]
Suspirei desviando meus olhos da tela do notebook que havia trazido na mochila ontem. Fitei Isabella, Anthony e Margareth. Os três estavam no tapete da sala, rolando pelo chão em meio a gargalhadas e cócegas. Há minutos atrás eu estava ali, até que comecei a ter dores na cabeça.
- Não devia ficar na frente desse computador se está com dor Edward.
Torci os lábios para Isabella.
- Estou melhor, já te falei.
- Mas não é bom arriscar.
- Estou muito entretido por aqui.
Voltei a olhar para a tela do meu notebook, fechando o álbum de fotos e abrindo os arquivos de texto para começar a ler o que eu havia escrito, era a primeira pasta, o primeiro texto.
“Há quanto tempo não faço essas boiolices?! Acho que desde que sai do colegial... Colegial... É doloroso e delicioso se lembrar dele. Foi lá que eu a conheci, mas também a perdi. Isso tudo realmente não importa, porque agora... Bom, agora Bella voltou para mim, claro, ou alguém pensaria ao contrario tenso Robert como rival? Aquele idiota... Só queria o dinheiro de Bella, assim como Kristen.
Só que nem esses dois desgraçados tiram minha felicidade. Pois é, o motivo pelo qual voltei a escrever é que... EU VOU SER PAI!
Irado, não?! Imagina só, muito show eu e meu garoto correndo pelo quintal da nossa futura casa, jogando futebol. Ou uma menininha... Tão linda e delicada como a mãe. Pode vir dois também, seria foda!
Bella está correndo para o banheiro, enquanto Meg e eu estamos rindo. Ela passava o dia todo vomitando, coitada, mas fazer o que? Nosso bebê era chatinho, quero só ver quando nascer, se ele ou ela vai ficar chorando pelos cantos, atrapalhando a noite de amor do papai e da mamãe.
Falando em amor, Bella anda tão safada! Cara, eu amo gravidez! Sério, sempre que Margareth dorme ela me arrasta para o outro apartamento e lá ficamos até ela se sentir saciada.
Tenho medo de não dar conta do recado... Bella voltou diferente, quero dizer, não posso falar muito sobre como ela era antes, eu tirei sua virgindade, mas só fizemos amor uma vez e agora... Bom, agora ela é muito fogosa. Claro que confio no meu taco, mas tenho medo dela me deixar por isso. Ok, sei que Bella não é assim, mas como os hormônios dela andam a flor da pele... Melhor me cuidar, por isso vou finalizando, preciso comer frutas, vi no Google que contribui para envelhecer e continuar tendo ereções.
Volto logo, com mais coisas para escrever.
Futuro papai, Edward Cullen.
Será?
Ergui os olhos, encontrando Isabella ainda sentada no tapete, mas me olhando enquanto mordia os lábios.
- Lembrou de alguma coisa? – Indagou, levantando-se.
Apressei-me em fechar o Word, colocando nas fotos novamente.
- Não muito. – Suspirei, sentindo sua cabeça pousar em meu ombro enquanto seus dedos passavam pelo teclado, passando as fotos.
- Eu fiquei tão gorda e inchada. – Comentou torcendo o nariz enquanto se via em uma foto grávida. – E vou ficar de novo.
- Deixa de bobeira, você estava, esta e continuara linda.
Ela sorriu, inclinando-se para beijar meus lábios.
- Meg, fique de olho em Anthony, vou ver se o macarrão já está pronto.
- Ta mamãe.
Desliguei meu computador, ouvindo o interfone tocar.
- Eu atendo. – Gritei para Bella, levantando-me.
Ela havia me dito que Marie e Amanda não viriam hoje, então, como estava ocupada na cozinha, não custava nada eu atender.
Abri a porta da sala e engoli seco avistando Emmett do outro lado do portão de ferro. Ele usava um terno preto, totalmente diferente do cara que vi na casa dos meus pais.
