N/A: Espero que gostem! (:
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Proibida para mim? NO WAY!
Eu estava ali, parado olhando para ela. A morena sorria enquanto conversava com um grupo de pessoas, mas de vez enquanto me olhava. Um moreno estava ao seu lado e sempre que podia segurava a mão dela ou a abraçava. Suspirei admirando seu corpo, ela trajava um vestido preto que batia em suas coxas e os cabelos longos estavam soltos.
Essa é uma história de amargar, conheci uma garota
meu irmão vou lhe falar. Tudo que ela quer, o pai dela dá
desde casa em ubatuba, até apê no Guarujá
desde casa em ubatuba, até apê no Guarujá
(Charlie Brown Jr – Tudo o que ela gosta de escutar)
Aquela mina havia conseguido toda minha atenção desde que entrara no pub.
- Quem é? – Indaguei ao meu irmão, que estava com a namorada ao meu lado.
- Não sei, nunca a vi por aqui. – Emmett negou com a cabeça.
- Eu sei quem é. – Rosalie, minha cunhada, sorriu. – O nome dela é Isabella Swan, lembra? A garota que estudou conosco na 7ª série.
- Mais ou menos... – Apertei meus olhos, tentando me recordar, mas era difícil. – Eu não a vejo há muito tempo, mas é ela mesma? Tipo... Está mais gostosa.
- Edward! – Minha cunhada rolou os olhos enquanto meu irmão ria. – É ela sim, e está sumida porque os pais dela a mandaram para estudar fora do país.
- Hm, interessado maninho? – Emmett sorriu. – Chega nela.
Ri. Voltei a olhar para ela e vi que o carinha não estava mais ali.
Você deixou ela de lado pra falar com seus amigos,
sobre as suas coisas chatas... Ela deu brecha eu me aproximei
Porque eu me fortaleço é na sua falha
Ela estava ali sozinha querendo atenção e alguém pra conversar
Você deixou ela de lado vai pagar pela mancada pode acreditar...
Porque eu me fortaleço é na sua falha
Ela estava ali sozinha querendo atenção e alguém pra conversar
Você deixou ela de lado vai pagar pela mancada pode acreditar...
(Charlie Brown Jr – Papo reto)
- Eu já volto.
Passei por algumas pessoas e parei, observando ela dançar. Isabella movia-se lentamente, com os braços para o alto e os olhos fechados.
Me aproximei dela, deixando nossos corpos quase colados.
- Sozinha? – Indaguei.
- Não mais. – Riu, abrindo os olhos e mordendo os lábios me encarando. – Ah, o cara que não parava de me olhar.
- Pois é, você é muito encantadora. Onde está seu namorado?
- Hm, não tenho. – Ela torceu os lábios, fazendo-me rir.
- Quem era aquele cara que estava com você?
- Um chato que minha mãe fica me empurrando.
- Que bom que não tem namorado, pelo menos sei que essa noite não irei apanhar.
- Por quê? – Seus braços delicados enlaçaram meu pescoço, grudando mais nossos corpos – Vem sempre aqui para seduzir garotas comprometidas?
- Não. – Escorreguei minha mão por suas costas. – Não é do meu feito tratar mulheres como objeto, sabe, pegar uma a cada noite.
- Hm, e você já disse isso para quantas essa noite?
Rolei os olhos e ela riu ficando e costas para mim, eu a abracei pela cintura, encaixando meu rosto no vão do ombro dela.
- Qual é gatinha, estou falando sério.
- Ok, vou fingir que acredito.
Sorri. Ela era teimosa e eu adorava garotas assim. Girei seu corpo, deixando-a novamente de frente para mim.
- Não quer saber meu nome?
- Não precisa, eu me lembro de você, o garoto da 7º série que vivia puxando minhas tranças.
- Fico honrado em saber que Isabella Swan não se esqueceu da minha humilde pessoa.
Seu sorriso me fez suspirar.
- Você não se parece nada com aquele garotinho magrelo, com os cabelos lambidos e óculos, o nerd-descolado... Edward.
- Oh, vou aceitar isso como um elogio. – Sorriu torto – Você também não parece nada com aquela menininha, está tão diferente...
Quando eu vi você quase não acreditei
Nem vi você mudar, nem vi você crescer, mas
Nunca te imaginei assim...
Quando me aproximei mal sabia o que falar
Nem vi você mudar, nem vi você crescer, mas
Nunca te imaginei assim...
Nem vi você mudar, nem vi você crescer, mas
Nunca te imaginei assim...
