Bem vindos ao Fanfics da Cah. Sou Camila Cocenza, futura garota de programa! E não, não é o que estão pensando, apenas pretendo cursar Engenharia da Computação. Para mais informações: cahcocenza@hotmail.com
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21/01/2011

I'll Be There For You - Capitulo 13


2º Fase – Capitulo 13 – Tia e Sobrinho


Eu sentia algo me cutucando, mas estava cansada o suficiente para ignorar.

Minha cama afundou e logo um braço passou ao redor de minha cintura.

– Hmmm… – Resmunguei. Pude ouvir seu riso próximo a minha nuca. – Acho que alguém está tentando me acordar. – Murmurei, virando-me de frente para ele, sem abrir os olhos. – E todo mundo sabe que eu fico muito, muito nervosa quando me acordam.

Ele riu mais ainda.

Em um movimento rápido coloquei meu corpo sobre o seu. Encaixei meu rosto em seu pescoço e aspirei.

– Que gatinho mais cheiroso… – Fiz cócegas nele.

– PÁRA, TIA BELLS! – Anthony tentou se desvencilhar, mas eu o prendi embaixo de meu corpo e beijei sua bochecha.

– Eu estava com saudades. – Confessei.

– Eu também, tia, muita, muita saudade.

Seus bracinhos passaram ao redor de meu pescoço, puxando-me para um abraço apertado.

– Adivinha só… – Me joguei para o lado rindo – A tia Bells tirou o dia todo de folga para ficar com o pirralho que ela tanto ama.

– SÉRIO?!

– Aham…

– Yay!

Anthony ficou de pé em minha cama e começou a pular.

– Agora você podia descer e tomar café com a vovó, a titia vai dormir só mais um pouquinho e logo desce para ficar com vocês… – Sussurrei puxando o edredom para cima do meu corpo.

– Mas… – Ele parou de pular e se sentou na cama segurando meu rosto – Hoje é quarta!

Resmunguei baixinho. Olhei para ele, seus pequenos lábios formaram um bico irresistível.

– Ok, você venceu.

– Eu sempre venço.

Revirei os olhos e saí da cama.

– A tia só precisa ir ao banheiro escovar os dentes, pentear o cabelo e trocar de roupa.

– Estarei te esperando aqui. – Ele deitou em minha cama, colocou as mãos atrás da cabeça e cruzou as perninhas.

– Certo. – Ri e fui para o banheiro – EU TE AMO. – Gritei para ele.

– EU TAMBÉM ME AMO.

Revirei os olhos. Menino metido.

[…]

– WOW! – Anthony gritou, enquanto desviava de Renée – Vô, preste atenção!

– Ah! – Renée exclamou incrédula – Você que não devia estar correndo pela casa. – Ela colocou as mãos na cintura – E o que foi que eu disse sobre acordar sua tia?!

– Eu não a acordei! – Ele revirou os olhos – Só ajudei ela abrir os olhos mais rápido.

Ri pegando-o no colo.

– Bom diaRenée.

– Bom dia querida. – Ela sorriu – Imagino eu, que vocês estão indo para a sala, hoje é quarta.

– Imaginou certinho. – Anthony me abraçou pelo pescoço – Melhor do que assistir Barney é assistir Barney com a Tia Bells.

– Puxa saco!

– Ok, ok… – Ele bufou e enlaçou minha cintura com suas pernas. – Vamos brincar de canguru, você é a mamãe canguru e eu o filhote.

– Você anda assistindo muito Animal Planet. – Ironizei, tentando não demonstrar a dor que aquelas palavras despertaram em mim.

 – É demais! – Ele falou – Sabia que o coração de um beija-flor dá 70 batidas em um segundo.

– O que mais você sabe sobre os beija-flores, filhote de canguru? – Perguntei enquanto pulava até a sala, como se fosse mesmo um canguru.

– Sei também que eles comem oito vezes o seu peso em alimentos por dia.

– Meu Deus, você é uma Wikipédia ambulante. – Gargalhei, enquanto o sentava no sofá e ia até a TV, ligando-a na Discovery Kids.

– Hey, Barney, Hey! – Meu sobrinho começou a cantarolar – ANDA LOGO TIA!

– Não é culpa minha, pirralho, depois do comercial que começa.

– Certo.

Sentei-me ao seu lado, aguardando o início do desenho.

Barney sempre foi o vicio de Anthony.