- Emmett. – O cumprimentei, abrindo o portão. – E ai, como está?
Estiquei a mão, e ele aceitou, cerrando os olhos.
- Bem, e você?
- Indo. – Dei de ombros, dando espaço para ele entrar – Quer calar com Bella?
- Ela me ligou ontem, pedindo para eu vir ver alguns documentos. – Suspirou, torcendo o pescoço, o que me fez tremer. Ele era... Tipo, muito grande.
- Hm, ok, ela está terminando o almoço, pode entrar.
Assim que entramos na sala Meg veio correndo, pulando em Emmett que a ergueu no ar.
- Pequena!
- Tio Emm! – Riu, beijando a bochecha dele – Sabia que o papai voltou pra casa? – Ela disparou a falar, fazendo Emmett me olhar curioso. – Ele largou da loira burra que eu cuspia no copo, ela mentiu pra ele, ele dormiu aqui em casa com a mamãe, eu disse que se ele deixar a gente de novo vou cuspir no copo dele também. – Meg parou e deu uma longa respirada, tomando fôlego – Eu falei que não devíamos perdoar o esquecidão, mas a mamãe disse que quem ama perdoa e que se não tentarmos vamos nos martilizar depois, sabe o que significa martilizar? É ficar arrependido. Tio, Anthony aprendeu a andar. Ah, ia me esquecendo... Derrubei um menino na escola ontem, mas é segredo ta? Mamãe não sabe. Chutei a canela dele depois, ele me chamou de Margarina! Idiota né?
- Nossa... – Bella apareceu na sala, rindo. – Que menina faladeira, até eu me assustei.
Encolhi meus ombros, vendo que Emmett ainda me encarava.
- Bella, podemos conversar? – Tirou os olhos de mim e a olhou. Ela mordeu os lábios assentindo. – E você menina levada, nada de repetir aquilo hein – Piscou para Margareth, beijando sua bochecha – Da próxima vez chama o Tio Emm que daremos um jeito.
- Ok tio.
Emmett a colocou no chão. Margareth foi até Anthony que nos olhava sorrindo, sentadinho no tapete.
- Depois titio quer ver você andando pequeno. – Acenou para Anthony que acenou de volta.
Bella e Emmett subiram as escadas. Voltei até o sofá, sentando-me ali. Meu garoto apressou-se em engatinhar até mim, segurando-se em minhas pernas e ficando de pé.
- Que menino mais esperto. – Baguncei seus cabelos, fazendo-o rir baixinho. – Viu a cara do seu tio? Ele só está esperando a oportunidade para me dar uma coça. – Peguei meu pequeno, sentando-o em minhas pernas. – Vamos lá, se é tão espertinho diga PA.PA.I.
Ele abriu a boquinha, tentando me imitar.
- A mamãe vai matar você se ele dizer primeiro papai. – Meg se sentou ao nosso lado.
- Vai nada. – Ri, voltando a olhar para Anthony – Vamos lá filho, fale “PA”.
- A! – Ele soltou.
- Não é A Thony, é Pa.
- A! A! A!
Rolei os olhos, fazendo-o rir. Meu garoto inclinou-se para a frente, apoiando os pés nas minhas coxas e ficando de pé. Eu sorri, ajudando-o. Anthony abraçou minha cabeça, esmagando meu rosto contra seu pescoço, enquanto tentava morder minha testa.
- O que está acontecendo com você hoje hein? Está todo serelepe.
- Acho que ele ta feliz porque você voltou pra casa. – Pude ver Meg sorrindo. – Ew, ele está babando.
Anthony ria, e senti sua língua passando por minha testa.
- Ew bebê, papai está sujo. – Ele chupou os dedinhos, fazendo bico. – Não faz essa carinha. Papai deixa você continuar se falar “papai”
Meu garoto ficou me olhando por alguns segundos.
- Paaaaaaaaa!