Quando me aproximei mal sabia o que falar
Nem vi você mudar, nem vi você crescer, mas
Nunca te imaginei assim...
(Charlie Brown Jr – Tudo mudar)
Seus dedos se enrolaram em meus cabelos, deixando-me arrepiado e louco para beijar sua boca que estava tão próxima da minha. Corri minha mão de sua cintura até sua nuca, puxando-a para mais perto de mim.
- O que você está fazendo? – Indagou, mordendo os lábios de uma maneira sexy.
- Estou louco para te beijar desde que vi você entrando.
Aproximei mais meu rosto do dela, colando meus lábios primeiro em sua bochecha macia, depois escorreguei para seu queixo, mordiscando-o.
- Droga. – Isabella gemeu baixinho jogando a cabeça para trás quando cheguei a seu pescoço, inalando seu cheiro maravilhoso enquanto beijava sua jugular.
Seus dedos torceram meus cabelos, puxando-me em direção ao seu rosto. Nossos lábios se encontraram e logo começaram a se mover um contra o outro, de forma sensual e deliciosa.
Suspirei passando um de meus braços pela cintura dela e puxando-a para mais perto de mim, enquanto permanecia segurando sua nuca.
Com a ponta da língua pedi passagem por seus lábios carnudos e Isabella não se fez de rogada, abriu a boca deixando nossas línguas se encontrarem e se entrelaçarem uma na outra.
Paramos de nos beijar quando respirar se tornou necessário. Olhei para seu rosto pequeno e corado.
- Você é linda... – Toquei sua bochecha rosada.
- Hm, obrigada?
Ri, voltando a beijá-la. Suspirei novamente, sentindo meu estomago girar de forma agradável. Sorri contra os lábios dela quando fui enlaçado por seus braços.
Porém, logo ela saiu dos meus braços.
- Ai Alice! – Resmungou, sendo puxada por uma garota.
- Bella, você viu que horas são? Precisamos ir para casa! Mamãe vai nos matar.
- Ok Allie.
- Ei. – A segurei pelo pulso – Já? Está cedo, fica mais um pouco comigo, depois eu te levo até sua casa.
- Eu... Acho melhor não. – Alisou minha mão, tirando-a de seu pulso.
- Vamos voltar a nos ver?
- Sim, sim... – A garota estranha respondeu por ela – Amanhã estaremos na praia, às 16h30min.
- Ok. – Sorri dando mais um beijo na boca de Isabella – Te vejo amanhã então.
- Hm, você vai ficar aqui? – Mordiscou os lábios. – Sozinho? Ou vai seduzir outra garota?
Neguei com a cabeça.
- Não, vou embora também. – Sorri. – Se quiserem posso dar uma carona a vocês.
- Ótimo! – Novamente a outra garota, a tal Alice, respondeu.
- Só um minuto, vou avisar meu irmão.
- Te esperamos lá fora.
Procurei Emmett e Rosalie, me despedi deles avisando que ia embora. Sai do pub e avistei Isabella com sua irmã, as duas falavam gesticulando e riam.
- Prontas para ir embora?
- Sim, cunhadinho.
- Alice!
- Bella!
Ri, entrelaçando meus dedos com os de Isabella.
- Bom, espero que vocês não se importem com meu carro. – Torci os lábios – Ele não é nada daquilo que vocês estão acostumadas a andar.
- Sem problemas, só precisamos chegar em casa antes das 22:00, mamãe vai nos matar se saber que viemos para esse fim de mundo, ainda mais em um PUB.
- Ok.
Eu as deixei em casa, não sem antes roubar mais um beijo de Isabella. E assim começamos a nos envolver, no outro dia nos encontramos na praia e passamos a tarde juntos, ela me contou coisas sobre ela, coisas que ela gostava e não gostava. Os dias foram passando, eu a levei para conhecer meus pais e um pouco do meu mundo.
- Oh Deus, eu nunca conseguiria me equilibrar nesse treco! – Ela resmungou mais uma vez, enquanto eu fazia algumas manobras em meu skate.
- É fácil amor. – Ri, sentando-me sobre o shape¹, de frente para ela.
- Como se nessas quatro semanas que estamos juntos você não tivesse percebido como sou desastrada. – Minha morena torceu os lábios.
