Capitulo 5 - Primeira aula
POV Edward
- Mãe! – Resmunguei.
- Por favor... – Ela juntou as mãos – Eu não pude levar você no seu primeiro dia de aula na escolinha, deixe-me ficar.
Sentei-me no sofá.
- Estou me sentindo um bebê.
- Você é meu bebê! – Minha mãe apertou minhas bochechas – Cut-cut.
- Viu! – Me levantei – Eu tenho 19 anos, não 5.
Meu pai desceu as escadas rindo.
- Não adianta, ela sempre vai te ver como um bebê.
Revirei os olhos.
- É isso ou a senhora está com medo que eu seduza a professora? – Provoquei.
- Ela não cairia tão fácil na sua. – Minha mãe riu – Pela conversa que tive com Isabella, pude ver o quão madura e responsável ela é.
- Espera. – Me levantei – Isabella?
- Sim.
- Eu tenho uma tara por Isabellas.
Meu pai riu, já o queixo de minha mãe caiu.
- Espera, você não é mais puro?
Torci os lábios. Isso não era uma coisa que eu queria conversar com minha mãe. Mas qual é com 19 anos ela acha que eu ainda sou puro?!
- Claro... – Sorri, ela respirou aliviada. – Sou pura sacanagem.
- Como assim? – Ela se levantou do sofá e jogou as mãos para o ar – Desde quando meu filho não é mais virgem?
- Acho que eu tinha... – Coloquei a mão no queixo –... Uns 16 anos...
- OMG! Eu pensei que Carlisle estava brincando quando nós estávamos em seu quarto aquele dia e ele falou que o que íamos fazer era algo que você já fazia... Ai Meu Deus! Quando isso aconteceu? Como assim? Eu sou a ultima a saber?
- Foi quando eu deixei de lado as revistas que o papai me deu quando eu tinha 14 e...
Percebi que tinha falado demais, mas já era tarde para me arrepender.
- Por favor, diga-me que eram revistas de carros!
Dei de ombros
- Eram revistas de carros.
Esme se aproximou desconfiada.
- Eram mesmo?
- Não. Mas realmente tinha umas fotos que umas mulheres estavam no carro e...
- Certo, certo, certo. – Meu pai me empurrou no sofá, olhando-me feio. Minha mãe colocou as mãos na cintura, bateu o pé e subiu as escadas. – Obrigada filhão – Meu pai ironizou – Você acabou de dar motivos para sua mãe me deixar na seca.
Ew!
- Foi mal...
- Foi péssimo. – Concordou. A campainha tocou. Meu pai dirigiu-se até a porta e eu fiquei rodando a caneta que estava em minha mão – Olá... ahhh você deve ser Isabella.
Virei meu pescoço para ver se minha professora era gostosa, mas não consegui enxergar nada.
- Oh, só Bella por favor.
Franzi o cenho.
Aquela voz...
- EDWARD MASEN CULLEN!
Minha mãe gritou do andar superior. Ótimo! Já estava começando a me envergonhar.
- Edward?
Dei um pulo do sofá e pisquei os olhos. Mas não era ilusão.
Sim, Bella Swan estava parada a minha frente, na sala de minha casa.
- Bella! – Não pude conter o sorriso. – O que faz... Espera, você é a Isabella?!
Bella passou as mãos pelo cabelo, nervosa. Meu pai estava dando comida ao seu peixinho, minha professora se aproximou perigosamente.
- Você! – Ela rosnou apontando para mim – Você mentiu! Disse que tinha 19 anos!
- E tenho. – Dei de ombros.
Seu queixo caiu. Ela franziu a testa e deu um passo para trás.
- Me desculpe, estava alimentando o peixinho – Carlisle riu – O nome dele é peixinho – Meu pai bateu uma mão na outra e a esticou para Bella – Sou Carlisle Cullen, pai de Edward.
- Prazer. – Bella aceitou a mão de meu pai, mas me lançou um olhar mortal.
Como se eu tivesse culpa! Com tantas professoras nesse mundo, logo ela vem parar aqui em casa.
O destino é foda! Um dia eu paro na sua casa e agora ela vem parar na minha.
- EU NÃO POSSO ACREDITAR! – Minha mãe deu um grito de surpresa.
- Oh merda... – Puxei meus próprios cabelos.