Nós dois somos bem próximos, sempre que posso tirar uma folga no hospital, aproveito para vê-lo.

– AI MEU DEUS, COMO EU AMO ESSE DESENHO!

Ri ao ver o desespero dele.

Observei Anthony descer do sofá e ir até o centro da sala, passando a dançar a música de abertura do desenho.

Era incrível ver como ele cresceu, nem parecia aquele bebê que Renée pegou para cuidar  há quase cinco anos atrás, quando, bem… quando eu passei pela pior fase de minha vida, ele foi minha valvula de escape.

Anthony é meio loiro, seus cabelos são bagunçados no estilo asa delta, seus olhos são de um tom azul-celeste. Ele era perfeito, e apesar de não ser nada meu de sangue, eu me identificava muito com ele. Nós riamos juntos e às vezes brigávamos, mas nada que um pedido de desculpas e um presente não resolvessem.

Eu nunca soube ao certo o porquê de Renée ter o adotado, talvez ela se sentisse culpada por tudo o que aconteceu, mas isso já não importava mais, ficar revirando o passado só iria me machucar, e eu não queria estragar meu dia – apesar desses fatos não saírem da minha cabeça nenhuma noite.

– Hello! – Meu rosto foi balançado.

– Ah… oi.

– Tia, estou falando com você há um tempão!

– Me desculpa, gatinho. – Pisquei, saindo do transe e ajeitando-me no sofá.

– Ok, eu te perdôo. – Ele se deitou no sofá, pousou a cabeça em meu colo e me olhou. – Sabe, os beija-flores podem voar a 30 km por hora, e quando são perseguidos, podem chegar à mais de 90 km por hora sem pous…

– Certo. – Tapei sua boca rindo – Sr.Wikipédia, vamos assistir Barney.

Ele revirou os olhos e se concentrou no dinossauro roxo da TV.

Quando finalmente o desenho acabou, deixei Anthony na sala assistindo outro desenho e fui até a cozinha, onde encontrei Renée sentada à mesa, com seu caderno.

Eu conhecia aquele caderno, ela marcava ali tudo o que precisava pagar e comprar.

Aproximei-me por trás e o puxei de suas mãos.

– Bella! – Ela tentou agarrá-lo, mas eu fui mais rápida.

– Vejamos o que vocês precisam e você está escondendo de mim.

Passei meus olhos pelo caderno.

– Você podia ter falado comigo! – Joguei o caderno sobre a mesa – A senhora sabe que não pode ficar sem seus remédios.

– Mas querid…

– Mas nada Renée. – Suspirei, sentei-me em uma das cadeiras e a olhei. – Depois faça uma lista de tudo o que precisa.

– Bella você sabe que não precisa…

– Claro que preciso. – Revirei os olhos.

Ela sentou-se ao em uma das cadeiras e me olhou.

– É bom saber que mesmo depois de tudo que lhe causei você ainda gosta de mim.

– Por favor, não vamos falar sobre isso – Pedi.

– Como você quiser.

– Obrigada.

Apesar de tudo o que aconteceu de pior comigo foi por culpa de Renée, eu nunca consegui odiá-la. Já faz um bom tempo que eu venho ajudando ela a manter a casa. Um ano depois que nos mudamos para cá, Charlie passou a freqüentar uma casa de jogos de azar, o que levou ele a perder tudo que tinha. A única coisa que restou foi essa casa e a outra casa na praia de Miami que ele deixou para mim antes de falecer.

Arrumei um emprego de estagiária no hospital, podendo, assim, ajudar Renée e pagar minha faculdade. Depois que me formei, tudo ficou mais fácil. Arrumei um emprego melhor, em um dos melhores hospitais de LA, podendo assim comprar meu apartamento próximo ao meu trabalho e ainda continuar a ajudar Renée.

– Tia, eu quero pão! – Olhei para Anthony que agora subia em meu colo – Com presunto, sem queijo e um copo de achocolatado.

– Mais alguma coisa?! – Indaguei irônica, enquanto pega seu pão e o preenchia com o presunto.

– Na verdade tem. – Ele beijou minha bochecha – Sabe, eu acabei de ver um comercial de um novo carrinho de controle remot…

– Anthony… – Minha mãe o interrompeu.

Acenei para que Renée o deixasse falar.

–… um carrinho de controle remoto!

– Hum… – Ri – Mas isso é de comer!