Difícil não lembrar do que nunca se esqueceu
Fácil perceber que seu amor é meu
Difícil não lembrar do que nunca se esqueceu
Fácil perceber que meu amor é seu
Fácil perceber que seu amor é meu
Difícil não lembrar do que nunca se esqueceu
Fácil perceber que meu amor é seu
(Charlie Brown Jr – Uma criança com o seu olhar)
[Shape¹ - É a estrutura de madeira que suporta o skatista. o/ ]
- Quer tentar?
- Não, melhor não.
- Então, que tal irmos à praia?
- Tudo bem.
Joguei minha camisa sobre meu ombro, enquanto pegava meu skate. Observei Bella caminhar em direção ao meu simples carro.
Ela era muito mais que encantadora. Não posso negar que estou caidinho por ela.
Já na praia, me sentei na areia. Bella se acomodou entre minhas pernas, encostando seu corpo em meu peito desnudo. A praia estava vazia, algo comum naquela lado de Miami.
- Então... – Beijei seus cabelos – Como vai ser daqui para frente?
- Como assim?
Torci os lábios, lembrando do papo que tivemos antes de começar a levar nossos encontros a sério.
- Bella, falta menos de 2 meses para você voltar para Nova York. – Beijei seu ombro. – Sabe... Você foi aceita na faculdade de lá, isso é incrível, mas... Poxa... E eu?
- Não sei. – Ela sussurrou virando o rosto para me olhar – Não quero ir embora.
- Eu também não quero que você vá. Porque não fala com seus pais? Eu posso ir falar com eles e...
- Não. – Bella me interrompeu – Não, eles... Se eles souberem que estamos juntos são capazes de me mandar para lá mais rápido ainda.
O pai dela riu de mim porque o meu carro é popular
E ainda me deu uma notícia de desanimar
"rapaz você não é bom pra minha filha não,
Quem é teu pai? quem é você? o que que você faz? vou investigar você"
E ainda me deu uma notícia de desanimar
"rapaz você não é bom pra minha filha não,
Quem é teu pai? quem é você? o que que você faz? vou investigar você"
(Charlie Brown Jr – Tudo o que ela gosta de escutar)
- Eu sei. O Sr. e Sra. Swan nunca aceitariam um genro como eu, não é? Pobre.
- Edward...
- Tudo bem Bella, vem cá.
Eu a beijei com desejo, forçando o corpo dela a tombar na areia e deitando-me sobre ela.
- Alguém pode ver... – Bella murmurou um pouco constrangida e nervosa, eu sabia que era por conta da nossa aproximidade. Ela não precisava falar, eu sabia que ela ainda era pura.
- Que tal irmos para minha casa? – Mordi sua boca. – Meus pais estão trabalhando, podemos ficar um pouco sozinhos.
Ela mordeu os lábios assentindo.
- Tudo bem, vamos.
Fomos para minha casa, que não era enorme e luxuosa como a dela, mas apesar de simples era muito limpa e confortável. Bella me seguiu até meu quarto, sentando-se em minha cama enquanto eu colocava minha camisa no cesto de roupa suja.
Voltei para meu quarto e ela ainda estava no mesmo lugar. Me sentei ao seu lado sorrindo para ela. Eu nunca tinha me amarrado tanto em uma garota como estava. Toquei sua bochecha e beijei seus lábios.
- Gosto tanto de você... – Forcei o corpo dela a tombar na cama.
O Mundo às vezes é alheio as nossas vontades
Mas só o que é bom dura tempo o bastante pra se tornar
Inesquecível.
(Charlie Brown Jr – Vicios e Virtudes)
- Mesmo? – Indagou receosa.
- Nunca fui tão verdadeiro como estou sendo contigo. – Corri meu nariz pelo pescoço dela. – Eu gosto mesmo de você Isabella.
- Eu também gosto de você Edward.
As mãos dela agarraram meus cabelos, puxando-me em direção aos seus lábios.
Suspirei sentindo meu coração disparar e o ar faltar. Era sempre assim perto dela. Eu estava perdidamente apaixonado por Bella.
E foi ali que nos amamos pela primeira vez, onde Bella se tornou minha e eu me tornei totalmente dela. Não existem palavras para expressar o quão delicioso e excepcional foi aquele momento. Nos tornamos um. E entre gemidos e sussurros me declarei a ela. Eu havia sido seu primeiro homem e esperava que fosse o único.