- Olha, ele conseguiu! – Margareth exclamou, ajoelhando-se no sofá.
Continuei olhando para Anthony, sem acreditar. Ele soltou uma gargalhada gostosa. Ouvi passos, logo Bella e Emmett desceram as escadas abraçados, sorrindo.
- Paaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
- O que foi isso filho? – Bella indagou confusa.
- Esse é meu filho. – Me levantei, balançando-o para um lado para o outro – Chame de novo o papai.
- A!
- Não amor, o papai.
Anthony escondeu o rosto no meu ombro, resmungando.
- Ele falou mesmo papai? – Isabella parecia estar triste.
- Não foi exatamente um papai, foi só o “pa”, mas o que vale é a intenção!
- Não vejo à hora do meu filho nascer. – Emmett bagunçou os cabelos da irmã – Ah Bella, ficou triste só por causa disso?
- Filho ingrato...
Anthony abriu os braços para ela e eu o passei para seu colo.
Bella saiu da sala implorando para que ele falasse mamãe, com Meg em seu encalço, mas o garoto começou a se irritar, choramingando.
- Então. – Emmett se sentou em um sofá. – Voltou mesmo?
Cocei minha nuca, sentando-me também.
- Sim. – Passei a mão por meus cabelos – Olha, eu sei que é difícil entender, mas nem eu entendo. É horrível ter um branco na cabeça cara... – Ele assentiu, entrelaçando os dedos. – Meg tem razão quando diz que eu poderia ter voltado antes, mas só vim agora porque ontem descobri que Tânya e eu nunca tivemos nada.
- Sei disso. – Abriu uma pasta, retirando alguns papeis dali – O nome dela nem é Tânya.
- Não? – Arregalei os olhos, vendo-o negar com a cabeça e me passar um papel.
- O nome dela é Jennifer, mas não sei ao certo o porquê de ter fingido o nome, ela não tem nenhuma pendência com a policia, justiça ou algo do tipo. A mulher tem a ficha limpa.
- Uau. – Me encostei no sofá, fechando os olhos e massageando minha têmpora – É informação demais... Ontem descobri que nesses quase dois meses estive morando com uma mulher que nunca conversei na vida, sem me lembrar de nada nem de ninguém, e agora... Agora isso.
- Sei que deve ser uma barra pra você. – Sussurrou, esticando-se um pouco para se aproximar mais – Conversei com Bella, e deixei claro, se você fazer ela e as crianças sofrerem, cara, eu esqueço todos nossos anos de amizade e te quebro todo.
Encolhi-me um pouco.
- Ok. – Engoli em seco – Sei que vai demorar para conquistar a confiança de vocês novamente, mas vou me esforçar. – Mordi os lábios, olhando para o chão – Sua irmã é uma mulher incrível, não merece tudo o que fiz... Só que eu preciso concertar meus erros. Isabella é apaixonante e se o que tínhamos antes era de verdade, uma hora eu irei me lembrar, caso eu realmente seja um idiota a ponto de traí-la, prometo que ela será a primeira a saber, não quero mais esconder nada de ninguém... Foi o que eu disse para Tânya quando ela me falou que tínhamos um caso, eu só queria recomeçar, não mentir para ninguém...
- Como pode acreditar em uma mulher que nem se lembrava cara? – Balançou a cabeça. – Isso foi o que realmente me magoou. Você confiou em uma doida qualquer ao invés de procurar por sua mulher!
- Eu não procurei por Isabella porque eu não sabia que era casado. – Expliquei – Quando acordei já estava no hospital com Tânya ao meu lado, por isso confiei nela.
Emmett franziu a testa.
- Se não conhece ela, como ela foi parar lá?
Dei de ombros.
- Não sei, li no meu diário e me lembrei que uma vez ela apareceu no hospital e me pediu uma informação, e foi só.
- Hm... Diario? – Arqueou uma sobrancelha, abrindo um sorriso maldoso.