– Não, mas é da hora.

Ri, Anthony sempre falou super bem, era incrivelmente facil conversar com ele.

– E você quer um?!

– Aham…

– Bella, você o mima tanto. – Minha mãe balançou a cabeça negativamente.

– Vou pensar em seu caso. – Pisquei para ele, minha mãe passou o achocolatado para ele.

– Yay! – Ele fez um gesto estranho com o braço. – Quero que seja verde.

– Certo. – Baguncei seus cabelos – Termine de comer para me ajudar a arrumar nossos quartos.

– Ah nãooo… – Ele resmungou.

– Olha que eu ainda estou pensando se vou te dar ou não o carrinho. Posso mudar de idéia, sabe…

– Tudo bem, tudo bem.

– É assim que se fala.

[…]

– CUIDADO! – Anthony gritou, quando virei-me para ver o que estava acontecendo, um travesseiro acertou meu rosto – Opss… HAHÁ! – Deitou-se na cama gargalhando.

– Pirralho! – Resmunguei.

– Você era a lixeira, e não me viu jogar o lixo.

– Porque eu estava guardando os outros lixos – Apontei para o travesseiro e depois para o guarda-roupa – No caminhão.

– Lerda!

– Eu não sou lerda!

– Lerda, lerda, lerda… – Começou a cantarolar. Thony ficou de pé na cama e começou a pular – Ledona!

– Vou te mostrar a lerdona!

Pulei na cama agarrando-o pela cintura e o imobilizando.

– Pede perdão. – Exigi.

Sim, eu virava criança quando estava com ele.

– Nãoooo…

– Pede perdão!

– Nãoo…

– Certo, vou ter que apelar?! – Arqueei uma sobrancelha.

– Ta, ta, ta! – Ele abriu um sorriso – Peeerdãaoo!

– Bem melhor. – Dei a língua.

– Vou contar pra vovô que você fica mostrando a língua. – Me ameaçou irritadinho.

Revirei os olhos.

– Alguém está nervoso porque pediu perdão. – Zombei.

– Você é chata!

– Você também! – Soltei seus bracinhos e o abracei – Mas fazer o que se eu te amo.

– Eu saibo.

Gargalhei.

[…]

– Vamos almoçar fora hoje?! – Perguntei a Anthony, que estava concentrado em não piscar.

– Sim! Sim! Sim! – Cantarolou piscando rapidamente. Ele havia piscado várias vezes, mas eu fingi não perceber.

– Quem piscar primeiro paga a conta. – Propus.

– Feito.

Manti meus olhos abertos.

Fiquei confusa quando o vi fazer uma espécie de “V” com o dedo indicador e o do meio, e fiquei mais confusa ainda quando eles vieram em minha direção e acertaram meus olhos.

– Ow, merda! – Resmunguei levando minhas mãos aos meus olhos.

– HÁ, Você piscou! Você paga!

Com dificuldade abri um olho e o vi correr.

– Isso não vale! Você roubou! – Choraminguei me levantando e indo atrás dele.

– NAÕ ROUBEI, NÃO! – Ele gritou de algum lugar do andar de baixo – VOCÊ NÃO DISSE NADA SOBRE TRAPAÇAS.

O pior é que ele tinha razão.

– Isso vai ter volta! – Avisei enquanto descia as escadas.

Ele me mostrou a língua e fez uma dança esquisita.

– Às vezes eu me pergunto quem é a criança… – Renée, que assistia tudo do sofá, falou rindo.

– Vó, vai se arrumar, vamos comer fora, tia Bells vai pagar. – Ele piscou para mim, enquanto girava nos calcanhares.

[…]

Depois que almoçamos fomos para o supermercado e compramos de tudo.

– Chocolates?! – Perguntei.

– Aqui! – Anthony apontou para a prateleira a frente.

– Mas vocês já compraram tanto doces. – Minha mãe apontou para um dos carrinhos que só tinha guloseima.

– Vó! – Thony a repreendeu. – Deixe tia Bells comprar tudoooo o que ela quiser.

– Mas se comprarmos tudoooo o que quiser não vai ter dinheiro para o seu carrinho…

– Certo, acho que podemos guardar isso… – Ele mostrou as barras de chocolates em sua mão e as colocou de volta na prateleira. – Podemos guardar tudooo e comprar tudooo em carrinhos.

– E você come borracha.