Ela não é do tipo de mulher que se entrega na primeira
Mas melhora na segunda e o paraíso é na terceira
Ela tem força, ela tem sensibilidade, ela é guerreira
Ela é uma deusa, ela é mulher de verdade
Ela é daquelas que tu gosta na primeira
Se apaixona na segunda e perde a linha na terceira
Ela é discreta e cultua bons livros
E ama os animais, tá ligado eu sou o bicho
Mas melhora na segunda e o paraíso é na terceira
Ela tem força, ela tem sensibilidade, ela é guerreira
Ela é uma deusa, ela é mulher de verdade
Ela é daquelas que tu gosta na primeira
Se apaixona na segunda e perde a linha na terceira
Ela é discreta e cultua bons livros
E ama os animais, tá ligado eu sou o bicho
(Charlie Brown Jr – Ela vai voltar)
Eu só não esperava que teríamos conseqüências algumas semanas depois...
- Você tem certeza? – Indaguei, limpando as lágrimas do rosto dela.
- Sim. – Bells me abraçou. – Oh, meus pais vão me matar.
- Ei amor, fica calma. – Enlacei sua cintura, beijando seu pescoço – Fizemos isso junto, chorar não vai adiantar em nada.
- Você não entende Edward... – Ela se afastou, resmungando – É um bebê! Como vamos cuidar dele? Eu não tenho um emprego, você não tem um emprego!
- Mas capacidade não me falta. – Puxei o rosto dela, beijando sua boca.
- Me ajuda, se meus pais descobrirem... Eles vão querer que eu tire nosso bebê.
- Ninguém vai fazer isso amor, ninguém. Eu te juro. Vou ser um bom pai, um bom marido.
- Marido? – Ela sorriu, limpando as lágrimas.
- Sim, o seu.
Eu quero estar amanhã ao seu lado quando você acordar
Eu quero estar amanhã sossegado e continuar a te amar
Eu quero um sonho realizado, uma criança com seu olhar
Eu quero estar sempre ao seu lado, você me traz paz
Eu quero estar amanhã sossegado e continuar a te amar
Eu quero um sonho realizado, uma criança com seu olhar
Eu quero estar sempre ao seu lado, você me traz paz
(Charlie Brown Jr – Uma criança com o seu olhar)
- Eu te amo tanto... – Seus braços me apertaram com força.
- Nosso bebê vai ser lindo, terá os seus olhos.
- Ed...
- Sim, terá. – Beijei seu nariz, girando-a. – Oh droga, estou tão feliz, nunca pensei em ser pai, mas agora quero isso mais do que tudo.
- Mesmo? – Indagou medrosa.
- Bella, isso pode acontecer com qualquer um, e aconteceu com nós, mas não vamos estragar nosso relacionamento. Eu vejo vários amigos meus que engravidaram sua namorada... Eles se afastam, um fica culpando o outro e são infelizes, não quero que isso aconteça com a gente. Eu sei que sou um nada. – A coloquei no chão novamente – Vou lutar, juro, vou crescer e me tornar responsável, sabe para que?
Ela negou com a cabeça.
- Não.
- Para dar tudo de bom e do melhor a você e nosso bebê. Vamos ter que encarar essa responsa, mas juntos ok? – Sorri pegando minha carteira e minha camisa da areia da praia. – Eu vou ser o cara mais feliz do mundo, acordando ao seu lado todos os dias, ter um bebê com você, uma parte minha e sua... Amor, você me tão feliz. No começo vai ser difícil, você não vai ter coisas gostosas para comer e toda mordomia que tem com seus pais, mas eu só preciso que você confie em mim.
Se eu não puder fazer você à pessoa mais feliz,
eu chego o mais perto disso possível
(Charlie Brown Jr – Vicios e virtudes)
- Eu confio em você.
- Vamos para minha casa, conversamos com meus pais, eles nos ajudaram.
- Tudo bem.
Alguns meses depois...
Cheguei em casa sorrindo, afinal, eu não tinha motivos para fazer o contrario. Meus pais estavam na sala, assistindo um programa qualquer, abraçados.
- Boa noite pai, mãe.
- Filho. Que alegria é essa?
Sorriram para mim.
- Ora, sou um homem feliz, tenho pais shows, uma linda mulher, que juntos vamos ter um bebê, tenho um emprego fixo e ah... Fui aceito na faculdade!
- Ai meu Deus! Parabéns querido!
- Esse é meu filho.
Abracei os dois, contente.
- Onde Bells está?
- Foi se deitar, estava cansada. – Mamãe respondeu.
- Ok. – Me aproximei, beijando a bochecha dela e a do meu pai. – Vou subir para ficar um pouquinho com ela e dar a novidade.
- Vai lá.