“Se Emmett um dia descobrir que eu tenho um diário, vai me atormentar pelo resto da vida...”
- Sim. – Bufei.
- E que cor ele é? Rosinha com corações na capa?! Ah, tem aquele cadeado e a chave também, não é?
- Emmett... – Isabella apareceu, repreendendo-o.
- O que? – Se fez de inocente – Se eu vou ter que agüentar esse mané que te magoou, qual o mal em zombar um pouco?
Em seguida encerraram o assunto. Anthony foi para o chão, mostrando a Emmett que já conseguia dar alguns passinhos sem estarmos segurando-o.
- Desculpa gente, preciso ir. – Emm retirou Anthony do pescoço, colocando-o no chão – Prometi almoçar com Rose.
- Tudo bem, obrigada Emm.
- Que isso maninha, se precisar é só ligar.
- Ed, vá com Emmett até o portão, por favor.
Assenti. Saimos da casa e me surpreendi quando fui puxado pela gola da camisa e prensado na parede.
- Ai...
- Isso é uma cócegas perto do que irei te fazer se magoar minha irmã. – Cerrou os olhos – Fica a dica.
- Está me machucando.
Ele me soltou, abrindo um sorriso logo em seguida.
- Que boiola, tremeu na base heim. – Riu, socando meu ombro – Mas o que falei é verdade, compreendido?
- Sim.
- No fundo fico aliviado cara. – Deu de ombros enquanto íamos até o portão – Você não traiu minha irmã, fiquei muito triste quando você apareceu com a loira. Não entrou na minha cabeça. Não consegui entender. Vocês sempre pareceram tão apaixonados...
- Também fico mais aliviado, mas isso não tira a culpa que sinto por tudo que disse a ela.
Ele assentiu, passando pelo portão e indo até o carro.
- Cuide da minha irmã e dos meus sobrinhos.
- Deixe comigo.
Assim que ele saiu voltei para dentro. Não vi Bella e as crianças, mas ouvi o grito de Anthony vindo da sala de estar.
Parei na soleira da porta, observando que Bella tentava servir o prato de Meg, enquanto nosso menino gritava e batia a colher no suporte de sua cadeirinha.
- Menino, pare de gritar, vai me deixar louca assim. O que as vacas que fazem seu leitinho andam bebendo por ai? Está tão hiperativo hoje.
- Mãe isso está com uma cara ótima. – Meg gemeu pousando a mão na barriga – Posso comer?
- Querida, vamos esperar seu pai.
- Já estou aqui. – Sorri indo até a mesa e tocando os cabelos de Thony.
- Sente-se Edward. – Bella pediu
Sentei-me na cadeira que ela me indicou.
O almoço foi tranqüilo, repleto de risadas, já que meu filho tirou o dia para fazer gracinhas, encantando-nos.
Assim que terminamos Bella deixou Anthony na sala em um cercadinho com vários brinquedos, Meg o olhou enquanto terminávamos de lavar a louça.
- Agora que terminamos. – Coloquei o pano de prato sobre a pia. – Se importa se eu for me deitar um pouco? Estou com a cabeça pesada.
- Não precisa pedir Edward. – Sorriu. – Logo Anthony dorme, Meg também costuma tirar um cochilo, vou pedir para que eles fiquem em silêncio.
Dei um beijo nas crianças antes de subir para o quarto e me deitar na grande cama branca. Fechei os olhos e acabei pegando no sono.
[...]
- Pequeno, deixe seu pai dormir, vem, você devia fazer o mesmo.
Abri os olhos devagar, sentindo um pequeno peso em minhas costas.
- Paaaaaaaaa...
Virei meu corpo, fingindo estar irritado.
- O que você quer garoto? – Bufei – Não vê que estou tentando dormir?!