- Ela foi mexer embaixo do seu colchão... – Meu pai informou – Estamos ferrados, você ainda tem aquela com o autografo destinado a mim?
- Aham
Olhei para as escadas, logo minha mãe apareceu ali, descendo com algumas revistas na mão. Bella mordeu os lábios um pouco confusa, mas quando conseguiu ver o que tinha nas mãos de Esme, olhou para mim, surpresa.
Corri até a beira da escada, barrando minha mãe.
- Isabella chegou... – Puxei as revistas da mão dela e as coloquei por de baixo da blusa.
Minha mãe se endireitou e projetou seu corpo para frente.
- Suma com isso.
- Mãe... – Bati o pé no chão e chacoalhei meu corpo, como uma criança birrenta – Não me envergonhe.
- Te envergonhar? – Ela riu maldosamente, fechei os olhos prevendo o que vinha a seguir – Vergonha é ter 19 anos e possuir revistas pornográficas debaixo do colchão! – Olhei para trás. Bella mordia os lábios tentando conter o riso, já meu pai ria. – Você não ria Carlisle, isso tudo é culpa sua!
Sai da sala, envergonhado.
Além de Bella me achar criança, agora sabia que eu era burro e tarado.
Mães... elas só nos envergonham!
Cheguei ao quintal e joguei as revistas no lixo.
Joe, meu vizinho de 14 anos se aproximou e puxou uma da minha mão.
- Uau, revista pornô! – O garoto exclamou como se estivesse clamando algum deus.
- Faça bom proveito. – Dei as costas, quando cheguei à porta me virei e para alertá-lo – Cuidado, tem umas paginas colada.
Fechei a porta e ouvi seu grito.
- QUE NOJO!
Comecei a rir, mas logo parei.
Minha mãe, Bella e meu pai estavam me olhando.
- Filho, essa é sua professora. Isab...
- Eu sei. – Sorri – Isabella Swan, irmã de Emmett.
- Vocês já se conhecem? – Meu pai arqueou uma sobrancelha, maliciosamente.
- Somos velhos amigos. – Dei de ombros.
- Olha que maravilha! – Minha mãe riu – Se vocês são amigos eu posso ficar tranqüila. – Ela tocou o ombro de Bella – Pelo menos eu sei que ele não vai tentar te seduzir.
Bella deu um sorriso amarelo, totalmente constrangida.
- Claro que não, eu seduzir Bella? Jamais.
Sim, eu estava sendo sínico.
- Bom, já que são amigos não precisamos ficar amor, você vai comigo para o hospital? – Meu pai entrelaçou seus dedos com os de minha mãe.
- Vamos. – Mamãe assentiu, virou-se para Bella e sorriu – Querida fique a vontade. Qualquer coisa que precisar peça a Edward.
- Certo.
Minha mãe pegou sua bolsa que estava sobre o sofá, beijou minha bochecha, abraçou Bella e saiu com meu pai.
- Sentiu saudades? – Sorri, provocando ela.
- Olha. – Ela soltou sua bolsa no sofá e respirou fundo – Se eu soubesse que você era o filho de Esme, eu jamais teria aceitado, então vamos tentar começar tudo novamente. – Ela colocou a mão na cintura.
- Qual o problema de dar aulas para mim?
Ela mordeu os lábios.
- Você é o problema. Você é um problema.
Revirei os olhos.
- Só porque tenho 19 anos, sou péssimo na escola e repetente?
- Também.
Passei as mãos por meus cabelos, irritado
- Se talvez eu tivesse pessoas que me apoiassem e não que me julgasse, a probabilidade de me sair bem nos estudos seria maior.
POV Bella
Certo, talvez eu tenha pegado pesado com o garoto.
- Me desculpe. – Toquei seu ombro, ele deu um meio sorriso, eu retribuí – Mas olhe você pelo menos sabe probabilidade.
- Na verdade eu não sei. – Ele se levantou. – Ou melhor, eu sei mais não sei, ah você entendeu.
- Eu estou aqui para isso, certo?
- Sim. – Ele pegou minha bolsa. – Podemos usar a mesa.
- Ok.
[...]
- A matemática não é um bicho de sete cabeças, você só precisa se esforçar. – Expliquei. Edward rodou o lápis na mesa e torceu os lábios. – Vamos, me fale, o que você sabe?