No percurso até meu quarto retirei minha camisa, estava suando. O dia havia sido cansativo. Eu havia arrumado um emprego em uma grande empresa há alguns meses, para ser mais exato, na mesma semana em que Bells descobriu estar grávida. Era na linha de produção mesmo, mas foi ali que decidi que se pintasse alguma oportunidade, seguiria a carreira de engenheiro. Eu adorava aquilo. Numero. Cálculos. Desafios. Além do mais era algo fascinante, e pelo contato que tive com os profissionais que já atuam na área, fiquei mais fascinado ainda.
Abri a porta do quarto vendo-a sentada em nossa cama, rindo de algo. Seus cabelos estavam soltos e seu corpo estava coberto por uma das camisolas que compramos, já que sua barriga estava grande. Bella estava linda, como sempre.
Eles dizem que é impossível encontrar o amor sem perder a razão,
mas pra quem tem o pensamento forte o impossível é só questão de opinião.
(Charlie Brown Jr – Só os loucos sabem)
Bati na porta chamando sua atenção, Bella sorriu para mim.
- Como está as duas razões da minha existência?
- Estamos bem, mas com muitas saudades dos braços do papai.
- Hm, isso é fácil de se solucionar.
Joguei minha blusa e minha bolsa em um canto. Retirei meus sapatos e corri para a cama, abraçando-a.
- Como foi hoje? – Beijou minha bochecha, rindo enquanto eu deslizava minha mão por sua barriga de 7 meses, sentindo nosso garoto chutar.
- Cansativo, como sempre. Mas o que eu não faço por nós? – Ela sorriu. Beijei sua boca linda, deitando-me logo em seguida na cama. – Sabe do que estou precisando?
- Do que?
- Uma massagem bem gostosa da minha gostosa.
Bella voltou a rir. Eu ficava contente por vê-la assim, feliz, oposta a sua situação de meses atrás, quando mal saia do quarto, sorria, falava ou comia. Travei meu maxilar ao se lembrar de quão baixo Charlie e Renée foram, fazendo-a decidir entre eles ou o bebê e eu. Ela ficou arrasada, mas depois tudo foi se ajeitando e hoje estavamos ali, felizes.
É foda ser taxado de doido vagabundo,
mas como tudo deve ser.
Eu não preciso de promessas e acho que vocês também,
eu não tento ser perfeito e acho que vocês também.
(Charlie Brown Jr – Como tudo deve ser)
Charlie e Renée me humilharam, mas não foi isso o que me machucou. O pior foi ouvir as coisas que disseram a ela... Que eu era um vagabundo, que não daria futuro a ela. Tudo, tudo isso só serve de incentivo para mim .
- Você é um puto, isso sim.
- Esta falando como uma pobre – Acusei rindo, Bells rolou os olhos e deslizou suas mãos por minhas costas, subindo até meu ombro e massageando – Isso é bom.
- Está com fome?
- Um pouco. – Confessei. – Mas aqui está tão bom.
- Vou descer e preparar algo para você. – Beijou minhas costas – Porque não toma um banho?
- Amor, não precisa, não é bom para você subir e descer estacas.
- Ih Edward, não vamos discutir sobre isso de novo.
- Vem cá. – Me sentei puxando-a pela cintura e colocando-a em meu colo – Lembra quando fiz o vestibular daquela facul e passei?
- Sim, mas desistiu por não conseguir pagar.
- Pois é amor, mas acho que esqueci de te falar que me inscrevi em um programa de bolsas. – Dei de ombros, vendo os olhos dela se arregalaram.
- Ai meu Deus. Não me diga que...
- Sim, eu ganhei a bolsa amor!
- Aaaaaaaaaaaaah!
Caimos na cama rindo. Bella me encheu de beijos, sorrindo, dizendo que me amava.
- Vou me formar, exercer minha profissão e depois será sua vez.
- Do que?
- Faculdade amor.
- Sério?
- Eu prometo.
A abracei com força. Sabia que faculdade era seu sonho e eu o realizaria.
A vida me ensinou a nunca desistir,
nem ganhar, nem perder, mas procurar evoluir.
Podem me tirar tudo o que eu tenho,
só não podem me tirar as coisas boas que eu já fiz pra quem eu amo.
(Charlie Brown Jr – Dias de luta, dias de glória)
- Tome seu banho. – Beijou minha boca. – Volto logo.
- Vá lá muié. – Bati em sua coxa – Bora por a barriga no fogão.
- Idiota.
- Gostosa.
Assim que ela saiu do quarto fui até meu armário, abrindo-o, pegando uma calça de moletom e uma boxer.