Me arrependi logo em seguida. Anthony se afastou um pouco, sentando-se entre meu corpo e de Isabella. Sua mãozinha foi para sua boca e em pouquinho em pouquinho seus olhos foram enchendo-se de lagrimas. Ele deu uma fungada, fazendo um bico lindo e começando a resmungar baixinho.
- Oh, Edward! – Bella me repreendeu rindo – Ele vai chorar.
- Ei filho papai estava brincando. – Joguei o lençol para o ar, deixando nós dois sob ele. – Cabaninha! – O puxei para mais perto de mim, rolando pela cama e trazendo-o junto comigo. Ergui seu pequeno braço, mordendo sua axila, o que o fez gargalhar. Retirei o lençol de cima de nós e beijei sua testa, enxugando suas lágrimas. – Papai estava brincando.
- Que papai mal esse, não é bebê? – Bella passou a mão por meus cabelos – Me desculpe, ele não quis dormir, ao contrario de Meg que está até babando. Combinamos que ficaríamos quietinhos para o papai dormir e a mamãe descansar, mas alguém aqui não cumpriu o trato...
Olhei para Anthony que agora estava com sua atenção nos dedinhos do pé.
- Ele é muito inteligente.
- Sim, cresce tão rápido. – Tocou sua barriga – Meu primeiro filho mal completou 1 ano de vida e já estou grávida novamente, o que as pessoas vão pensar de mim? – Suspirou baixinho – Sua mãe me xingou quando eu falei isso, já que você e Alice tem menos de um ano de diferença também.
Pousei minha mão sobre a dela.
- Minha mãe tem razão. O que as pessoas vão pensar não importam. – Ela assentiu, fechando os olhos e colocando sua mão sobre a minha. – Será que é uma menina ou um menino?
- Não sei. – Sorriu. – Quer apostar novamente Sr. Cullen?
Cerrei os olhos.
- Desculpa por não ter achado seu suco... – Voltei a me desculpar.
- Não se preocupe amor, eu vou sobreviver!- Bella tentou me consolar novamente. Eu estava em seu sofá, deprimido por não ter achado o maldito suco.
- Amor não fica assim, olha... – Puxou meu queixo – Prometo que o seu filho não vai nascer com cara de carambola.
- Você fala como se tivesse certeza do sexo da criança... – Rolei os olhos.
- Dãa! Eu sou mãe, é óbvio que eu sei o que é, eu sinto.
- Aposto que é uma menina... – O puxei pela cintura acariciando sua barriga. - Uma linda menina, como a mamãe dela...
- Eu aposto que é um menino.- Disse me contrariando.
- Bella o que quer apostar? - Estendi a mão - É uma menina.
- Quero o seu corpo... - Lambeu os lábios e sorriu apertando minha mão. - É um menino e se for, sou eu quem vai escolher o nome- Afirmou com um lindo sorriso.
- Feito... Se for menina eu escolho o nome e usarei e abusarei de você... – Eu falei, sorrindo malicioso.
- Feito.- Concordou.
Ela me empurrou, forçando minhas costas a baterem no sofá, enquanto sua boca cobria a minha.
- Isso me fez lembrar algo. – Sorri. – Apostamos na gravidez de Anthony.
- Você lembrou? – Mordeu os lábios eufórica – E da outra?
- Outra? Que outra.
Ela riu, negando com a cabeça.
- Não vou contar Edward.
- Aaah Bella!
Tentei fazê-la falar, mas foi difícil. Anthony logo quis mamar e eu fiquei apenas observando-a amamentando nosso pequeno. Bella sussurrava uma canção, baixinho, enquanto Thony ia fechando os olhinhos devagar.
Sorri. Era uma cena linda de se ver.
E eu quase perdi tudo isso... Tudo por causa dela...
- Bella, amanhã pode me levar a um lugar? – Indaguei, fazendo-a me encarar curiosa. – Preciso pegar minhas coisas e tirar satisfações com Tânya.
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