– Ew! – Ele fez cara de nojo – Borracha é ruim tem gosto de… borracha!

– Não acredito que você já comeu!

– Não comi, mas tentei, mas era duro.

Balancei a cabeça negativamente. Peguei uma caixa de moranguetes.

– Vamos levar desses. – Balancei a caixa no ar – O nosso está acabando.

– Ta!

[…]

O resto do dia passou rápido, quando percebi já era hora de Anthony ir dormir.

– Outro dia jogamos mais… – Peguei o controle do Playstation de sua mão.

– Mas eu não quero dormir, ou…

– Ou…?! – Perguntei curiosa.

– Ou só se você dormir comigo.

Sorri.

– É óbvio que vou dormir contigo. – Desliguei o vídeo-game e me coloquei em pé.

– Ta.

Anthony e eu subimos as escadas, paramos na frente da porta do quarto de Renée.

– Mãe?! – Chamei.

– Pode entrar, querida.

Abri a porta, Thony e eu colocamos a cabeça para dentro.

– Boa noite. – Sussurramos juntos.

Renée tirou os olhos do livro e sorriu para nós.

– Boa noite, meus amores.

Fechei a porta e olhei para Anthony, que olhou para mim e depois para a porta de seu quarto, que ficava no fim do corredor.

– Quem chegar por último é leda! – Ele avisou enquanto já corria.

Eu cheguei por último, e durante 15 minutos ele ficou me zombando. Quando por fim ele dormiu, saí de seu quarto e desci para a sala. Renée estava lá, sentada no sofá.

– Mãe. – Toquei sua perna e me sentei ao seu lado – Eu estava pensando aqui.

– No que querida?!

– Porque você e Anthony não vêm para o meu apartamento?! – Propus – Você poderia vender essa casa e ainda ter um dinheiro só para você comprar tudo o que tanto gosta, e eu ficaria perto de você e de Anthony.

– Eu não acho que isso seja uma boa idéia. – Ela desligou a TV e me olhou – Querida, você tem sua vida pessoal, não quero atrapalhar sua vida mais do que já atrapalho e já atrapalhei.

Balancei a cabeça.

– Eu não tenho uma vida pessoal. – Dei de ombros – E seria tão mais fácil ter vocês por perto, assim eu poderia cuidar de vocês dois. Meu apartamento tem dois quartos vazios, perfeito para vocês. Essa casa é tão grande só para duas pessoas… – Segurei uma de suas mãos – Por favor.

Ela suspirou.

– Certo, eu aceito.

– Tudo bem. – Sorri – Amanhã eu entro no hospital à noite, podemos levar um pouco de suas coisas para lá, depois levamos o resto e…

Meu celular – que estava sobre a mesa de centro – começou a tocar.

– Só um minuto. – Pedi a ela.

– Tudo bem.

Olhei no visor e mordi os lábios. Era Jhonny. Levantei-me do sofá e fui para a cozinha.

– Alô?! – Atendi.

– Bells! – Ele murmurou.

– Jhonny, tudo bem?!

– Aham.

– Então?! Porque da ligação?!

– Queria saber se você está a fim de sair…

Mordi os lábios. Nos dois nunca tivemos nada serio, era só uma amizade com benefícios.

– Agora?

– Sim. – Ele suspirou – Se você puder, claro.

– Claro que posso. – Mordi os lábios. – Nos encontramos aonde?

– Naquele pub que nos encontramos da última vez.

– Ok. Nos vemos daqui a pouco.

– Tchau, linda.

– Tchau. - Desliguei o celular e voltei para a sala. – Renée?

– Sim, querida?

– Eu vou… vou dar uma saída, volto mais tarde. – Pisquei para ela.

– E depois não tem vida pessoal.

– De fato, eu não tenho. – Dei de ombros – Mas todo ser humano tem suas necessidades.

– Bella! – Minha mãe corou – Não preciso ficar sabendo o que você vai fazer.

Revirei os olhos rindo.

[…]

Os dedos de Jhonny escorregaram pela lateral do meu corpo.

– Cada dia mais linda, Bells… – Seus lábios colaram nos meus. – Certo, eu queria tentar uma coisa.

– O que? – Acariciei seus ombros.

Jhonny sentou-se na cama.

– Bella, aceita namorar comigo?

Suspirei. Sentei-me, trazendo comigo o lençol.

– Me desculpa Jhonny… – Toquei seu rosto – Mas eu não posso aceitar.