Tomei um banho rápido e quando sai Bella ainda não havia voltado. Desci para o andar debaixo e a encontrei bicuda no sofá, com os braços cruzados e a cara de mimada.
- O que houve princesa?
Ela não respondeu.
- Sua mãe não a quis deixar subir com sua comida.
Ri sentando-me ao lado dela.
- Não fique brava Bella, só nos preocupamos com você e com o bebê. – Minha mãe entrou na sala novamente, vindo até nós – Edward está ficando muito mimado com seus cuidados, ele tem pernas e braços, pode muito bem descer para almoçar.
- Sinto-me uma invalida. Não posso descer escadas nem nada...
- Logo, logo isso acaba. – Beijei sua testa – Agora fique sentadinha aqui enquanto vou buscar meu prato.
- Ok.
Fui à cozinha pegar meu prato e me sentei ao lado de Bells para jantar. Meu irmão desceu as escadas sorridente.
- Vai sair querido? – Minha mãe indagou.
- Vou ver Rosalie, não demoro muito. – Aproximou-se de nós e tocou a barriga de Bella – Ei garotão, cuida do seu pai e da sua mãe.
- Bobo. – Minha noiva riu, abraçando-o.
- Tchau Bellinha, Tchau Ed, pai, mãe e Gabriel.
- Tchau Emm.
Assim que terminei de jantar nos despedimos de meus pais e subimos para o quarto. Escovei meus dentes e fui procurar por minha mochila.
- Lembra do que estava com vontade de comer?
- Nem me lembre. – Ela resmungou.
- Pois é, eu consegui comprar. – Retirei da bolsa a barra de chocolate – Deve estar derretendo, esqueci de te dar.
Bella sentou-se na cama e como uma criança esticou os braços, pedindo pelo doce.
- Me dê.
- Nossa, custa ser carinhosa?
- Amor, eu e Gabriel necessitamos disso.
Seu bico era lindo. Me aproximei da cama, sentando-me com ela. Abri a enorme barra de chocolate que havia custado muito, muito caro, e lhe entreguei alguns tabletes.
- Não coma muito rápido, pode te fazer mal.
- Que delicia. – Gemeu baixinho. Ela não devia fazer aquilo, não quando estávamos a um bom tempo sem fazer amor. Me aproximei dela, colando nossos lábios e sentindo o gosto do chocolate em sua boca. Aquilo foi excitante. – Você é o melhor pai e marido do mundo.
- Eu sei, só não espalha ok?
Bella riu deliciosamente. Voltei a capturar seus lábios, alisando sua coxa por cima da camisola. Tirei o chocolate de sua mão, deixando-o sobre a barra que ainda estava embrulhada com papel alumínio sobre a cama.
Não quero desperdiçar a chance de ter encontrado você
hoje o que eu mais quero é fazer você feliz,
vejo as pessoas e sei que juntos nós podemos muito mais
e eu conto as horas pra estar com você
(Charlie Brown Jr – Longe de você)
- Gabriel... – Abaixei meu rosto próximo a barriga dela, erguendo sua camisola e deixando-a nua. – Papai está com muitas saudades da mamãe, precisa amar ela um pouquinho. Durma filhão.
- Edward.
Voltei até seus lábios, beijando-a com deseja.
- Você está linda. – Confessei admirando seu corpo moreno e macio.
- Mentiroso.
- Nunca menti para você e não é hoje que farei isso.
Seus dedos entrelaçaram em meus cabelos. Desci minha boca por seu pescoço, aspirando seu delicioso cheiro enquanto desfrutava do gosto de sua pele.
- Ed, fico constrangida sempre que fazemos isso aqui.
- Mas eu preciso te amar minha linda. – Desci minha mão até o meio de suas pernas, retirando sua calcinha – Não se preocupe, logo teremos nossa casinha.
- Vai ser incrível. – Sorriu alisando meu peito – Nós dois observando nosso Gabriel correndo descalço pelo quintal.
- Oh sim, pode ter certeza. Agora se concentre aqui, deixe-me te amar gostosinho, vamos, vire de ladinho.
Ela riu virando-se. Me livrei de minha roupa e debrucei-me sobre ela, roubando um beijo de sua boca.
Alguns anos depois....
- Anthony.
Sorri ao ver Bella rolar os olhos mais uma vez puxando o saleiro da mão de nosso filho menor que completaria em breve dois anos.