- Somar, dividir, subtrair, multiplicar e mais algumas outras coisinhas ai.
Isso ia ser mais difícil do que eu esperava.
- Vamos relembrar algumas coisas simples e depois daremos continuidade ao que você está estudando atualmente, ok? – Propus, ele sorriu.
- Claro tia.
- Tia?! – Revirei os olhos – Edward, você não está mais na primeira serie.
- Ok Tia. – Dei-lhe um tapa na nuca. – Ei, você está maltratando um aluno indefeso, sabe que pode perder sua licença para dar aulas não é?
- Então não me chame de tia.
- Ok Tia.
- Edward!
Ele riu.
- Certo, me desculpe professora.
Eu ia ter muito, muito trabalho pela frente.
POV Edward
Quando menos percebi, a aula acabou.
Fiz bico.
- Não existe hora extra nesse ramo? – Pousei meu braço ao redor de seu ombro – Agora que eu estava começando a me empolgar você já está indo.
- Felizmente não. – Bella tirou meu braço de seu ombro.
- Não abre exceção para seu amigo?
Ela riu.
- Não.
- Certo.
Torci os lábios. Ajudei Bella a guardar os materiais que ela havia trazido, depois a guiei até a porta, mas antes de abrir... me virei.
- Que tal nós dois tomarmos um... sorvete? – Encostei-me na porta.
- Não me relaciono com meus alunos...
Bati o pé e insisti.
- Mas, bem, eu te conheci antes de você começar a me dar aulas.
- No entanto... – Ela sorriu – Agora eu te dou aulas.
Abri a porta e dei espaço para ela passar.
- Ok. – Passei a mão pelos cabelos – Está despedida.
Bella revirou os olhos rindo, passou pela porta e virou-se para me olhar.
- Só quem pode fazer isso é quem me contratou.
- Vejo que não vou conseguir sua companhia hoje. – Apoiei o braço na porta e fiz uma cara de cão carente.
- Minha companhia você só vai ter na segunda, na quarta e na sexta das 14h30min às 16h30min. Agora eu preciso ir, até quarta.
Bella me deu as costas, desceu os degraus e caminhou até seu carro. Fiquei ali parado – olhando sua bunda – enquanto ela entrava no carro, o ligava e sumia na esquina.
Voltei para dentro e me sentei à mesa, refazendo tudo o que ela me ensinou. Deixei o lápis ao lado do caderno e apoiei o queixo em minhas mãos.
Talvez fosse melhor eu desistir de Bella, ela já havia deixado claro que não ia rolar nada entre nós dois, e era obvio que ela preferia caras mais velhos, não a mim: o garoto problemático de 19 anos que ainda está parado no último ano e é bancado pelos pais.
- É ISSO! – Pulei da cadeira, decidido.
Talvez se eu começar a trabalhar e me ajeitar...
[...]
Esfreguei meu próprio rosto controlando-me para não mandar meus pais à merda.
- Da para vocês dois pararem?!
Eles respiraram fundo, tentando parar de gargalhar, o que não conseguiram.
Cinco minutos depois...
Levantei-me irritado.
Olhei perplexo para meus pais, que estavam esparramados no sofá com os rostos vermelho e ofegantes: De tanto rir.
- Estou vendo que não vou conseguir levar um papo serio com vocês dois.
Minha mãe tapou os lábios, contendo-se.
- Mas... mas... – Ela voltou a gargalhar. Depois fechou os olhos e respirou fundo. – Você? trabalhar?
- É! – Joguei os braços para o ar.
- Certo. – Carlisle murmurou sem fôlego. Ele e minha mãe se endireitaram no sofá. Meu pai virou-se para mamãe – Você ouviu isso?
- Aham. – Ela mordeu os lábios.
- Certo, nós dois usamos a mesma droga então. – Carlisle concluiu.
Os dois olharam para mim e voltaram a se encarar, logo depois voltaram a gargalhar.
Dei as costas para eles e subi para o meu quarto.
[...]
- EMMETT VAI A MERDA! – Berrei no celular e o desliguei.
Porque depois que eu contava a idéia de arrumar um trampo todos começavam a rir?
Minha situação estava tão critica assim?
2 comentários:
crl so se fode o Ed ... coitado todo mundo rindo dele
Não critica, Edward é só que voce trabalhando é hilario...kkkkrsrs
só isso
beijusss flor
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