– Por que, Bella?

– Porque eu não posso corresponder aos seus sentimentos. – Segurei seu rosto em minhas mãos – Você merece alguém que te ame, e eu não sou essa pessoa.

– Mas…

– Mas nada. – Beijei sua testa – Talvez seja melhor mesmo. – Acariciei suas bochechas – Você merece algo melhor, uma mulher que te ame de verdade, e infelizmente essa não pode ser eu.

– Claro que pode. – Ele colocou suas mãos sobre as minhas (que ainda estavam em seu rosto) – É só você me dar uma chance, eu prometo te fazer feliz e…

– Jho… – Neguei com a cabeça – Isso não dá certo, e não daria certo.

Levantei-me da cama, comecei a recolher minhas peças que estavam espalhadas pelo chão.

– Por favor, Bells…

– Nesses cinco anos, acabei ferindo todos com quem tentei manter um relacionamento…

– Mas pode ser diferente, deixe-me tentar.

Suspirei.

– Por favor, não insista. Quero que tudo acabe como começou. – Pedi – Nós dois somos amigos há tempos, não quero perder sua amizade.

Jhonny levantou-se da cama assentindo.

– Só com uma condição…

– Qual?

Seus braços alcançaram meu quadril, puxando-me contra seu corpo.

– Me deixa sentir seu corpo novamente… – Roçou seu nariz em meu pescoço. – Só mais uma vez e…

Meu celular começou a tocar. Afastei-me dele e peguei o aparelho, que estava sobre o pequeno armário.

– Estranho… – Murmurei olhando o nome no visor – Minha mãe.

Jhonny bufou indo se sentar na cama.

– Renée? – Atendi.

– Bella, querida, desculpa por ligar.

– Oh, sem problemas. – Sorri.

– É que bem, eu… – O celular fez um som estranho, como se estivesse sendo puxado da mão dela – Você mentiu pra mim! – A voz infantil de Anthony me assustou –Você disse que ia dormir comigo!

– Ah… – Mordi os lábios – Mas a tia só deu uma saidinha.

– Você não me ama mais!

Revirei os olhos.

– Thony, deixe de bobagem. – Pedi – Claro que eu te amo.

– Você nem se despediu… – Fungou.

– Mas eu não vou para meu apartamento, eu ainda vou voltar para ai, é que eu precisei sair… um pouco.

– Você volta agora?

– Agora?!

– Por favor, por favor, poooor favoor!

– Ok, chegarei aí daqui a pouco.

– Ta.

Desliguei o celular e me virei para Jhonny.

– Preciso ir.

– Era Anthony?

– Sim.

Ele bufou.

– Não sei por que você faz todos os desejos dele, ele nem é nada seu. – Falou, irritado.

– Ele não pode ter o mesmo sangue que eu, mas é como se fosse um irmão para mim. – Vociferei. Comecei a colocar minha roupa, um tanto irritada. Eu odiava quem vinha me falar do modo como eu era apegada a Anthony. – Eu não devia ter vindo.

– Bella, me desculpa eu…

– Não diga nada Jho, você já falou demais por hoje.

Terminei de me trocar e fui embora.

Deixei meu carro na garagem, entrei em casa e fechei a porta, deixei minha bolsa sobre o pequeno armário que havia ali.

- TIA!

Ri. Anthony estava debruçado sobre o sofá, sorrindo para mim.

– O que faz acordado, pirralho?

Caminhei até o sofá e me sentei ao seu lado, puxando-o para meu colo.

– Estou sem sono… – Deu de ombros e franziu a testa – Você estava com seu namorado?!

Revirei os olhos.

– Não, eu não tenho namorado.

– A vovô disse que você tem…

– Não, eu não tenho. – Beijei sua bochecha – Vamos deitar?

– Aham.

Subimos para o meu quarto, Anthony ficou na cama enquanto eu tomava um banho. Quando saí, ele já dormia todo esparramado em minha cama. Tirei o controle da TV de sua mão e o ajeitei melhor. Deitei-me ao seu lado e o observei, ele rolou pela cama me abraçando.

– Boa noite, pequeno… – Beijei sua testa.

O apertei em meus braços, sentindo as lágrimas caírem por meu rosto. O que seria de mim sem esse pirralho? Ele amenizava toda a dor que havia em meu peito, a dor de não ter o meu filho em meus braços, algo que eu jamais superaria.

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