- Amor, deixe-o. – Dei de ombros tirando meus óculos escuros e colocando-o em Anthony que riu soltando um gritinho.
- Você o mima muito Edward. – Ela resmungou.
- Qual é, eu gostava disso quando era moleque. – Erguei o saleiro, pegando a mão de Anthony e despejando ali. – Mande vê filho.
- Eu também quero pai! – Gabriel esticou a mão e eu também coloquei sal em sua mão, sob o olhar de reprovação de Bella.
- Está no sangue amor. – Falei rindo, puxando-a e beijando seu rosto. No mesmo momento Gabriel arrotou, fazendo algumas pessoas olharem para nossa mesa.
Bella escondeu o rosto em meu peito, enquanto as crianças riam.
- Eles só podiam ser seus filhos.
Muita gente riu de mim quando eu disse que podia fazer o que
quisesse da minha vida, foram muitos anos de vivencia
muitos baldes de água fria na cabeça,
eu aprendi o bastante para aprender sorrir,
pois ainda estou aqui tentando conquistar meu espaço.
(Charlie Brown Jr – Charlie Brown Jr)
- Não se importem filhos, façam o que quiser, comam até com as mãos, é o papai quem está pagando.
- Mão meu? – Anthony perguntou, erguendo uma de suas mãozinhas sujas de sal.
- Sim filhão.
Logo depois nosso casula apontou para as mãos do irmão.
- Mão Biel?
- Do Biel também.
Bella torceu os lábios. Ela não gostava muito quando eu os deixava fazer o que quisessem, mas sabíamos que de forma alguma aquilo atrapalharia no crescimento e na educação deles, e não era sempre que meus filhos tinham a chance de fazer o que bem entendessem, só que eles eram pequenos, mereciam passar a infância sem se importar com coisas inúteis.
Apesar de termos muito dinheiro, não gostava de ter uma família movida a regras de etiqueta e todas essas coisas de rico, gostava mesmo era de passar a tarde apenas de bermuda com meus filhos, brincando descalços de bola no jardim de casa, comendo com qualquer talher, bebendo em qualquer copo, saindo de por qualquer lado da mesa.
Claro que eu também não pretendia que fosse assim sempre, mas ainda eram muito pequenos e apesar de fazerem tudo ao contrario do que Bella mandava, eles sabiam muito bem o que era o certo. Pelo menos Gabriel sabia, já que tinha 8 anos e era um pequeno homem. Anthony também sabia, apesar de fingir que não.
- O que querem de sobremesa?
- Pavê! – Gabriel pediu.
- Vê! – Anthony bateu a mão na mesa, concordando.
- E você amor? – Toquei os cabelos dela.
- O mesmo que os deles amor.
Fiz sinal para o garçom que prontamente veio nos atender, afinal nós éramos clientes fieis dali, além dos nossos nomes terem se tornado grande de uns anos para cá. Edward Cullen, engenheiro, e sua mulher Isabella Marie Cullen, arquiteta. Juntos abrimos nosso negocio, eu planejava e executava projeto que Bells desenhava e depois ela decorava.
- Fico contente em saber que apesar de tudo o que passamos hoje estamos aqui. – Mordi sua bochecha, fazendo-a gemer baixinho – E o melhor é que todo o dinheiro que temos não mudou em nada o que realmente somos.
- Eu amo você. – Seus dedos enrolaram em meus cabelos, ela adorava fazer aquilo.
- Eu também amor, muito.
Eu não conheço todas as flores, mas vou mandar todas que eu puder
vivemos tempos de loucos amores... Só é feliz quem sabe o que quer
(Charlie Brown Jr – Me Encontra)
POV Bella
Rolei por minha cama, buscando o corpo quente de Edward, mas não o achei. Abri os olhos notando que já era tarde pois o sol entrava pela janela iluminando todo o quarto.
- Oi mamãe...
Me virei, sorrindo ao ver Anthony deitado ao meu lado, sorrindo enquanto sugava sua mamadeira azul, com seu leite.
- Bom dia amor da minha vida. – Beijei sua testa e sendo abraçada por um de seus bracinhos – Onde está papai? Foi levar Biel para a escola?
- Aham. – Concordou.
- Hm.
Meu pequeno serpenteou pela cama, deitando sua cabeça em meu braço voltando sua atenção para um desenho que passava na TV.
Sorri observando-o. Anthony tinha tudo, tudo o que infelizmente não pudemos dar a Gabriel quando tinha a idade do irmão. Foi uma época difícil e que durou até que Edward se formasse e fosse indicado para trabalhar em uma grande empreiteira aqui em Nova York o que acabou sendo difícil também já que ele veio sozinho e ficamos dois meses longe, até que estivesse estabilizado no emprego e pudesse levar a mim e Thomas.
E a primeira coisa que fizemos quando pudemos foi comprar uma casa para Esme e Carlisle, ali, pertinho da nossa. Eles mereciam muito mais, já que nos ajudaram muito. Todo amor que nunca tive com meus pais eu tive com eles... No inicio, quando Edward começou a crescer na profissão e eu também, realmente fiquei com medo que nossa vida se tornasse igual a dos meus pais, sem tempo para nossos filhos, mas na era assim. Edward conseguia arrumar tempo para mim, para as crianças e o trabalho.
A única da minha família com quem eu ainda mantinha contato era Alice, que estava casada agora e sempre vinha nos visitar.
Meu cunhado e Rosalie também haviam se casado, tiveram uma filha que nasceu alguns meses depois de Anthony.
Sai dos devaneios com a gargalhada deliciosa de Anthony. Meu pequeno estava usando apenas uma frauda que Edward devia lhe colocado antes de sair.
- Mamãe vai descer para comer algo, quer alguma coisa?
- Bala.
Rolei os olhos negando com a cabeça.
- Nada disso, está muito cedo para comer porcarias.
Ele fez um lindo bico, mas não me deixei abater. Desci para a cozinha e não me surpreendi ao ver a mesa feita, um pequeno bilhete estava sobre a mesa, ao lado de uma rosa.
Amor,
Não quis te acordar, estava tão linda dormindo que seria um pecado modificar aquela cena. Além do mais, convenhamos, te cansei muito ontem, por isso, como o incrível marido que sou preparei o café da manhã e fui levar nosso garoto a escola. Se está lendo esse bilhete é porque ainda não voltei, mas logo estarei ai para desfrutarmos desse momento junto.
Amo você, Edward Cullen.
Sorri sentindo dois braços grandes e fortes enlaçando minha cintura.
A gente passa a entender melhor a vida,
quando encontra o verdadeiro amor.
De qualquer jeito o seu sorriso vai ser meu raio de sol
O melhor presente Deus me deu, a vida me ensinou
a lutar pelo o que é meu
(Charlie Brown Jr – Lutar pelo que é meu)
- Vejo que cheguei na hora certa.
- Pois é, ainda não tomei o café, me acompanha?
- Sim linda.
Beijaram-se devagar, mas logo se afastaram ao ouvir o chamado de Anthony. Foram até a sala, encontrando o pequeno descendo as escadas sentado.
- O que eu faço com esses homens?
Edward o pegou no colo e voltamos para a cozinha.
- Podemos tentar uma menina amor.
- E se vier mais um menino?
- Um a mais para me ajudar a cuidar de você. – Piscou maroto.
Era difícil acreditar que o meu Edward de anos atrás era agora um homem responsável, que penteava os cabelos e andava de terno e gravata. Ri do meu pensamento.
POV Edward
Bella ria enquanto me olhava, Anthony sem saber o motivo passou a segui-la.
- O que? Porque estão rindo?
- Nada amor, vem cá. – Ela me levou a mesa e eu me sentei na cadeira colocando Thony na do lado. – É só que às vezes eu paro e me lembro de quando nos conhecemos, quando você usava regatas, calças rasgadas, tênis grande e boné.
- Eu era super desleixado. – A puxei para meu colo. – Mas fala sério, você babava em mim.
- Babo até hoje. – Sua boca brincou na minha. – Qualquer dia desses prometo me vestir como antes para você.
- Eu vou adorar. Como você sempre me disse... Toda patricinha adora um vagabundo.
- Sim.
- Amo você.
- Eu também.
Beijei sua boca.
- Tony também!
Nos afastamos rindo e olhando nosso filho.
- Sim bebê, amamos muito você também.
Nuvens que são só nuvens
Pois sei que o sol brilha sobre nós
Dias que são só dias
O tempo passa e ainda se ouve a voz
Gente que foi embora, que não faz falta e foi melhor pra nós
Tudo pode ser melhor assim, somente eu e você
Nós dois agora
Pois sei que o sol brilha sobre nós
Dias que são só dias
O tempo passa e ainda se ouve a voz
Gente que foi embora, que não faz falta e foi melhor pra nós
Tudo pode ser melhor assim, somente eu e você
Nós dois agora
(Charlie Brown Jr – Só existe o Agora)
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